quinta-feira, 24 de maio de 2012

ICNOGRAFIA CRISTÃ

 

Introdução à iconografia paulina

 

          Paulo é talvez a personagem bíblica que melhor se revela em seus escritos e que, por isso mesmo, facilmente suscita nos cristãos empatia, admiração e desejo de o imitar no seu amor a Cristo e á Igreja e no seu ardor apostólico. A interpretação dos seus escritos suscitou ao longo da história vários movimentos de renovação da vida cristã e de admirável e fecunda ação missionária e também lutas apaixonadas que rasgaram o tecido eclesial. Convido-vos a fazer uma incursão, certamente breve e incompleta, na iconografia paulina hoje conhecida e acessível. Ele falou-nos de Cristo e de si mesmo com palavras. A Igreja fala de Cristo e dos santos com palavras e também com imagens.

           Será oportuno lembrar as três funções principais da imagem na iconografia cristã: uma função simbólica, uma função narrativa e uma função cultual. Sem problemas de maior, a Igreja dos primeiros séculos foi produzindo e utilizando imagens simbólicas e narrativas. Mas quando começou a generalizar-se o uso de imagens para veneração pública e privada, eclodiu a grande crise iconoclasta, particularmente aguda e sangrenta no império bizantino. O sétimo concílio ecuménico, celebrado em Nicéia no ano de 787, abriu caminho para a solução desta crise, que viria a terminar apenas em 843 com o triunfo da ortodoxia, que confirmou como sendo cristãmente correta a veneração das imagens de Cristo, da Virgem Maria e dos Santos. (...)

         O percurso da iconografia paulina, iniciado já no século IV, é como uma árvore fecunda que em cada século produziu frutos admiráveis, obras notabilíssimas quer pela sua densidade espiritual e teológica quer pela qualidade artística, tanto no Oriente como no Ocidente.

  Paulo e Pedro

           Desde o princípio, Pedro e Paulo foram reconhecidos pelos cristãos como os dois pilares da catolicidade da Igreja e por isso não é de estranhar que muitas vezes sejam representados juntos. Aliás, já desde o século III, a Igreja celebra a sua memória no mesmo dia, em 29 de junho.

        São Pedro e São Paulo

               São Pedro e São Paulo (1587-1592), El Greco

            Uma das mais antigas representações de São Paulo, datada de 348, conserva-se nas catacumbas de santa Domitila, em Roma: de rosto comprido, testa ampla e calva, nariz aquilino e barba recortada, ela deu o modelo que os artistas seguiram até hoje, sobretudo na Igreja Ortodoxa. É assim que nos aparece também num fresco do século IV nas catacumbas de São Pedro e São Marcelino, ladeando Cristo com São Pedro. Esta representação que recebeu o nome traditio legis (Cristo entrega a lei nova a São Pedro na presença de São Paulo) aparece esculpida várias vezes em sarcófagos paleocristãos dos séculos IV e V.

          Em Ravena, no século VI, no batistério dos arianos, vemos Pedro e Paulo representados nos mosaicos da cúpula, aliás, com os outros apóstolos, ao lado da hetimasia, o trono vazio de Cristo onde, em vez da figura do Senhor, cuja segunda vinda a Igreja espera, está colocada uma cruz preciosa sobre uma almofada. Também em Ravena, na capela do arcebispado, Paulo e Pedro são vigorosamente representados em admiráveis medalhões de mosaico.

São Pedro e São Paulo

          São Pedro e São Paulo (1570), Gaspar Dias. Museu Nacional de Arte Antiga

        Pela sua pregação e pelo seu ministério eclesial, Pedro e Paulo são os apóstolos que nos recebem na Igreja e nos abrem as portas do céu. Por isso mesmo são representados muitas vezes no nártex das igreja, à direita e à esquerda da porta principal. É assim que os vemos, por exemplo, na Igreja de São Salvador de Chora, em Constantinopla, e em muitas catedrais românicas e góticas da Europa (Évora, batalha, etc.).

          Outra representação de Pedro e Paulo, em que eles se beijam ou abraçam, e que é no Oriente o ícone próprio da sua solenidade em 29 de junho, tem o nome de Concordia Apostolorum. Em Roma podemos ver um baixo-relevo com este tema, numa rua próxima da basílica de São Paulo, no lugar onde, segundo a tradição, os dois apóstolos se encontraram.

São Pedro e São Paulo

            C. 1282-1295, Mestre grego

               Nas nossas igrejas, sobretudo nas dedicadas a São Pedro, quase sempre aparece também São Paulo porque, no dizer do povo, “não há Pedro sem Paulo”. Curiosamente, um relevo em pedra do século V mostra-nos os rostos de Pedro e Paulo, não lado a lado, mas frente a frente. Talvez não tenha sido esse o objetivo do autor, mas este enfrentamento lembra-nos o incidente de Antioquia, que Paulo refere na Carta aos Gálatas com estas palavras: “quando Cefas veio a Antioquia eu enfrentei-o abertamente porque ele se tornara digno de censura... eu disse a Pedro diante de todos: se tu, sendo judeu, vives à maneira dos gentios e não dos judeus, porque forças os gentios a viverem como judeus?” (Gal 2, 11-14). Trata-se de uma interpretação minha, talvez abusiva, porque a iconografia sempre nos mostra Pedro e Paulo em perfeita concórdia, lado a lado, como as duas colunas que sustentam o edifício da Igreja. As diferenças que caracterizam as suas pessoas e o seu ministério são complementares porque agiram movidos pelo mesmo Espírito. Além das representações já referidas, acrescentemos ainda as da Basílica de Santa Praxedes, em Roma (séc. IX). Também nas iconostases das igrejas bizantinas Pedro e Paulo sempre aparecem à frente dos outros apóstolos.

  Paulo e os Doze

São Paulo

               Séc. IX

           Lemos nos Atos dos Apóstolos a dificuldade que Paulo sentiu depois da sua conversão, em ser acolhido entre os discípulos de Jesus porque tinham medo dele, e ao longo das suas cartas vemos como reclama vigorosamente para si o nome de apóstolo, embora não tenha convivido com Jesus nem tenha pertencido ao número dos doze. Na iconografia, Paulo não encontra essa dificuldade. Vemo-lo desde o princípio representado juntamente com Pedro, à frente dos apóstolos, como por exemplo no ícone chamado «Sinaxe dos Apóstolos». Aliás, nos ícones da Ascensão e do Pentecostes e em todos os outros em que aparece o grupo dos doze, sempre vemos Paulo incluído. Toda a gente sabe que Paulo não esteve na Ascensão e no Pentecostes, mas a iconografia oriental, nada prisioneira de historicismos, entendeu que o grupo dos apóstolos não é completo sem Paulo, e prefere assim excluir um dos outros apenas necessários para perfazer o número doze, mas que não tem o peso e a importãncia do doutor das gentes. No ícone da Dormição da Virgem Maria, que é uma bela catequese sobre a morte do cristão, os doze apóstolos rodeiam o corpo de Maria que Pedro incensa. E, frente a Pedro, é sempre representado Paulo, inclinado em profunda oração.

Conversão de São Paulo

            Conversão de São Paulo (1542-1545), Michelangelo

           Outro ícone em que vemos Paulo incluído no grupo dos doze é o do «Juízo Final», pintado em muitas igrejas bizantinas sobre a porta principal, dentro da igreja, de modo que ao saírem da celebração e ao regressarem á vida quotidiana os fiéis levem gravada a certeza de que os seus atos serão julgados por Cristo. Lá aparecem os doze, com Pedro e Paulo à frente, sentados em tronos com Cristo para julgar as nações, de acordo com a promessa do Senhor (Mt 19, 28). Em muitos destes ícones Paulo aparece também mostrando a lei aos judeus e aos pagãos e apontando para Cristo, que é o pleno cumprimento da lei e o único Salvador.

  Imagens da vida de Paulo

         A iconografia cristã tem, desde o princípio, uma função narrativa. No dizer de São Gregório Magno, “o que um livro proporciona ao que lê, isso oferece uma pintura aos analfabetos que a contemplam, pois nela, mesmo os ignorantes vêem como têm de comportar-se, nela lêem os que não têm letras” (Carta a Sereno). Não é que a imagem dispense de escutar, porque a fé nasce não de ver imagens mas de escutar a pregação (Cf. Rom 10, 17). a imagem é suporte da narração, condensa a catequese e prolonga no tempo a pregação. A imagem é uma haggadah visual das mirabilia Dei. Porque conduz à imitação e dá àquele que a escuta e a reconta uma identidade, a narração, parte integrante da catequese, é fundamenta para levar aquele que já recebeu o Evangelho na sua mente a pô-lo em prática na sua maneira de viver.

São Paulo

             São Paulo à secretária (1629), Rembrandt

     Os humildes começos da haggaddah visual paulina encontramo-los já em relevos de sarcófagos dos primeiros séculos, representando quase sempre o seu martírio; floresce depois ao longo da Idade Média em miniaturas, frescos e mosaicos e desenvolve-se plenamente na grande pintura europeia nos séculos XV a XVIII. As cenas mais frequentemente representadas são a conversão e o martírio, e também o batismo e a pregação, sobretudo no Areópago de Atenas, Paulo arrebatado ao céu e outros episódios da sua vida, relatados no livro dos Atos dos Apóstolos. São dignos de especial menção os mosaicos da catedral de Monreale, na Sicília. No século XVI, Rafael pintou, nas loggias do Vaticano, várias cenas dos Atos dos Apóstolos, em que aparece Paulo diversas vezes. O último fresco pintado por Miguel Ângelo na Capela Paulina do Vaticano é precisamente a conversão de São Paulo. No século XVII, Caravaggio pintou duas vezes esse mesmo episódio. De Rembrandt, no mesmo século, conhecemos quatro pinturas de temática paulina: Paulo na prisão, Paulo meditando e autorretrato como São Paulo. Poussin pintou Paulo arrebatado aos céus... Seria tarefa muito difícil enumerar as obras de temática paulina realizadas na Europa ao longo dos séculos, sobretudo na época barroca. Mas lembremos ainda os painéis de azulejos que revestem muitas das nossas igrejas. É verdade que em Portugal não há muitas que o tenham por orago (São Paulo não é propriamente um santo muito popular), mas como vai sempre ao lado de Pedro tem a sua parte junto dele, também na iconografia.

                                    São Paulo
                            Vasco Fernandes, com Gaspar Vaz (1530). Museu de Grão Vasco, Viseu

                                           Imagens para a liturgia

     
As imagens de São Paulo para o culto apresentam-no quase sempre de pé, com o livro das epístolas, tanto no Oriente como no Ocidente, e também com uma espada, sobretudo na Igreja latina. A espada alude ao seu martírio, pois foi decapitado, mas também é símbolo da palavra divina por ele anunciada, como diz a Carta aos Hebreus: “a palavra de Deus é viva e eficaz, mais penetrante que uma espada de dois gumes” (Hb 4, 12). Também na Carta aos Efésios, descrevendo as armas da luz que o cristão deve usar nos combates da vida, Paulo refere a “espada do Espírito que é a palavra de Deus” (Ef 6, 17). Falar de Paulo é falar do pregador, do semeador da palavra de Cristo que suscita a fé. Mas é falar também do sábio que interioriza a palavra antes de a proclamar. Assim o vemos representado no átrio da sua basílica, em Roma, e em milhares de imagens esculpidas e pintadas em igrejas de todo o mundo. Lembremos por exemplo a vigorosa tábua saída da oficina de Nuno Gonçalves (séc. XV) e conservada no Museu Nacional de Arte Antiga de Lisboa. Entre nós são ainda notáveis algumas do século XV e XVI, góticas e renascentistas, quase sempre de pedra calcária, ás vezes policromada, da região de Coimbra, e as barrocas do século XVII e XVIII, de madeira entalhada ou simplesmente pintada. Se as primeiras são mais contidas, frontais e humanas, as barrocas expressam, na sua teatralidade, o dinamismo e as tensões deste homem possuído pelo Espírito de Deus que sente a urgência do anúncio do Evangelho e vive intensamente a solicitude pastoral por todas as igrejas.

São Paulo

               2.ª metade do séc. XIII, Roma

                                                    E atualmente?

             De entre as muitas realizações, certamente desiguais em qualidade artística e densidade espiritual, destaco a título de exemplo: na Capela Redemptoris Mater, do Vaticano, Marko Rupnik representou São Paulo incluído no grupo dos Doze no Pentecostes, e o seu martírio; um vitral de Sieger Köder na Igreja do Espírito Santo, de Ellwangen, mostra-nos Paulo escrevendo aos Coríntios, e num retábulo do altar da Igreja de Wasseralfinger, a sua conversão.

               Ao fim de dois mil anos, muito se disse já, por imagens, acerca de Paulo. Estará tudo dito? É claro que não. Paulo continua hoje a falar e a ser escutado, e em cada época e em cada circunstância o tesouro paulino continuará a revelar novos aspetos da insondável riqueza de Cristo. E não esqueçamos de ver de cada geração, de cada cultura, de cada artista.

São Paulo

            Nicolas Poussin (1643)

         Neste momento em que a Igreja é chamada a um novo impulso evangelizador, conhecer melhor Paulo de tarso através dos seus escritos e da sua iconografia será para nós, certamente, uma ajuda preciosa para nos tornarmos seus imitadores, como ele o foi de Cristo (cf. 1 Cor 11, 1).

Cón. João Marcos

Diretor espiritual do Seminário dos Olivais, Lisboa

In Novellae Olivarum, Novembro 2008

As imagens que acompanham este artigo não correspondem que são apresentadas no texto original

23.03.09

terça-feira, 22 de maio de 2012

Igreja mais antiga do mundo deixa teólogos espantados

            Noticias que a midia não publica.
     Igreja mais antiga do mundo deixa teólogos espantados
Revelação.
     Da Jordânia ve
m a notícia de que encontraram o primeiro local de culto cristão, datado do século I. Os arqueólogos estão eufóricos, mas outros especialistas advogam cautela, até que as análises sejam mais conclusivas. O teólogo Carreira das Neves comenta ao DN esta grande descoberta
“Extraordinário”, comentam os especialistas
          A notícia já tem uns dias, mas o impacto da sua descoberta ainda mal se sentiu: um grupo de arqueólogos jordanos afirma ter descoberto o mais antigo local de culto cristão do mundo, em Rihab, a 40 quilómetros de Amã. “Deve ter sido construído entre os anos 33 e 70 da nossa era”, explicou Abdul Qader Hassan, chefe do Centro de Estudos Arqueológicos, especificando que, por cima do local se construiu outra igreja, em pedra, em honra a São Jorge.
         O templo subterrâneo agora descoberto, de estrutura circular, possui vários escalões e assentos de pedra para os sacerdotes. A tese dos arqueólogos sustenta que o local acolheu os primeiros cristãos, os 70 discípulos de Jesus Cristo, até à data em que os romanos abraçaram a religião católica, tendo então sido construída a igreja de São Jorge. Nesta existe um mosaico onde se mencionam “os 70 amados por Deus”.
As primeiras reacções não se fizeram, esperar. O historiador Thomas Parker da Universidade da Carolina do Norte Raleigh, que conduziu a descoberta da igreja de Aqaba, considera que enquanto não visitar o local as interpretações devem ser cautelosas. “Uma descoberta extraordinária como esta exige provas extraordinárias”, comentou o especialista, que defende que “precisamos de ver os artefactos encontrados, datá-los para saber se a sua ocupação data do século I”.

       “Eu até me benzo…”

      “Isto é muito… isto é espantoso. Eu até me benzo! É muito mais do que as últimas descobertas, há cerca de 40 anos, respectivamente da Casa de São Pedro e da Casa de Nossa Senhora da Nazaré, dos finais do século I”, comenta, ao DN, o padre Carreira das Neves, o maior especialista português em questões da Bíblia, que ontem fomos encontrar a assinar obras suas no stand da Universidade Católica na Feira do Livro. Perplexo porque não tivera ainda conhecimento da notícia, que leu atentamente, pelo menos o que está disponível nos media.
         O seu primeiro comentário aproxima-se do prestado pelo historiador Parker, de que é preciso algum cuidado e esperar por se saber mais. Mas pelo que leu está de acordo em que o local cristão encontrado seja o mais antigo onde se celebrou Deus, com orações e liturgia.       
           “É absolutamente plausível”, comenta.
       A prova mais importante das notícias, em sua opinião, é a citação da inscrição no mosaico da igreja de São Jorge sobre os discípulos -”os 70 queridos [amados] por Deus e pelo Divino”. Carreira das Neves lembra que para ele há aqui “um problema”, já que, explica, “nos primeiros tempos Jesus não era ainda Deus, era o Divino, assim o chamavam nos antigos escritos”. Mas, em contrapartida, lembra que a inscrição no mosaico “é uma prova de Jesus, de que ele não é um mito. Uma prova da existência da igreja primitiva que nos anos 70 da era de Cristo se refugiou para fugir à perseguição romana “.
           Carreira das Neves sabe do que fala. Ele próprio, contou-nos, andou nos anos 60 a fazer arqueologia em Israel e na Jordânia durante três anos, como estudante de Exegese Bíblica [interpretação bíblica] . Tinha 26 anos e foi obrigado a estudar toda esta área. Diz, convicto, que “estamos a encontrar cada vez mais dados arqueológicos que nos ligam ao Antigo e Novo Testamento”.

LEONOR FIGUEIREDO

mais link:
http://dn.sapo.pt/2008/06/16/artes/igreja_mais_antiga_mundo_deixa_teolo.html
http://noticias.amigostestigos.com/?s=devem
http://www.jornaldamidia.com.br/noticias/2008/06/11/Especial/Descoberta_na_Jordania_a_igreja_m.shtml
1 Comentário
Mentiras em sites religiosos « Caiafarsa disse,
Fevereiro 20, 2009 às
1:40 pm
[...] Igreja mais antiga do mundo deixa teólologos [...]

                                         
                                                 
             

      Depois que nós católicos provamos a esses hereges que jamais existiu um cânon bíblico sem os 7 livros, eles passaram a inventar mais uma mentiras, agora os 7 livros sempre estiveram na bíblia, sempre foram canônicos mas nunca foram usados e nem citados por Jesus e os apóstolos no Novo Testamento; meus irmãos católicos, mesmo que esses livros não fossem citados no Novo Testamento, o que isso tem haver com ser ou não ser inspirados? Mas provarei que esses livros eram citados e usados pelos apóstolos e por Jesus Cristo.

Festas da dedicação.

João 10

22. Celebrava-se em Jerusalém a festa da Dedicação. Era inverno
23. Jesus passeava no templo, no pórtico de Salomão


             Eu pergunto, algum protestante sabe o que era a festa da dedicação? O que era comemorado? Quem inaugurou essa festa? E qual livro era usado para confirmar essa tradição do calendário judaico?

I Macabeus 4

59. Foi estabelecido por Judas e seus irmãos, e por toda a assembléia de Israel que os dias da dedicação do altar seriam celebrados cada ano em sua data própria, durante oito dias, a partir do dia vinte e cinco do mês de Casleu, e isto com alegria e regozijo

           
              Ai de voz protestante, Jesus participando de uma festa apócrifa?

O terror ao ver o ressuscitado.  

Apocalipse 11

11. Mas, depois de três dias e meio, um sopro de vida, vindo de Deus, os penetrou. Puseram-se de pé e grande terror caiu sobre aqueles que os viam.
Vejam que São João o medo que sentiram aqueles que perseguiram Jesus Cristo após sua ressurreição, passagem totalmente retirado do livro da sabedoria.   
Sabedoria 5
1. Então, com grande confiança, o justo se levantará em face dos que o perseguiram e zombaram dos seus males aqui embaixo.
2. Diante de sua vista serão presos de grande temor e tomados de assombro ao vê-lo salvo contra sua expectativa;
          
         Ai de voz protestante será que São João usou um livro apócrifo para citar no Apocalipse?

Os 7 anjos na presença de Deus.

Apocalipse 8

2. Eu vi os sete Anjos que assistem diante de Deus. Foram-lhes dadas sete trombetas.
Só existe um livro no Antigo Testamento onde cita os 7 anjos na presença de Deus, São João lendo o livro de Tobias? Isso não seria uma heresia?  

Tobias 12

15. Eu sou o anjo Rafael, um dos sete que assistimos na presença do Senhor.
         
           Ai de voz protestante será que São João usou um livro apócrifo para citar no Apocalipse? 

 O verbo divino.

João 1

1. No princípio era o Verbo, e o Verbo estava junto de Deus e o Verbo era Deus.
Apocalipse 19
13. Está vestido com um manto tinto de sangue, e o seu nome é Verbo de Deus.
Será que algum protestante sabe qual livro São João lia para usar esse termo Verbo de Deus? Só existe um livro no Antigo Testamento que possui esse termo.

Eclesiástico 1

5. O verbo de Deus nos céus é fonte de sabedoria, seus caminhos são os mandamentos eternos.

         Ai de voz protestante será que São João era um herege que usava livros apócrifos?

Mulheres na igreja.

1 Corintos 14

34. Como em todas as igrejas dos santos, as mulheres estejam caladas nas assembléias: não lhes é permitido falar, mas devem estar submissas, como também ordena a lei.
35. Se querem aprender alguma coisa, perguntem-na em casa aos seus maridos, porque é inconveniente para uma mulher falar na assembléia.

1 Timotio 2

9. Do mesmo modo, quero que as mulheres usem traje honesto, ataviando-se com modéstia e sobriedade. Seus enfeites consistam não em primorosos penteados, ouro, pérolas, vestidos de luxo,

11. A mulher ouça a instrução em silêncio, com espírito de submissão.
12. Não permito à mulher que ensine nem que se arrogue autoridade sobre o homem, mas permaneça em silêncio.
13. Pois o primeiro a ser criado foi Adão, depois Eva.
14. E não foi Adão que se deixou iludir, e sim a mulher que, enganada, se tornou culpada de transgressão.


            Alguns protestantes até hoje não entende o porquê São Paulo dizia que as mulheres eram submissas aos seus maridos e teriam que ficar em silencio na assembléia, mas para quem tem uma bíblia original sabe que ele citava os ensinamentos do livro de eclesiástico.

Eclesiástico 25

33. Foi pela mulher que começou o pecado, e é por causa dela que todos morremos.

Eclesiástico 26

18. É um dom de Deus uma mulher sensata e ((silenciosa)), e nada se compara a uma mulher bem-educada.


          Ai de voz protestante será que São Paulo errou em usar o livro de eclesiástico como ensinamentos para seus discípulos?

A recompensa pela esmola.

Atos 9

36. Em Jope havia uma discípula chamada Tabita - em grego, Dorcas. Esta era rica em boas obras e esmolas que dava.

Atos 10

4. Cornélio fixou nele os olhos e, possuído de temor, perguntou: Que há, Senhor? O anjo replicou: As tuas orações e as tuas esmolas subiram à presença de Deus como uma oferta de lembrança.

Lucas 12

33. Vendei o que possuís e dai esmolas; fazei para vós bolsas que não se gastam, um tesouro inesgotável nos céus, aonde não chega o ladrão e a traça não o destrói. 


Mateus 6

3. Quando deres esmola, que tua mão esquerda não saiba o que fez a direita.
4. Assim, a tua esmola se fará em segredo; e teu Pai, que vê o escondido, recompensar-te-á.



          Bem meus irmãos, esses ensinamentos só existe claramente em dois livros do Antigo Testamento.

Tobias 4

7. Dá esmola dos teus bens, e não te desvies de nenhum pobre, pois, assim fazendo, Deus tampouco se desviará de ti.

Tobias 12

9. porque a esmola livra da morte: ela apaga os pecados e faz encontrar a misericórdia e a vida eterna;

Eclesiástico 14

13. Antes de morrer, faze bem ao teu amigo, e dá esmola ao pobre conforme tuas posses.
14. Não te prives de um dia feliz, e não deixes escapar nenhuma parcela do precioso dom.


Eclesiástico 31

11. Por isso seus bens serão fortalecidos no Senhor, e toda a assembléia dos santos louvará suas esmolas.


           Ai de voz protestante, eu fiquei muito triste agora, acabei de saber que São Lucas e Jesus Cristo usavam os livros apócrifos de Tobias e Eclesiástico.

Honra aos antepassados.

Hebreus 11

1. A fé é o fundamento da esperança, é uma certeza a respeito do que não se vê.
2. Foi ela que fez a glória dos nossos, antepassados.

         Creio que o autor de Hebreus seja o autor que mais usou os livros deuterocanonicos, além de usar Macabeus ele usa muito o livro de Eclesiástico, veja de onde ele retirou as citações da gloria dos antepassados.

Eclesiástico 44

1. Façamos o elogio dos homens ilustres, que são nossos antepassados, em sua linhagem.
2. O Senhor deu-lhes uma glória abundante, desde o princípio do mundo, por um efeito de sua magnificência.
 
        
Ai de voz protestante, eu acredito que o autor de Hebreus não era muito adepto do cânon farisaico que vocês usam como AT, além dele citar essa passagem do livro de Eclesiástico como fonte para sua obra, ele faz outras citações desse livro:


Henoc agradou a Deus.

Hebreus 11

5. Pela fé Henoc foi arrebatado, sem ter conhecido a morte: e não foi achado, porquanto Deus o arrebatou; mas a Escritura diz que, antes de ser arrebatado, ele tinha agradado a Deus
            
              Essa citação poderia ser muito bem retirada do livro de Gêneses, pois é nesse livro que conta o primeiro relato de Henoc, pena que uma frase dessa citação nos mostra claramente que o autor de Hebreus não o retirou do livro de Genesis e sim o retirou do livro de Eclesiástico.

           Prestem a atenção na frase (ele tinha agradado a Deus), essa frase não aparece no livro de gêneses:

Genesis 5

24. Henoc andou com Deus e desapareceu, porque Deus o levou.
Perceberam que em nenhum momento o livro de Genesis cita que Henoc agradou a Deus? Mas o autor de Hebreus citou e retirou isso de outro livro do Antigo Testamento.

Eclesiástico 44

16. Henoc agradou a Deus e foi transportado ao paraíso, para excitar as nações à penitência.

           Ai de voz protestante, será que o autor de Hebreus passou a ser herege?

Os irmãos 7 irmãos martirizados.

Hebreus 11

35. Devolveram vivos às suas mães os filhos mortos. Alguns foram torturados, por recusarem ser libertados, (movidos pela esperança de uma ressurreição mais gloriosa.) 


          Se depois dessa citação os protestantes não se converterem e aceitarem os 7 livros de volta é por que satanás trabalha com uma venda em seus olhos, o autor faz uma citação exata do livros de Macabeus, pessoas que foram torturada e morta na esperança de uma ressurreição gloriosa, essa historia consta no livros dos Macabeus.

2 macabeus 7

1. Havia também sete irmãos que foram um dia presos com sua mãe, e que o rei por meio de golpes de azorrage e de nervos de boi, quis coagir a comerem a proibida carne de porco.
9. Prestes a dar o último suspiro, disse ele: Maldito, tu nos arrebatas a vida presente, mas o Rei do universo nos ressuscitará para a vida eterna, se morrermos por fidelidade às suas leis.
41. Seguindo as pegadas de todos os seus filhos, a mãe pereceu por último.
          
                Ai de voz protestante será que o autor de Hebreus usou um livro mentirosos para citar em sua obra do Novo Testamento?

Assim diz Jesus.

Mateus 23

27. Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas! Sois semelhantes aos sepulcros caiados: por fora parecem formosos, mas por dentro estão cheios de ossos, de cadáveres e de toda espécie de podridão.
28. Assim também vós: por fora pareceis justos aos olhos dos homens, mas por dentro estais cheios de hipocrisia e de iniqüidade.



         Bem, como eu já provei a esses sepulcros caiados que hoje são os protestantes, os 7 livros foram mais do que citados e usados por Jesus e os apóstolos, clicando no botão de acionamento vocês verão que ao todo são 300 citações dos 7 livros Deuterocanonicos no Novo Testamento.



               Se o fato de não ser citado por Jesus ou pelos apóstolos fosse algum critério para designar um livro como “APÓCRIFO”, então os hereges protestantes deveriam igualmente ter tirado de suas Bíblias os seguintes livros: Esdras, Neemias, Rute, Ester, Eclesiastes, Cânticos, Abdias e Naum. Que nunca foram citados pelos apóstolos ou por Jesus Cristo.
           Por justiça deveriam ter acrescentado como “canônicos” os seguintes livros: Salmos de Salomão, 1 e 2 Esdras, 4 Macabeus, Assunção de Moisés e o livro de Henoc. Dos quais são feitas alusões no Novo Testamento, sendo o livro de Henoc e assunção de Moises  citado por São Judas.
            Agora eu pergunto a esses hereges protestantes, será que nós católicos, Jesus, os apóstolos e a historia estão todos errados e vocês estão certos?  

fonte de consulta:
http://macabeus.rede.comunidades.net/index.php?pagina=1622826863_03

 MÁRTIRES

          A palavra grega mártir significa testemunha diante de um tribunal, mas, com o tempo, ganhou um sentido cristão.
Afirma Orígenes (+ 254): “O nome de mártir a comunidade cristã reservou para aqueles que deram testemunho da fé em Cristo derramando seu sangue”.
          O mártir, sem a menor dúvida, é a mais alta identificação com Cristo que afirmou: “Bem-aventurados sois vós quando vos insultarem, vos perseguirem e, mentindo, disserem todo tipo de mal contra vós por causa de mim. Grande será a vossa recompensa nos céus” (Mt 5,11-12).
         As primeiras comunidades cristãs viam, nos irmãos que doavam a vida, um estímulo à perseverança e novos intercessores junto ao Senhor. Seus túmulos se tornavam locais de oração e de veneração. Os mártires eram o orgulho da fé cristã.

IDENTIFICAÇÃO COM CRISTO


Martírio de São Pedro (Pintura de Caravaggio)
           
         Com o tempo, a Igreja foi percebendo que havia um outro tipo de martírio, incruento, sem derramamento de sangue: o martíriotestemunho de toda uma vida de dicada à fé e ao Evangelho, na aceitação de afrontas e na dedicação aos pobres e sofredores. Será que o doente que aceita a cruz da dor cotidiana não vive uma espécie de martírio em sua identificação com o Cristo crucificado? Sem dúvida, pois o derramamento de sangue não diminui a importância do heroísmo e da generosidade na vida cristã.
           O ideal do martírio, dessa forma, se estende a todos os estados de vida: religiosa, matrimonial, apostólica, profissional. O missionário, que vive sem medo o perigo da perseguição, é um mártir. A mãe e o pai de um filho com necessidades especiais, em sua generosidade e paciência, vivem o martírio. O jovem que dá testemunho de sua fé num ambiente difícil, às vezes hostil para os cristãos, também vive o martírio.

A VIDA DE UM MÁRTIR

           Para a Igreja, não interessa o passado do mártir, porque o importante é o momento decisivo do martírio. Assim, um santo mártir não é aquele que viveu heroicamente a fé, mas o que heroicamente derramou o sangue por Jesus.
   
       O testemunho com generosidade e paciência




          Pode até ter sido um grande pecador, mau exemplo, mas se aceitou o martírio para defender sua fé, ele mostrou amor heróico e perfeito pelo Senhor. Vejam bem, nos processos de beatificação de um mártir, não se pedem milagres ou virtudes heróicas, mas a certeza de que derramou o sangue por crer em Cristo, o que é a síntese de todas as virtudes heróicas.

IGREJA DE MÁRTIRES

        A glória da Igreja são seus mártires: homens, mulheres, jovens e crianças que a tal ponto amaram a Jesus que não lhes importou sofrer ou morrer. A perseguição que o Império romano moveu aos cristãos, durante 300 anos, não os atemorizou ou diminuiu-lhes o número. Tertuliano, grande teólogo, chegou a dizer: “O sangue dos mártires é semente de novos cristãos”. (Confissões). Houve quem se atemorizasse e cedesse no momento da perseguição, pois nem todos receberam a graça e a força para enfrentar o martírio.
        O martírio era uma prova imensa, pois supunha imensos sofrimentos, angústias, tortura, decapitação, mutilação, ser entregue a animais ferozes nos circos, ser queimado, enfim, ser levado à morte física. Santo Inácio de Antioquia (séc. II), antes de ser despedaçado na boca de leões e tigres, dizia: “Triturado por leões, serei como o trigo que é triturado para com ele se fazer o pão da eucaristia. Deixai-me ser pasto das feras”.

MÁRTIRES ATUAIS

         No dia 29 de dezembro de 2003, no Burundi, foi assassinado a tiros o núncio apostólico Dom Michael A. Courtney, irlandês. Ele foi a última vítima do ano dentre os 29 mártires que perderam a vida por causa do ódio religioso. Na verdade não a perderam, mas a ganharam cem vezes mais, como Jesus prometeu.
Isso faz parte da missão, porque o missionário não pode se acovardar diante de fatos que ofendem a caridade, a justiça e a paz. Os missionários continuam morrendo porque se faz necessário um testemunho de amor sem reservas. Destes 29 mártires, 17 foram mortos na África, 10 na América e 02 na Ásia. É a Igreja que continua fiel ao mandato do Mestre:
“Amai-vos como eu vos amei”... Ele morreu por nós!

AS CATACUMBAS
Cemitérios de mártires

         Usava-se o termo Catacumbas para indicar uma região mais baixa na Via Ápia, à altura das ruínas do Circo Máximo, em Roma. A área tornou-se um ponto central da devoção cristã porque ali, durante a perseguição de Valeriano (257), os cristãos depositaram os corpos dos apóstolos Pedro e Paulo que, mais tarde, foram trasladados para as basílicas de Roma que acabaram levando seus nomes.
        Fundamental na história da catacumba era a deposição do corpo de um mártir. A veneração dos fiéis por essas testemunhas, desde o início considerados intermediários junto do Senhor, provocou mudanças significativas nas catacumbas que passaram a ser decoradas e a se tornarem verdadeiras igrejas para receberem os seus devotos.                         
            Atualmente, entre as catacumbas romanas, as de São Sebastião e de São Lourenço são as mais visitadas pelos peregrinos que vão a Roma. A razão é que nelas permanecem, até hoje, as relíquias desses populares Santos da Igreja romana.