sábado, 18 de abril de 2015

TESTEMUNHO DE EX ADVENTISTA


    Desde minha infância tive uma vida assídua na Igreja, participando da Missa com muita frequência. Aos 13 anos de idade, com o início da juventude e a exigência dos estudos, acabei afastando-me da Igreja e sem encontrar estímulo familiar fiquei distante até o ano de 2012, tendo durante o período de 2008 a 2010 participado de estudos bíblicos protestantes da Igreja Adventista do Sétimo Dia.
     Comecei a frequentar os cultos adventistas através do convite de uma professora minha, que costumava argumentar sobre muita coisa errada na concepção católica da verdade  e isto me atraiu, pois, não tive até então o interesse de compreender as coisas da fé, especialmente porque neste período da vida estava numa experiência mundana, bebia do que hoje posso claramente enxergar como senso comum da juventude, que precisa aproveitar a vida “como se não houvesse amanhã, porque se você parar pra pensar, na verdade não há”.
Hoje o jovem testemunha que é apaixonado por Jesus e sua Igreja.
Hoje o jovem testemunha que é apaixonado por Jesus e sua Igreja.
        Igreja Católica, a Besta do Apocalipse
     Graças a Deus nunca deixei de ter temor a Ele, mesmo não sabendo no que consistia verdadeiramente a vida cristã santa, então como via na oportunidade do convite de minha professora, comecei com ela os estudos. Neles era ensinado, algumas coisas a respeito da fé adventista, mas também muito se explorava  ataques a Igreja Católica, chegando inclusive a afirmação de esta seria a “besta do Apocalipse”.
      A pergunta materna fundamental
   Com  a sede de ser de Deus que  brotava em meu coração comecei a me dedicar da melhor forma possível a minha nova “religião”, caindo assim no pecado do fundamentalismo protestante. Consequências disso foram as várias discussões com familiares, especialmente minha mãe, que iluminada por Deus me fez uma pergunta desconcertante: como você ataca tanto a Igreja que você nasceu e vai abandoná-la sem antes conhecê-la?
     Em 2012, com o apoio de minha mãe, resolvi entrar na catequese de Crisma, e aproximei-me mais um pouco de meu vigário paroquial [Padre Ribamar] que me convidou a fazer estudos bíblicos com ele. Começados os estudos bíblicos e vendo o meu interesse em esclarecer dúvidas e aprender sobre Deus, o padre veio com a pergunta: “Já pensaste em ser padre?” A qual respondi prontamente que não! Havia ainda em mim muita resistência quanto às afirmações católicas, mas aos poucos deixava meu coração abrir para aquilo que passava, não só a fazer sentido, mas a apaixonar-me.
Eduardo Rocha a direita e o Reitor Pe. Rafhael Maciel ao centro.
Eduardo Rocha a direita e o Reitor Pe. Rafhael Maciel ao centro.
      Encontro com Dom Eduardo Pinheiro
    Houve um encontro com Dom Eduardo Pinheiro em Julho de 2012 e eu participei. Foi a partir do testemunho vocacional de D. Eduardo que comecei a pensar em ser padre.Recebi o estímulo de meu vigário, de meu catequista de Crisma [Niélisson,hoje Seminarista ] e após conversa com meu pároco, Pe. Arildo Castro, fui encaminhado ainda em outubro de 2012 para iniciar os encontros vocacionais. Continuei no outro ano, 2013, e neste ano pude ainda iniciar um bom trabalho pastoral, pois havia abdicado dos meus estudos (Engenharia Elétrica e Psicologia) para viver este tempo tão sublime de discernimento vocacional, e mesmo trabalhando como Eletrotécnico, consegui tempo para a dedicação pastoral na Paróquia.
        Apaixonado pela Igreja 
     Passei, desde o início de 2013, a ser catequista de Crisma, também no início do ano fui desafiado pelo pároco a reorganizar a Pastoral Vocacional Paroquial e ainda assumi a coordenação da Pastoral dos Coroinhas. Era membro assíduo da Comunidade Católica Fonte de Água Viva da Renovação Carismática de Maranguape e busquei cumprir todos os trabalhos confiados a mim com o maior zelo possível, pois  em pouco tempo de aprofundamento já estava apaixonado por Jesus e sua Igreja.
Eduardo atualmente cursa Filosofia em preparação ao sacerdócio.
Eduardo atualmente cursa Filosofia em preparação ao sacerdócio.
      Em Agosto de 2013 fui convidado a iniciar os exames para ingresso no Seminário e com a realização satisfatória destes e do discernimento vocacional por parte da Igreja fui, em Novembro de 2013, convidado a ingressar no Seminário Propedêutico Dom Aloísio Lorscheider da Arquidiocese de Fortaleza, tendo aceitado com grande satisfação este convite a tão árdua e sagrada missão de discernimento. Meu  ingresso no Seminário aconteceu  no dia 26 de Janeiro de 2014.
    Atualmente Eduardo está no primeiro ano de filosofia e é membro da equipe da Pastoral Vocacional que ajuda outros jovens discernirem sua vocação.

sexta-feira, 10 de abril de 2015

Babilônia, Babilônia e Babilônia!


      São três Babilônias. A primeira o império do século VI antes de Cristo. A segunda aquela descrita no Apocalipse de São João. A terceira a novela da rede globo. Três Babilônias. Vamos falar de uma a uma em partes.
     O Império Babilônico retratado no Antigo Testamento – e que serve de referência para as duas outras comparações – sobreviveu de 626 a 539 antes de Cristo. Seu Imperador Nabucodonosor invadiu Jerusalém em 587 a.C. Naquela invasão destruiu-se o Templo, levou-se os objetos de ouro do Templo, os dignitários da cidade foram levados para o exílio e o povo ficou na miséria. “Junto aos rios da Babilônia” (Sl 136,1), Tigre e Eufrates, deve ter sido escrito o segundo relato da criação e da queda (Gn 2,4b-3,25) durante o período do exílio. É desse período também o segundo Isaías (Is 40-55), alguns trechos de Ezequiel, entre outros. A religião Babilônica era muito forte. O povo no exílio estava exposto a ela. Assim, o papel dos profetas e sacerdotes no exílio foi essencial para manter a fé e a esperança do povo de Israel no único Deus. Tendo sido visto o Império Babilônico como um destruidor e sanguinário, a vitória de Ciro, o Persa, em 539 a.C. deu ao povo novo alento e Ciro escreveu um édito permito o regresso do povo a Israel em 538 a.C. (cf. 2Cr 36,14-23; 2Rs 25,1-30; Esd 1,1-3).
     Esta experiência para o povo de Israel é quase tão forte quanto o período de escravidão no Egito e marcará sua vida para sempre. “Fomos escravos no Egito” tornou-se um refrão na boca do povo. “O Senhor nos libertou com mão forte e braço estendido”, igualmente, para referir-se ao período da escravidão e ao período do exílio.
      Tendo em vista este contexto vital da experiência do povo de Deus, o autor do livro do Apocalipse no capítulo 17 identifica o Império Romano, a Roma imperial com a Babilônia violenta e sanguinária do século VI a.C. Por volta do ano 94 d.C. os cristãos estão sendo perseguidos na perseguição de Domiciano, Imperador. O autor do Apocalipse olha para o Império e vê nele os mesmos traços destrutivos da antiga Babilônia. Cidade/Império cruel, perseguidor e sanguinário. Aquela Babilônia matara degolados os sete filhos do Rei de Israel, Sedecias (ou Joaquin), na sua frente e depois vazara seus olhos antes de o levar cativo para o exílio. Esta Babilônia persegue e mata os cristãos pela segunda vez (tendo sido a primeira perseguição no tempo de Nero de 64 a 66 d.C.). Por isso ela é igualmente sanguinária, bebe o sangue dos mártires, é prostituta e os reis da terra a servem em virtude de seu poder político dominador e de sua influência. A descrição da prostituta de Apocalipse, ou a Babilônia, é a de uma suntuosa mulher que embriaga-se de luxúria, volúpia, “com o sangue dos mártires e com o sangue das testemunhas de Jesus” (Ap 17,6). Por esse motivo, a “Babilônia” do Apocalipse é o inimigo a ser vencido pelo Cordeiro no capítulo seguinte, 18. Os mártires por ela mortos são os dos capítulos 6 e 7 que clamam vingança e cantam o Hino de Triunfo sobre a perseguição e a morte por causa do Nome de Jesus.  Alguns despreparados intérpretes da sagrada escritura aplicam este trecho erroneamente a Igreja Católica por não terem conhecimento exegético e teológico apropriado.
      Por fim, chegamos a nova Babilônia. Aquela que está passando na Tv. Não chega a ser sanguinária porque é covarde. Não chega a ser um Império, porque é ilusória. Mas é perversa, mentirosa, voluptuosa e luxuriante. Ela não tira a vida física das testemunhas do Cristo, mas, lhes tira a fé genuína e verdadeira o que torna seu pecado pior. Ela não invade nosso país destruindo, matando, vazando os olhos e levando para o exílio. Ela invade nossas casas na paz, prendendo os olhos de quem a vê e leva para o exílio, para longe de Deus e dos valores do evangelho. Ela não nos rouba tesouros de prata e ouro. Ela rouba-nos o tesouro da fé cristã verdadeira, dos valores cristãos que fizeram do Ocidente a sociedade mais evoluída do mundo. Esta Babilônia é perversa, tão perversa quanto aquela mulher do Apocalipse. Ela perverte o valor da família, o sagrado valor do ato sexual, o sagrado valor do corpo, a instituição matrimonial e zomba descaradamente do nosso país majoritariamente cristão. Cospe-nos na face, zomba e ri na certeza de que estará sempre e mais uma vez “impune”.
     Quanto a nós, cabem-nos duas atitudes. A primeira é o clamor do Apocalipse: “Saí dela ó meu povo, para que não sejais cúmplices de seus pecados e atingidos por suas pragas; porque os seus pecados se amontoaram até o céu e Deus se lembrou de suas iniquidades. Devolvei-lhe o mesmo que ela pagou, pagai-lhe o dobro, conforme suas obras; no cálice em que ela misturou, misturai para ela o dobro. O tanto que ela se concedia em glória e luxo devolvei-lhe em tormento e luto, porque, em seu coração dizia: “Estou sentada como rainha, não sou viúva e nunca experimentarei luto...”. Por isso suas pragas virão num só dia: morte, luto e fome, e pelo fogo será devorada, porque o Senhor Deus que a julgou é forte (Ap 18, 4-8).
      A segunda atitude é experimentarmos a nós mesmos. De nada adianta escandalizar-se diante de um beijo de duas mulheres na Tv quando o casal dito cristão coloca filme pornográfico em seu quarto, quando participa de experiências de troca de casais, quando usa palavras chulas, de baixo calão; quando vê, promove e divulga pornografia; quando a pessoa mantém vida dupla em relações extra-conjugais. Este escândalo seletivo é hipócrita, falso, e faz tanto mal ao mundo, à família e à Igreja quanto aquele! “Seja o seu sim, sim, e o seu não, não. O que passa disso vem do maligno” (Mt 5,37).
 

domingo, 5 de abril de 2015

A Igreja celebra a Ressurreição

      

    
    Purificada pelas práticas quaresmais, a Igreja louva o Senhor com o canto de “Aleluia”. Depois dos 40 dias seguindo Jesus no deserto espiritual, a liturgia nos apresenta o grande contraste da explosão de luz e alegria da Vigília Pascal sobre as trevas do pecado e da morte. São tantos os sinais de Ressurreição na caminhada da Igreja, através dos temas que ela nos propõe neste ano celebrativo da Paz, da Esperança, da Vida Consagrada! A vitória de Cristo ressuscitado é o grande anúncio que a Igreja tem para levar ao mundo, através do diálogo com a sociedade. Do diálogo nasce a paz. A Ressurreição também fundamenta nossa esperança e dela obtemos for- ças para empreender o trabalho contínuo de transformar-nos e, a partir daí, transformar a nossa realidade, segundo os desígnios de Deus. Jesus, que se fez o Servo de todos a ponto de dar a própria vida, renove em nossos corações a alegria de servir e doar-nos em favor dos irmãos. Eis a verdadeira missão dos que se consagram ao Senhor. Assim, cada pessoa é chamada a fazer sua passagem (Páscoa) da falta de sentido para o pleno significado da vida, de modo que cada gesto ou palavra sejam impregnados da luz e da força do Cristo que vive para sempre! Feliz e Santa Páscoa a todos os queridos diocesanos! 

Orani João Cardeal Tempesta, O. Cist. 
Arcebispo Metropolitano do Rio de Janeiro

sexta-feira, 3 de abril de 2015

Quem é esse Deus - Missionrio Shalom [Clip Oficial]

Oferta - Comunidade Católica Shalom

Semana Santa na Igreja de Cristo


Domingo de Ramos



O Domingo de Ramos dá início à Semana Santa e lembra a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém, aclamado pelos judeus.
A Igreja recorda os louvores da multidão cobrindo os caminhos para a passagem de Jesus, com ramos e matos proclamando: “Hosana ao Filho de David. Bendito o que vem em nome do Senhor”. (Lc 19, 38 – MT 21, 9). Com esse gesto, portando ramos durante a procissão, os cristãos de hoje manifestam sua fé em Jesus como Rei e Senhor.

Quinta-feira Santa



Hoje celebramos a Instituição do Sacramento da Eucaristia. Jesus, desejoso de deixar aos homens um sinal da sua presença antes de morrer, instituiu a eucaristia. Na Quinta-feira Santa, destacamos dois grandes acontecimentos:

Bênção dos Santos Óleos


Não se sabe com precisão, como e quando teve início a bênção conjunta dos três óleos litúrgicos.
Fora de Roma, esta bênção acontecia em outros dias, como no Domingo de Ramos ou no Sábado de Aleluia.
O motivo de se fixar tal celebração na Quinta-feira Santa deve-se ao fato de ser este último dia em que se celebra a missa antes da Vigília Pascal. São abençoados os seguintes óleos:         

Óleo do Crisma – Uma mistura de óleo e bálsamo, significando plenitude do Espírito Santo, revelando que o cristão deve irradiar “o bom perfume de Cristo”. É usado no sacramento da Confirmação (Crisma) quando o cristão é confirmado na graça e no dom do Espírito Santo, para viver como adulto na fé. Este óleo é usado também no sacramento do sacerdócio, para ungir os “escolhidos” que irão trabalhar no anúncio da Palavra de Deus, conduzindo o povo e santificando-o no ministério dos sacramentos. A cor que representa esse óleo é o branco ouro.

Óleo dos Catecúmenos – Catecúmenos são os que se preparam para receber o Batismo, sejam adultos ou crianças, antes do rito da água. Este óleo significa a libertação do mal, a força de Deus que penetra no catecúmeno, o liberta e prepara para o nascimento pela água e pelo Espírito. Sua cor é vermelha.

Óleo dos Enfermos – É usado no sacramento dos enfermos, conhecido erroneamente como “extrema-unção”. Este óleo significa a força do Espírito de Deus para a provação da doença, para o fortalecimento da pessoa para enfrentar a dor e, inclusive a morte, se for vontade de Deus. Sua cor é roxa.

Instituição da Eucaristia e Cerimônia do Lava-pés
       
Com a Missa da Ceia do Senhor, celebrada na tarde de quinta-feira, a Igreja dá início ao chamado Tríduo Pascal e comemora a Última Ceia, na qual Jesus Cristo, na noite em que vai ser entregue, ofereceu a Deus-Pai o seu Corpo e Sangue sob as espécies do Pão e do Vinho, e os entregou para os Apóstolos para que os tomassem, mandando-lhes também oferecer aos seus sucessores.

Nesta missa faz-se, portanto, a memória da instituição da Eucaristia e do Sacerdócio. Durante a missa ocorre a cerimônia do Lava-Pés que lembra o gesto de Jesus na Última Ceia, quando lavou os pés dos seus apóstolos.
O sermão desta missa é conhecido como sermão do Mandato ou do Novo Mandamento e fala sobre a caridade ensinada e recomendada por Jesus Cristo. No final da Missa, faz-se a chamada Procissão do Translado do Santíssimo Sacramento ao altar-mor da igreja para uma capela, onde se tem o costume de fazer a adoração do Santíssimo durante toda à noite.

Sexta-feira Santa


Celebra-se a paixão e morte de Jesus Cristo. O silêncio, o jejum e a oração devem marcar este dia que, ao contrário do que muitos pensam, não deve ser vivido em clima de luto, mas de profundo respeito diante da morte do Senhor que, morrendo, foi vitorioso e trouxe a salvação para todos, ressurgindo para a vida eterna. Às 15 horas, horário em que Jesus foi morto, é celebrada a principal cerimônia do dia: a Paixão do Senhor. Ela consta de três partes: liturgia da Palavra, adoração da cruz e comunhão eucarística. Depois deste momento não há mais comunhão eucarística até que seja realizada a celebração da Páscoa, no Sábado Santo.

Ofício das Trevas


Trata-se de um conjunto de leituras, lamentações, salmos e preces penitenciais. O nome surgiu por causa da forma que se utilizava antigamente para celebrar o ritual. A igreja fica às escuras tendo somente um candelabro triangular, com velas acesas que se apagam aos poucos durante a cerimônia.

Sermão das Sete Palavras

Lembra as últimas palavras de Jesus, no Calvário, antes de sua morte. As sete palavras de Jesus são: “Pai, perdoa-lhes, pois não sabem o que fazem…”, “Em verdade te digo: hoje estarás comigo no Paraíso”, “Mulher, eis aí o teu filho… Eis aí a tua Mãe”, “Tenho Sede!”, “Eli, Eli, lema sabachtani? – Meus Deus, meus Deus, por que me abandonastes?”, “Tudo está consumado!”, “Pai, em tuas mãos entrego o meu Espírito!”. Neste dia, não se celebra a Santa Missa.
Por volta das 15 horas celebra-se nas igrejas católicas a Solene Ação Litúrgica comemorativa da Paixão e Morte de Jesus Cristo. À noite as paróquias fazem encenações da Paixão de Jesus Cristo com o Sermão do Descendimento da Cruz e em seguida a Procissão do Enterro, levando o esquife com a imagem do Senhor morto.         

Sábado Santo


No Sábado Santo ou Sábado de Aleluia, a principal celebração é a “Vigília Pascal”.

Vigília Pascal


Inicia-se na noite do Sábado Santo em memória da noite santa da ressurreição gloriosa de Nosso Senhor Jesus Cristo. É a chamada “A mãe de todas as santas vigílias”, porque a Igreja mantém-se de vigília à espera da vitória do Senhor sobre a morte. Cinco elementos compõem a liturgia da Vigília Pascal: a benção do fogo novo e do círio pascal; a proclamação da Páscoa, que é um canto de júbilo anunciando a Ressurreição do Senhor; a liturgia da Palavra, que é uma série de leituras sobre a história da Salvação; a renovação das promessas do Batismo e, por fim, a liturgia Eucarística.

Domingo de Páscoa


A palavra páscoa vem do hebreu Peseach e significa “passagem”. Era vivamente comemorada pelos judeus do antigo testamento.
A Páscoa que eles comemoram é a passagem do mar Vermelho, que ocorreu muitos anos antes de Cristo, quando Moisés conduziu o povo hebreu para fora do Egito, onde era escravo. Chegando às margens do Mar Vermelho, os judeus, perseguidos pelos exércitos do faraó teriam de atravessá-lo às pressas. Guiado por Deus, Moisés levantou seu bastão e as ondas se abriram, formando duas paredes de água, que ladeavam um corredor enxuto, por onde o povo passou. Jesus também festejava a Páscoa. Foi o que Ele fez ao cear com seus discípulos.
Condenado à morte na cruz e sepultado, ressuscitou três dias após, num domingo, logo depois da Páscoa judaica. A ressurreição de Jesus Cristo é o ponto central e mais importante da fé cristã. Através da sua ressurreição, Jesus prova que a morte não é o fim e que Ele é, verdadeiramente, o Filho de Deus. O temor dos discípulos em razão da morte de Jesus na Sexta-Feira transforma-se em esperança e júbilo. É a partir deste momento que eles adquirem força para continuar anunciando a mensagem do Senhor. São celebradas missas festivas durante todo o domingo.

A data da Páscoa

A fixação das festas móveis decorre do cálculo que estabelece o Domingo da Páscoa de cada ano, assim: A Páscoa deve ser celebrada no primeiro domingo após a primeira lua cheia que segue o Equinócio da Primavera, no Hemisfério Norte (21 de março). Se esse dia ocorrer depois do dia 21 de abril, a Páscoa será celebrada no domingo anterior. Se, porém, a lua cheia acontecer no dia 21 de março, sendo domingo, será celebrada de 25 de abril. A Páscoa não acontecerá nem antes de 22 de março, nem depois de 25 de abril. Conhecendo-se a data da Páscoa, conheceremos a das outras festas móveis.
  
Cordeiro


O cordeiro que os israelitas sacrificavam no templo no primeiro dia da páscoa como memorial da libertação do Egito, na qual o sangue do cordeiro foi o sinal que livrou os seus primogênitos. Este cordeiro era degolado no templo.
Os sacerdotes derramavam seu sangue junto ao altar e a carne era comida na ceia pascal. Aquele cordeiro prefigurava a Cristo, ao qual Paulo chama “nossa páscoa” (Cor 5, 7).
João Batista, quando está junto ao rio Jordão em companhia de alguns discípulos e vê Jesus passando, aponta-o em dois dias consecutivos dizendo: “Eis o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” (Jô 1, 29 e 36).Isaías o tinha visto também como cordeiro sacrificado por nossos pecados (Cf. Is 53, 7-12).
Também o Apocalipse apresenta Cristo como cordeiro sacrificado, agora vivo e glorioso no céu. (Cf. AP 5,6.12; 13, 8).

Ovo

O costume e tradição dos ovos estão associados com a Páscoa há séculos. Símbolo da fertilidade e nova vida. A existência da vida está intimamente ligada ao ovo, que simboliza o nascimento. O sepulcro de Jesus ocultava uma vida nova que irrompeu na noite pascal. Ofertar ovos significa desejar que a vida se renove em nós.

Coelho
        

Por serem animais capazes de gerar grandes ninhadas e reproduzirem-se várias vezes ao ano, sua imagem simboliza a capacidade da Igreja de produzir novos discípulos de Jesus, Filho de Deus.

Pão e vinho
        

Na ceia do senhor, Jesus escolheu o pão e o vinho para dar vazão ao seu amor.
Representando o seu corpo e sangue, eles são dados aos seus discípulos para celebrar a vida eterna.

Cruz
       

A cruz mistifica todo o significado da Páscoa na ressurreição e também no sofrimento de Cristo.
No Concilio de Nicea em 325 d.c., Constantim decretou a cruz como símbolo oficial do cristianismo.
Então não somente um símbolo da Páscoa, mas símbolo primordial da fé católica.

Círio Pascal
        

É uma grande vela que é acesa no fogo novo, no Sábado Santo, logo no início da celebração da Vigília Pascal. Assim como o fogo destrói as trevas, a luz que é Jesus Cristo afugenta toda atreva do erro, da morte, do pecado. É o símbolo de Jesus ressuscitado, a luz dos Povos. Após a bênção do fogo acende-se, nele, o Círio. Faz-se a inscrição dos algarismos do ano em curso; depois crava-se neste, cinco grãos de incenso que lembram as cinco chagas de Jesus e as letras “alfa” e “Omega”, primeira e última letra do alfabeto grego, que significa o princípio e o fim de todas as coisas.