Por David Goldstein
Tradução: Stephen Adams
Fonte: Catolicismo
Obs: o autor é
ex-judeu convertido ao catolicismo
Os católicos têm a
Bíblia como regra de fé, entretanto não a “única regra de fé”. As primeiras
coisas entram primeiro na religião dos católicos. Então, os católicos são
guiados em seus julgamentos religiosos, primeiro pela Igreja; e segundo, pela
Bíblia, como interpretada pela Igreja católica, para a qual o mundo está
endividado pela existência da Bíblia cristã.
As pessoas que usam
seus “cérebros” corretamente vão para um médico quando estão doentes, e não
usam a auto-medicação, para terem suas próprias prescrições. Este princípio é
seguido pelos católicos que, tendo Jesus Cristo como o Médico Divino das almas,
usam seus “cérebros” como o Médico Divino lhes ordenou que fossem usados,
quando Cristo disse “ouça a Igreja”; a Igreja para a qual Ele delegou Sua
autoridade quando Ele deu as Chaves a Pedro, com o poder de “ligar e desligar”
(S. Mt. 16) que é a Igreja católica.
Se a Bíblia é a
“única regra de fé”, nomeie o texto no Novo Testamento que garante tal falsa
conclusão que o padre renegado, Martinho Lutero, criou! Se você usasse seu
“cérebro” em vez de suas emoções anti-católicas, você perceberia o absurdo de
sua suposição. Cristo prometeu estar com Sua Igreja, e não a Bíblia, até o fim
do mundo. Os funcionários da Igreja cujo “cérebro” você repudia, são compostos
de padres a quem S. Paulo chama de Embaixadores de Cristo (II Cor. 5,20).
Repudiá-los é repudiar a Pessoa a quem eles representam. .
É lógico que os
apóstolos não dependeram de uma Bíblia cristã como um guia religioso e moral
porque ela ainda não existia. De fato, houve somente um dos doze apóstolos que
pôde ter visto os escritos que formaram Novo Testamento. Este foi S. João, pois
os outros onze tinham ido para a recompensa eterna antes que S. João escrevesse
seu Evangelho, que a Igreja católica declarou ser inspirado por Deus.
A Igreja católica
veio à existência antes que uma linha do Novo Testamento fosse escrita: os
apóstolos pregaram o Cristo crucificado; S. Pedro converteu 3000 judeus; o
Concílio de Jerusalém foi reunido e a lei judaica foi ab-rogada, antes que uma
única linha do Novo Testamento fosse escrita. Antes que S. João escrevesse seu Evangelho,
a Igreja católica celebrou seu jubileu de ouro; e S. Paulo poderia dizer que a
fé de Cristo tinha sido proclamada por toda parte no mundo (até então conhecido
- Rom. 1,8).
Você diz que a Bíblia
é a Palavra de Deus, mas que evidência você tem, ou qualquer outro protestante
que rejeita a autoridade da Igreja católica, para provar tal afirmação?
Logicamente, os escritos em si não podem provar que eles foram inspirados por
Deus. Só a resposta católica para esta questão pode estar no teste de raciocínio
de direito, isto é: Eu acredito que a Bíblia é a Palavra de Deus porque a
Igreja católica, por sua Divina autoridade, disse assim no Concílio de Cartago
(397 d.C.), com a confirmação do Papa, quando ela selecionou os escritos que
foram inspirados por Deus, para formar o cânon cristão das Sagradas Escrituras.
A racionalidade disto foi reconhecida por um professor protestante, Dr. Marcus
Dods, que veio da Escócia aos EUA para dar uma série de conferências que foram
publicadas em um livro chamado "A
Bíblia, Sua Origem e Natureza” (1940). Ele diz (pp. 31-32):
“Se você pergunta
para um romanista por que ele aceita certos livros como canônicos, ele terá uma
resposta perfeitamente inteligível. Ele aceita estes livros porque a Igreja o
licita a fazer assim. A Igreja determinou quais livros são canônicos e ele
aceita a decisão da Igreja. Se você pergunta para um protestante o porquê
dele acreditar que apenas esses livros que constam na Bíblia são canônicos, e
não mais nem menos, creio que 99% dos protestantes seria incapaz de oferecer
uma resposta satisfatória para o homem razoável. Os protestantes desprezam
os romanistas porque estes confiam na autoridade da Igreja, mas o protestante
não pode lhe dizer em que autoridade que ele confia. A senha protestante é: ‘a
Bíblia, a Bíblia inteira e nada mais que a Bíblia’, mas quantos protestantes
poderiam deixar claro que os livros que eles têm em suas Bíblias são os livros
canônicos e nada mais que a Bíblia"?
São João Crisóstomo,
o arcebispo católico de Constantinopla, foi o que deu o nome à
"Bíblia". Certamente, Santo Agostinho, o bispo de Hipona, não estava
deixando de usar seu cérebro quando disse: "Eu não acreditaria na Bíblia
se não fosse pela autoridade da Igreja Católica”.
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