Desde minha infância tive uma vida assídua na Igreja, participando da Missa com muita frequência. Aos 13 anos de idade, com o início da juventude e a exigência dos estudos, acabei afastando-me da Igreja e sem encontrar estímulo familiar fiquei distante até o ano de 2012, tendo durante o período de 2008 a 2010 participado de estudos bíblicos protestantes da Igreja Adventista do Sétimo Dia.
Comecei a frequentar os cultos adventistas através do convite de uma professora minha, que costumava argumentar sobre muita coisa errada na concepção católica da verdade e isto me atraiu, pois, não tive até então o interesse de compreender as coisas da fé, especialmente porque neste período da vida estava numa experiência mundana, bebia do que hoje posso claramente enxergar como senso comum da juventude, que precisa aproveitar a vida “como se não houvesse amanhã, porque se você parar pra pensar, na verdade não há”.
Igreja Católica, a Besta do Apocalipse
Graças a Deus nunca deixei de ter temor a Ele, mesmo não sabendo no que consistia verdadeiramente a vida cristã santa, então como via na oportunidade do convite de minha professora, comecei com ela os estudos. Neles era ensinado, algumas coisas a respeito da fé adventista, mas também muito se explorava ataques a Igreja Católica, chegando inclusive a afirmação de esta seria a “besta do Apocalipse”.
A pergunta materna fundamental
Com a sede de ser de Deus que brotava em meu coração comecei a me dedicar da melhor forma possível a minha nova “religião”, caindo assim no pecado do fundamentalismo protestante. Consequências disso foram as várias discussões com familiares, especialmente minha mãe, que iluminada por Deus me fez uma pergunta desconcertante: como você ataca tanto a Igreja que você nasceu e vai abandoná-la sem antes conhecê-la?
Em 2012, com o apoio de minha mãe, resolvi entrar na catequese de Crisma, e aproximei-me mais um pouco de meu vigário paroquial [Padre Ribamar] que me convidou a fazer estudos bíblicos com ele. Começados os estudos bíblicos e vendo o meu interesse em esclarecer dúvidas e aprender sobre Deus, o padre veio com a pergunta: “Já pensaste em ser padre?” A qual respondi prontamente que não! Havia ainda em mim muita resistência quanto às afirmações católicas, mas aos poucos deixava meu coração abrir para aquilo que passava, não só a fazer sentido, mas a apaixonar-me.
Encontro com Dom Eduardo Pinheiro
Houve um encontro com Dom Eduardo Pinheiro em Julho de 2012 e eu participei. Foi a partir do testemunho vocacional de D. Eduardo que comecei a pensar em ser padre.Recebi o estímulo de meu vigário, de meu catequista de Crisma [Niélisson,hoje Seminarista ] e após conversa com meu pároco, Pe. Arildo Castro, fui encaminhado ainda em outubro de 2012 para iniciar os encontros vocacionais. Continuei no outro ano, 2013, e neste ano pude ainda iniciar um bom trabalho pastoral, pois havia abdicado dos meus estudos (Engenharia Elétrica e Psicologia) para viver este tempo tão sublime de discernimento vocacional, e mesmo trabalhando como Eletrotécnico, consegui tempo para a dedicação pastoral na Paróquia.
Apaixonado pela Igreja
Passei, desde o início de 2013, a ser catequista de Crisma, também no início do ano fui desafiado pelo pároco a reorganizar a Pastoral Vocacional Paroquial e ainda assumi a coordenação da Pastoral dos Coroinhas. Era membro assíduo da Comunidade Católica Fonte de Água Viva da Renovação Carismática de Maranguape e busquei cumprir todos os trabalhos confiados a mim com o maior zelo possível, pois em pouco tempo de aprofundamento já estava apaixonado por Jesus e sua Igreja.
Em Agosto de 2013 fui convidado a iniciar os exames para ingresso no Seminário e com a realização satisfatória destes e do discernimento vocacional por parte da Igreja fui, em Novembro de 2013, convidado a ingressar no Seminário Propedêutico Dom Aloísio Lorscheider da Arquidiocese de Fortaleza, tendo aceitado com grande satisfação este convite a tão árdua e sagrada missão de discernimento. Meu ingresso no Seminário aconteceu no dia 26 de Janeiro de 2014.
Atualmente Eduardo está no primeiro ano de filosofia e é membro da equipe da Pastoral Vocacional que ajuda outros jovens discernirem sua vocação.
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