terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Sobre as Imagens na Igreja


SOBRE  AS  IMAGENS
Arte Cristã anterior ao protestantismo
São Rafel Arcanjo

 
São Gregório de Nissa († 394)

"O desenho mudo sabe falar sobre as paredes das igrejas e ajuda grandemente"(Panegírico de S. Teodoro, PG 46, 737d). S. Gregório Magno (†604), Papa e doutor da Igreja, a Sereno, bispo de Marselha: "Tu não devias quebrar o que foi colocado nas igrejas não para ser adorado, mas simplesmente para ser venerado. Uma coisa é adorar uma imagem, outra coisa é aprender, mediante essa imagem, a quem se dirigem as tuas preces. O que a Escritura é para aqueles que sabem ler, a imagem o é para os ignorantes; mediante essas imagens aprendem o caminho a seguir. A imagem é o livro daqueles que não sabem ler" (Epístola XI 13 PL 77,1128c).

São João Damasceno († 749)

"O que a Bíblia é para os que sabem ler, a imagem o é para os iletrados".(De imaginibus I 17 PG 94, 1248 c) "Antigamente Deus, que não tem corpo nem face, não poderia ser absolutamente representado através duma imagem. Mas agora que Ele se fez ver na carne e que Ele viveu com os homens, eu posso fazer uma imagem do que vi de Deus." "A beleza e a cor das imagens estimula minha oração. É uma festa para os meus olhos, tanto quanto o espetáculo dos campos estimula o meu coração para dar glória a Deus" (CIC, 1162).

 II Concílio de Nicéia (787)

"Nós definimos com todo o rigor e cuidado que, à semelhança da representação da cruz preciosa e vivificante, assim as venerandas e sagradas imagens pintadas quer em mosaico, quer em qualquer outro material adaptado, devem ser expostas nas santas igrejas de Deus, nas alfaias sagradas, nos paramentos sagrados, nas paredes e nas mesas, nas casas e ruas; sejam elas a imagem do Senhor Deus e Salvador Jesus Cristo, a da imaculada Senhora nossa, a santa Mãe de Deus, dos santos anjos, de todos os santos justos" (DS, 600-601).

 Concílio de Trento (1545-1563)

"As imagens de Cristo e da Virgem Maria, Mãe de Deus, e dos Santos, devem ser guardadas nas Igrejas, onde se lhes devem prestar a devida honra e veneração; não por crer que haja nelas "Divindades" ou "virtude alguma", a quem queremos adorar ou pedir favores imitando os antigos gentios, que punham toda a sua confiança em seus ídolos; mas porque as honras que lhes prestamos as referimos aos protótipos que elas representam, de sorte que, quando beijamos uma imagem, ou nos descobrimos ou prostramo-nos diante dela, adoramos Jesus Cristo e veneramos os santos por elas representadas".

Martinho Lutero

"Penso que no que diz respeito às imagens, símbolos e vestes litúrgicas ... e coisas semelhantes, deixe-se à livre escolha. Quem não quiser essas coisas deixe-as de lado. Se bem que as histórias inspiradas na Bíblia ou em histórias edificantes, parecem-me serem muito úteis"(Carta 1528).

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