quinta-feira, 10 de outubro de 2013

CATACUMBAS CRISTÃS - ARTE E ICNOGRAFIA NA IGREJA CATÓLICA


INTRODUÇÃO



Percorrendo a via Appia Antiga encontram-se, a menos de um quilômetro da Porta de São Sebastião, a pequena igreja do "Quo vadis?", em seguida as catacumbas de Pretestato e de São Sebastião e, mais além, o mausoléu de Cecília Metella.

                                

Ao centro dessa área arqueológica, encerrado entre as vias Appia Antiga, Ardeatina e o beco das Sette Chiese estende-se o "Complexo Calistiano", uma vasta área de mais ou menos 30 hectares de terreno, dos quais uns quinze em catacumba. As galerias, às vezes em quatro planos superpostos, atingem o comprimento de 20 quilômetros. Numerosíssimas as sepulturas, talvez meio milhão. O complexo é formado por vários núcleos cemiteriais que se foram estendendo aos poucos: o cemitério de São Calisto e as Criptas de Lucina, que se uniram com o tempo; o cemitérios de Santa Sotere, de São Marcos e de Marcelino e Dâmaso, e enfim o de Balbina. Interessam-nos agora as Catacumbas de São Calisto, que estão entre as mais importantes e imponentes de quase sessenta catacumbas cristãs de Roma. Podem ser consideradas como "o berço da Cristanda- de e os arquivos da Igreja primitiva", porque ilustram a sua vida, usos e costumes e o Credo professado, e testemunham o seu martírio. Originaram-se pela metade do séc. II, a partir de uma área funerária talvez pertencente à nobre família dos Cecílios e que, nos inícios do século terceiro, passaram a depender diretamente da Igreja de Roma.

O papa são Zeferino (199 - 217) confiou a vigilância da incipiente catacumba ao diácono Calisto, para que a administrasse em nome da Igreja. Calisto devia superintender à escavação para que todos os fiéis, sobretudo os pobres e os escravos, pudessem ter uma sepultura digna. Calisto, por sua vez, eleito papa, aumentou o complexo funerário que recebeu o seu nome e tornou-se o cemitério oficial da Igreja de Roma.

Os núcleos mais antigos das catacumbas de são Calisto são as criptas de Lucina e a região chamada dos Papas e de santa Cecília, onde conservam-se algumas entre as memórias mais sagradas do lugar (as criptas dos papas e de santa Cecília e os Cubículos dos sacramentos); as outras regiões são denominadas de são Caio e de são Eusébio (fins do século 3º), Ocidental (anterior à metade do séc. 4º) e Liberiana (segunda metade do séc. 4º).

O NÍVEL DO SOLO

A área a céu aberto, preexistente às catacumbas, era ocupada por sepulturas pagãs ao longo das margens da via Appia . Em seguida foram construídos mausoléus e pequenas basílicas, em cima ou ao lado das sepultaras dos mártires. Desses monumentos chegaram até nós apenas dois pequenos edifícios chamados "Tricoras", devido às três absides que formam a sua planta.

Provavelmente na "Tricora ocidental", foram sepultados próximos, embora em tempos diversos, o papa são Zeferino e o jovem mártir da Eucaristia, são Tarcísio, celebrado num poema do papa Dâmaso (366 - 384), que assim recorda o seu martírio:

"... Enquanto um celerado grupo de fanáticos lançava-se sobre Tarcísio, que levava a Eucaristia, para profaná-la, o jovem preferiu perder a vida a deixar o Corpo de Cristo aos cães raivosos".

As duas tricoras foram restauradas e a oriental serve agora também como pequeno museu, que contém inscrições do cemitério e numerosos fragmentos de sarcófagos, que representam cenas do antigo e do novo Testamento. O mais importante é o sarcófago do Menino, assim chamado pelas suas dimensões reduzidas e que conserva a parte frontal ricamente esculpida.
                            

Esse sarcófago pode ser considerado como um pequeno catecismo ilustrado. Eis as cenas: Noé com a pomba na arca, um profeta que segura o rolo da lei divina, Daniel na fossa dos leões, o menino orante entre dois santos, o milagre da Caná e a ressurreição de Lázaro. Ajoelhada aos pés de Jesus, a irmã de Lázaro, Maria. Ao centro da cobertura dois pequenos gênios seguram uma pequena placa; nas extremidades estão duas cabeças, esculpidas com finalidade ornamental.


As cenas representadas no sarcófago deixam transparecer um profundo simbolismo e a sucessão das cenas não é casual. O cristão nasce à vida divina mediante o Batismo (Noé); nutre a vida divina com o pão (Abacuc) e o vinho (Caná) consagrados na Missa, ou seja, com a Comunhão; a Eucaristia oferece-lhe como penhor a ressurreição final (Lázaro). O cristão (o menino), assim, viverá no paraíso (orante). Encontramos aqui o eco das palavras de Jesus: "Aquele que come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna e eu o ressuscitarei no último dia" (Jo 6,54).

O CEMITÉRIO SUBTERRÂNEO

Ao descrever este tesouro de testemunhos antigos, que são as catacumbas, limitar-nos-emos a indicar, seguindo o itinerário dos peregrinos, os lugares e o que há mais significativo.

Escada de ingresso

Para descer às catacumbas toma-se uma moderna escada de ingresso, reconstruída em boa parte no lugar da anterior, do 4º século, aberta no tempo do papa Dâmaso para permitir que os peregrinos chegassem com facilidade às sepulturas dos mártires. Ao longo das paredes do primeiro trecho da escada foram fixados numerosos fragmentos de lápides que fechavam os lóculos.

Estátua do Bom Pastor

No patamar, onde a escada gira à direita, encontra-se uma estátua do Bom Pastor, cópia do original do século 4º, conservada nos Museus Vaticanos. O Bom Pastor com a ovelha nos ombros representa Cristo Salvador e a alma salva por Ele. É o símbolo mais freqüente do amor de Cristo e o mais amado dos primeiros cristãos. Tinha para eles a mesma importância que o Crucifixo tem para nós.

Lápide de Agripina

Ao longo das paredes da escada estão fixadas algumas inscrições funerárias. Numa delas o dia da morte é chamado de "o dia em que a defunta entrou na luz" ("cuius dies inluxit"). "Agripina entregou (a alma a Deus)... Entrou na luz... deposta nos idos de...". O cristianismo soube transformar em luz o lúgubre conceito pagão de morte.

Os grafites

No final da escada, numa parede protegida por um vidro, tem início uma série de grafitos, gravados com uma ponta de ferro na argamassa da parede. São nomes de pessoas, palavras ou também pequenas frases de invocação aos mártires, escritas pelos peregrinos durante a visita às catacumbas. Os grafitos são freqüentes perto das sepulturas dos mártires.

Podem-se ler na parede externa da Cripta dos Papas, estas escrituras. "Ó são Sisto, lembra-te em tuas orações de Aurélio Repentino..."; "Ó santas Almas, recordai-vos de Marciano, de Sucesso, de Severo, e de todos os nossos irmãos"; "Felicio, PBR (presbítero) pecator" (Felício, sacerdote, pecador). Lê-se, ainda, a expressão admirada de um desconhecido cristão que compara a cripta dos Papas à Jerusalém celeste: "Jerusalém, cidade e ornamento dos mártires de Deus...". À esquerda encontra-se a abertura que introduz na cripta dos papas.

A CRIPTA DOS PAPAS

                                   

É o lugar mais sagrado e importante destas catacumbas, descoberto em 1854 pelo grande Arqueólogo Giovanni Battista de Rossi e definido por ele como "o pequeno Vaticano, o monumento central de todas as necrópoles cristãs". A cripta teve origem no final do séc. 2º como um cubículo privado. Após a doação da área à Igreja de Roma, o cubículo foi restruturado e transformado em cripta tornando-se o mausoléu dos papas do 3º século. De forma retangular, a cripta continha 4 nichos para sarcófagos e seis lóculos em cada lado; no total são 16 sepulturas, mais uma monumental na parede do fundo.


Foram aí sepultados 9 papas e 8 bispos do séc. 3º. Estão fixadas nas paredes as lápides originais, quebradas e incompletas, de 5 Papas. Seus nomes estão escritos em grego, segundo o uso oficial da Igreja do tempo. Em 4 lápides, ao lado do nome do pontífice, há a qualificação de epi epì(scopos) = bispo, porque era o chefe da Igreja de Roma; e em duas lápides está a sigla MTR, ou seja, a abreviação de mártir. Mártir significa testemunha. Foram chamados mártires os cristãos que testemunharam a fé de Cristo com o sangue. Os nomes dos papas, escritos nas lápides, são estes:

                                  

 São Ponciano (230 - 235), morreu mártir na Sardenha para onde tinha sido exilado e condenado a trabalhos forçados. Para não colocar em dificuldade a Igreja de Roma pela sua ausência definitiva, pouco depois de sua chegada à ilha, renunciou ao pontificado. Provavelmente o clima insalubre, o trabalho cansativo nas minas e os maltrato apressaram o seu fim. Quando morreu, a Igreja considerou-o mártir. Alguns anos mais tarde os seus restos mortais foram transportados a Roma e sepultados em são Calisto.


Santo Antérote (235 - 236), de origem grega, teve um brevíssimo pontificado, de apenas 43 dias, transcorridos todos na prisão.

São Fabiano (236 - 250) era romano e fora eleito papa quando morreu são Antérote. O seu serviço coincidiu com um período de paz religiosa. Foi um grande organizador da Igreja de Roma. Dividiu a cidade em 7 regiões eclesiásticas confiando a cada uma os seus "títulos" (paróquias), seu clero e suas catacumbas (cemitérios). Morreu decapitado durante a perseguição do imperador Décio.

São Lúcio I (253 - 254). Teve um pontificado breve: oito meses ao todo, transcorridos parte em Civitavecchia, para onde fora exilado.

Santo Eutiquiano (275 - 283), de Luni na Ligúria, foi o último dos nove Papas a serem sepultados nesta cripta.

O papa Mártir Sisto II (257 - 258), definido por são Cipriano "sacerdote bom e pacífico", é certamente um dos mártires mais ilustres desta catacumba. É o mártir por excelência das catacumbas. De fato, estava presidindo uma liturgia neste cemitério, quando foi surpreendido pelos soldados do imperador Valeriano em 6 de agosto de 258 e decapitado aí mesmo, no mesmo dia, junto com quatro diáconos.

Os poemas do papa Dâmaso

Conservam-se unidos, na parede esquerda da Cripta dos Papas, dois fragmentos originais de um primeiro poema de são Dâmaso, dedicado ao papa Sisto II para celebrar o dia glorioso do seu martírio.

"No dia em que a espada (a perseguição) traspassou as piedosas vísceras da Mãe (a Igreja), eu (Sisto II), aqui colocado, como pastor (Papa) ensinava a palavra de Deus (as divinas Escrituras). Quando eis que, improvisamente, irrompem os soldados, que me arrancam para fora da cátedra (episcopal). Os fiéis ofereceram o pescoço à espada (isto é, os fiéis tentaram salvar o papa às custas da própria vida). Mas apenas o Pastor percebeu que desejavam tirar-lhe a palma (do martírio), ofereceu-se a si mesmo e à sua cabeça por primeiro, não tolerando que o furor (pagão) fizesse mal aos demais. Cristo, que distribui a recompensa, tornou claro o mérito do Pastor, conservando ileso o número do rebanho."


Outros Papas aqui sepultados: Estêvão I (254 - 257), são Dionísio (259 - 268) e são Félix I (269 - 274), cujas lápides, porém, não foram encontradas.

Papa Dâmaso, no quarto século, piedoso cultor dos mártires, transformou a cripta em lugar de culto. Fez colocar nela um altar, do qual se conserva apenas a antiga base em mármore. Foram abertas clarabóias no teto e colocaram-se colunas, que sustentavam uma arquitrave de onde pendiam lâmpadas e cruzes em honra dos mártires.

Muito interessante, do ponto de vista histórico, é a lápide que ainda se conserva em grande parte diante da sepultura do papa Sisto II. Foi feita gravar no mármore pelo papa Dâmaso e contém um segundo poema, em hexâmetros latinos, que comemora os mártires e os fiéis sepultados na cripta e em todo o cemitério:

"Se o procuras, saibas que aqui repousa unida uma multidão de Bem-aventurados.

                             
As sepulturas venerandas conservam os corpos dos Santos, mas a casa real doceleste arrebatou para si as almas eleitas, Aqui, os companheiros de Sisto, que elevam os troféus vencidos ao inimigo. Aqui, o grupo de anciãos que velam os altares de Cristo. Aqui o bispo que viveu em longa paz; aqui, os santos confessores (da fé) enviados da Grécia; aqui, jovens, meninos e velhos com seus castos descendentes, que preferiram conservar a própria pureza virginal.


Aqui, também eu , Dâmaso, confesso-o, gostaria de ter sido sepultado, mas tive receio de perturbar as cinzas santas dos Bem-aventurados".

"Os companheiros de Sisto" são os quatro diáconos: Januário, Magno, Vicente e Estêvão, que com ele padeceram o martírio. "O grupo dos anciãos" que guarda o altar de cristo são, evidentemente, os Papas sepultados no cemitério. A expressão "o bispo que viveu em longa paz" refere-se a um Papa que viveu antes das grandes perseguições desencadeadas por Diocleciano e Galério, entre o final do séc. 3º e os primeiros anos do séc. 4º: papa Fabiano, ou Dionísio ou Eutiquiano. Com "os santos confessores enviados da Grécia", alude-se provavelmente a um grupo de mártires: Hipólito, Paulino, Ádria, Eusébio, Maria, Marta e Marcelo, que foram sepultados neste complexo catacumbal.

Por uma estreita passagem aberta à esquerda da parede de fundo da Cripta dos Papas entra-se na Cripta de Santa Cecília.

CRIPTA DE SANTA CECÍLIA

Abre-se na parede esquerda, em baixo, um grande nicho onde foi colocado o sarcófago contendo o corpo de Cecília, aí ficando até o ano 821, quando o papa são Dâmaso I transportou-o à basílica a ela dedicada no Trastévere.
                                 

A estátua, que se vê é uma cópia da célebre estátua de Stefano Maderno (1566 - 1636), esculpida em 1599, quando foi feito o reconhecimento dos restos mortais da santa. Ela foi encontrada na posição reproduzida pelo escultor. Maderno quis também realçar o corte da espada no pescoço e a posição dos dedos: três abertos na mão direita e um dedo aberto na esquerda. Segundo a tradição, a santa quis indicar a sua fé na Unidade e na Trindade de Deus. A cripta foi decorada com mosaicos e pinturas. Restam ainda algumas destas pinturas. Santa Cecília é representada na parede esquerda, em cima, perto do lugar de sua sepultura, em atitude de orante; embaixo, num pequeno nicho, encontra-se a imagem de Cristo "Pantocrátor" (Onipotente), que segura o Evangelho.


Ao lado, está a imagem de Santo Urbano, papa e mártir, contemporâneo de santa Cecília, a ela unido no martírio. Admira-se, na boca da clarabóia, uma cruz entre duas ovelhas e as imagens dos mártires Polícamo, Sebastião e Quirino.

A cripta conserva numerosas inscrições. A mais importante, pelo belo testemunho de fé, é a de Setímio Frontone, de família senatorial. É em língua grega, datada do 3º século. 

"Eu Setímio Frontone Pretestato Liciniano, servo de Deus, aqui repouso.

Não me arrependerei (jamais) por ter vivido honestamente.

Vou servir-te também no céu (Senhor), e darei graças ao teu Nome.

Entreguei a minha alma a Deus aos 33 anos e 6 meses".

AS GALERIAS 

Fora da cripta de santa Cecília, voltando à esquerda, chega-se a um deambulatório, que é um dos dois núcleos mais antigos do cemitério (galeria B). Ao final, passa-se à galeria C, onde encontra-se a pequena bela lápide de Augurino, com a pomba que tem um pequeno ramo de oliveira no bico. Chega-se por uma estreita passagem à galeria A, chamada dos Cubículos dos Sacramentos. Vêem-se algumas inscrições nas paredes. Leiamos uma delas:

"Ao querido Ciríaco filho dulcíssimo. Possas viver no Espírito Santo" 

A estrutura das galerias e a disposição das sepulturas dão a impressão de um vasto dormitório, chamado pelos Cristãos de cemitério, que significa justamente lugar do sono, como veremos mais adiante, falando do cubículo do diácono Severo.

OS CUBÍCULOS DOS SACRAMENTOS

                               

Encontramos na galeria A, à esquerda, cinco pequenas salas ou sepulturas familiares, chamadas de "os Cubículos dos Sacramentos", famosos e importantes pelos afrescos neles contidos, datáveis dos inícios do séc. 3º e que representam simbolicamente os sacramentos da iniciação cristã: batismo e eucaristia. Com essas representações, os cristãos dos primeiros séculos queriam antes de tudo recordar o próprio catecumenato (preparação ao batismo), e depois, deixar uma mensagem aos contemporâneos: eles tornaram-se cristãos pelo batismo e perseveraram na vida cristã com a comunhão freqüente.

Queriam também dizer aos familiares e a quantos visitassem suas sepulturas que, se tivessem feito uso dos mesmos meios, um dia haveriam de reunir-se novamente aos seus queridos.

O batismo Como ensinavam os Padres da Igreja em suas catequeses, esses meios de salvação foram já prefigurados no Antigo Testamento. Isso aparece claro no milagre de Moisés que faz brotar água da rocha para tirar a sede do seu povo no deserto (Ex 17,1 - 7). O batismo de Jesus (Mt. 3,13 - 17) também é uma prefiguração do batismo do cristão. Por isso, a cena de Jesus que se faz batizar por João no Jordão. Na parede de fundo do cubículo A2 está pintada a mais antiga cena do batismo de um catecúmeno. O sacerdote com túnica e pálio coloca a mão direita sobre a cabeça do batizando, que tem os pés na água. Outras representações do Batismo são oferecidas pelo pescador, pela Samaritana ao poço e pelo paralítico da Piscina de Betesda.

A eucaristia

Os primeiros cristãos preferiram representar em seus cubículos o milagre da multiplicação dos pães e dos peixes (Jo. 6,1 - 15) como símbolo da eucaristia. Jesus, de fato, partindo desse milagre, promete um pão particular e diverso: o seu corpo (Jo. 6,22 - 59). A cena da multiplicação dos pães repete-se sempre do mesmo modo: sete pessoas sentam-se ao redor de uma mesa. O número sete é simbólico e indica que todos são chamados por Deus à salvação. Sobre a mesa estão colocados dois ou três pratos com pães e peixes e, aos lados da mesa, estão os cestos de pão. 

O bíblico Jonas

Em todos esses cubículos aparece o profeta Jonas. Ele é o profeta mais querido dos primeiros cristãos, porque pregou a mensagem da salvação aos habitantes de Nínive, isto é, a pagãos, sendo pois símbolo da chamada à salvação de todos os homens indistintamente, judeus ou pagãos que fossem. Não nos esqueçamos que a maior parte dos fiéis sepultados neste cemitério vinham do paganismo. Além disso, é também símbolo de ressurreição. Jesus mesmo no Evangelho toma-o como figura dessa realidade: "Como Jonas permaneceu três dias e três noites no ventre do peixe, assim também o Filho do Homem ficará no coração da terra três dias e três noites, e depois ressuscitará" (Mt. 12,40). 

A escada dos mártires

Terminando a galeria dos Cubículos dos sacramentos começa a escada dos mártires, escavada na metade do séc. 2º, conservando ainda alguns degraus daquela época. É chamada "escada dos Mártires" porque por ela passaram os papas sepultados na bem próxima cripta. Segundo a tradição também o jovem Tarcísio descia por essa escada quando vinha rezar nas sepulturas dos mártires ou buscar a Eucaristia para levá-la aos cristãos nas prisões ou nas famílias durante o período de perseguições.

Veja abaixo algumas imagens pintadas nas catacumbas!


















ISSO É HISTÓRIA!
ISSO É SER CATÓLICO!


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