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quarta-feira, 22 de outubro de 2014

A Virgindade Perpétua de Maria


   O que ensina a nossa Fé a esse respeito? O Catecismo da Igreja Católica, no nº 501, diz textualmente: “Jesus é o único filho de Maria.” Desta forma, estando bem sintetizado no Catecismo, Jesus não teve irmãos e irmãs de sangue, e isso testemunha claramente o Dogma da Perpétua Virgindade de Maria.

  Esta verdade de fé vem sedo contestada pelos protestantes que, lendo superficialmente o Evangelho, lá encontram referências a “irmãos” de Jesus. De fato, os evangelistas realmente nos falam a respeito dos supostos irmãos. Vejamos o que São Mateus diz:

    “Não é este o filho do carpinteiro? Não se chama sua mãe Maria, e seus irmãos, Tiago, José, Simão e Judas? Não vivem entre nós todas as suas irmãs?” (Mt 13,55-56).

    O Evangelho de Mateus, como lemos, não só fala de irmãos, como também nos revelam seus nomes: Tiago, José, Simão e Judas.

    Vejamos agora a versão de São Marcos: “Não é este o filho do carpinteiro? Filho de Maria e irmão de Tiago, José, Judas e Simão?” (Mc 6,3). Assim vemos que também Marcos nomeia os ditos irmãos de Jesus.
Também no Evangelho de São Lucas se fala deles: “Vieram ter com ele sua mãe e seus irmãos, e não podiam aproximar-se por causa da concorrência de povo” (Lc 8,19).

    Finalmente, o 4º Evangelho, o de São João, nos relata: “Depois disto desceu ele para Cafarnaum , com sua mãe, seus irmãos e seus discípulos.” (Jo 2,12).

     E não somente nos Evangelhos, mas também nos Atos dos Apóstolos encontramos referências aos irmãos de Jesus: “Todos estes perseveraram unânimes em oração, com as mulheres, estando entre elas Maria, a mãe de Jesus, e com os irmãos dele.”  (At 1,14).

   O que temos visto é que estas passagens, volta e meia, são jogadas como pedras nos católicos, parecendo dar aos protestantes e testemunhas-de-jeová um braço forte. Com isso, vem-se, então à mente, uma conclusão quase óbvia: se os evangelhos falam de irmãos de Jesus, como podemos nós, católicos, acreditar no Dogma da Virgindade Perpétua de Maria? Jesus teve mesmo irmãos de sangue, como sugerem os evangélicos. A resposta quem dá é a própria Bíblia: NÃO!

   Como vimos, os irmãos de Jesus seriam: TIAGO, JOSÉ, JUDAS E SIMÃO. Seriam eles filhos de Maria e de José? NÃO! As Escrituras testemunham que eles tinham outro pai e outra mãe, que não era José, muito menos Nossa Senhora. Vejamos:

      Dos únicos dois Tiagos que a Bíblia fala, um é filho de Alfeu (ou Cléofas) e outro filho de Zebedeu. Isso nos afirma o Evangelista Mateus: “Tiago, filho de Zebedeu (...) Tiago, filho de Alfeu e (Judas) Tadeu.” (Mt 10, 2-3). Mateus nos revela ainda o nome da mãe de Tiago e José: “Entre elas estavam Maria Madalena, Maria mãe de Tiago e José, e a mãe dos filhos de Zebedeu.”

   Assim vemos que o pai de Tiago e José, descritos como irmãos de Jesus, era Alfeu (Cléofas) e sua mãe se chamava Maria. Mas essa Maria era a mesma mãe de Jesus? NÃO! Quem testemunha agora é o evangelista João, que mostra que esta Maria aparece ao lado da Mãe de Jesus, na ocasião da crucificação: “E junto à cruz estavam a Mãe de Jesus, a irmã da mãe dele, Maria de Cléofas, e Maria Madalena.” (Jo 19,25).

    Sendo assim, se a Mãe de Jesus estava junto à Maria de Cléofas, mãe de Tiago e José, logo somos levados a crer que não se trata de uma mesma pessoa. Não sei se o prezado leitor percebeu, mas o Evangelista João chama esta Maria de irmã da mãe de Jesus. Percebeu? Releia: “E junto à cruz estavam a Mãe de Jesus, a irmã da mãe dele, Maria de Cléofas, e Maria Madalena.” (Jo 19,25).

  Portanto, se o Evangelho estiver correto – e como católicos, cremos que está – então, concluímos que, se Maria de Cléofas era irmã de Nossa Senhora, então Tiago e José eram primos de Jesus. E isto está no Evangelho, como vimos.

   Mas e Judas? Ele também é citado na lista dos “irmãos” de Jesus. E é o próprio Judas Tadeu quem esclarece, no início da sua Epístola: “Judas, servo de Jesus Cristo e irmão de Tiago.”  (Jd 1,1)

   Recaptulando: Tiago, José e Judas eram irmãos sangüíneos entre si, filhos do mesmo pai e da mesma mãe: e também eram sobrinhos de Nossa Senhora, portanto, primos de Jesus.

   Quanto a Simão, as provas vem de Hesegipo, um historiador do primeiro século, que o inclui entre os filhos de Maria e Alfeu.

    São chamados de “irmãos” nos Evangelhos, pelo fato de que, na língua hebraica, falada pelo povo da época, não havia um termo específico para “primos”. O termo “ah” era empregado para designar parentes de até segundo grau.

      Uma outra coisa que nos leva a crer que a Família de Nazaré era composta por três membros apenas, está no início do Evangelho de São Lucas, quando Jesus é encontrado no Templo em Jerusalém, aos 12 anos, pregando aos doutores. De acordo com a lei judaica, toda a família deveria peregrinar a Jerusalém, por ocasião da Páscoa (Dt 16,1-6; 2Cr 30,1-20; 35,1-19; 2Rs 23,21-23; Esd 6,19-22). Mas de acordo com Lucas, apenas José, Maria e Jesus subiram a Jerusalém: “Ora, anualmente iam seus pais a Jerusalém, para a festa da Páscoa. Quando ele atingiu os doze anos, subiram, segundo o costume da festa.” (Lc 1,41) Também Maria afirma que apenas ela e José procuraram Jesus, quando ele se perdeu: “Filho, por que fizeste assim conosco? Teu PAI e EU, aflitos, estamos à tua procura.” (Lc 1,48) Ora, prezado leitor, se Maria tivesse mesmo outros filhos, ela certamente diria: “Teu pai, teus irmãos e eu, aflitos, estamos à tua procura.”  Mas, como vimos, eles não são mencionados entre os integrantes da Sagrada Família.

     Outra passagem que nos afirma que Maria não tinha filhos, está no já citado trecho sobre a crucificação. Ali, do meio das terríveis dores, Jesus, preocupado com a Mãe, confere a João, “o discípulo que ele amava”, a tarefa de acolher Maria em sua casa. Jesus disse claramente: “Eis aí tua Mãe” e “Mulher, eis aí teu Filho.” (Jo 19,27). Ora, se Jesus tivesse mesmo irmãos de sangue, ele não precisaria ter deixado sua Mãe com um apóstolo. E isso se reforça, se levarmos em consideração a lei que mandava que, no caso da morte do filho mais velho, o irmão imediatamente mais moço, deveria assumir os cuidados da genitora. Mas, como Jesus não tinha irmãos, ele precisou deixar sua Mãe com São João. E isto também está na Bíblia.

    Há ainda um trecho muito polêmico dos Evangelhos que diz: “(José) levou Maria para casa e, sem ter relações com ela, Maria deu à luz um filho.”  (Mt 1,24). Contudo, na versão protestante de João Ferreira de Almeida, está assim narrado: “Contudo, não a conheceu ENQUANTO ela deu à luz um filho.” Esta é na verdade, uma “tradução” tendenciosa que visa insinuar que José e Maria não coabitaram apenas no período da gravidez, sendo que, após isto, eles passaram a ter uma vida sexual normal. Entretanto, trata-se de uma versão corrigida da Bíblia de Almeida, pois nas versões mais antigas (e não menos tendenciosas) se lê: “Contudo, não a conheceu ATÉ que ela deu à luz um filho.” À primeira vista, nos parece não haver muitas diferenças entre os termos, mas se analisarmos, veremos que na Bíblia, a palavra “até” tem outra conotação. É o que percebemos também neste caso (ainda na versão protestante): “Mical, filha de Saul, não teve filhos ATÉ o dia de sua morte.” (2Sm 6,23). Aqui, de modo mais evidente, fica claro que a palavra “até” indica uma continuidade daquilo que já se vivia antes. Neste caso, vemos que Mical não teve filhos até a morte. Mas será que depois da morte ela teve filhos? Lógico que não! Pois a palavra “até” sugere que a situação de Mical permaneceu a mesma após a morte. Isto também ocorre no caso do Evangelho. “José não conheceu “até” que ela deu à luz um filho.” Portanto, se ela era virgem ates, permaneceu também depois. Assim como Mical que “não teve filhos até o dia de sua morte.”

     Ah, lembro ao estimado leitor que a Fé no Dogma da Virgindade Perpétua de Maria não é exclusividade católica. Os principais reformadores protestantes também dão testemunho disso. Veja, por exemplo, o que nos fala o fundador do Protestantismo, Martinho Lutero:

    “Um só Cristo, verdadeiro Deus e verdadeiro homem, nascido da Virgem Maria.” (Martinho Lutero, “Apologia da Confissão de Fé de Augsburg”, art. IX)

   “O Filho de Deus fez-se homem, de modo a ser concebido do Espírito Santo sem o auxílio de varão e a nascer de Maria pura, santa e sempre virgem.” (Martinho Lutero, “Artigos da Doutrina Cristã”)

    O que nós vemos, porém, é que os seguidores de Lutero não dão tanta atenção às suas palavras, pelo menos àquelas que não lhes convém.

    Outro Reformador, o suíço Zwinglio, também cria na Virgindade Perpétua de Maria:

  “Firmemente creio, segundo as palavras do Evangelho, que Maria, como virgem pura, nos gerou o Filho de Deus e que, tanto no parto, quanto após o mesmo, permaneceu virgem pura e íntegra.” (Zwinglio, em “Corpus Reformatorum”)

   Se junta ainda à lista dos Fundadores crentes na Doutrina da Virgindade Perpétua, o Fundador da Igreja Metodista, John Wesley:

   " Creio que (Jesus) foi feito homem, unindo a natureza humana à divina em uma só pessoa; sendo concebido pela obra singular do Espírito Santo, nascido da abençoada Virgem Maria que, tanto antes como depois de dá-lo à luz, continuou virgem, pura e imaculada.” (John Wesley, numa carta datada em 18 de julho de 1749.)


     Com tudo isso, fica mais do que evidente que Jesus não possuía irmãos, nem meio-irmãos, mas primos, filhos de uma irmã de Maria (que também poderia ser uma prima). Torna-se claro também que a Doutrina da Perpétua Virgindade Mariana não se baseia apenas na Tradição Apostólica, mas também nas Sagradas Escrituras e, por incrível que parece, até em declarações dos principais reformadores protestantes.

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Igreja Presbiteriana vai ordenar pastores gay e abençoar união de pessoas do mesmo sexo!


Essa foi a reforma protestante?

       Essa foi a Igreja criada por João Knox - O frade apostata e sacrílego, João Knox, fundador da seita dos puritanos e presbiterianos, nasceu na Escócia em 1515. Por causa de vários erros e várias heresias foi expulso do seu país natal, onde se tornara infame não só pelas torpezas que praticou com a mãe de sua amásia, mas também com outras mulheres, de que resultou grande escândalo. (Hergenröether, Historia de la Inglesia, l. V. p. 247: Perrone, Le protestantisme et la Regle de Foi, t. 3º 147).
     Em 1556, voltou a Genebra, onde aceitou o encargo de pregador; na Escócia foi de novo declarado como herege, e sua efígie foi queimada em Edimburgo.
Em 1559, de volta a Escócia colocou-se a frente de uma multidão de fanáticos, e nessa ocasião o monge escandaloso praticou uma infinidade de roubos, incêndios e assassinatos, além de grandes crimes que já tinha.
   Com efeito, por influência de Knox foram barbaramente assassinados todos os que iam participar da missa; igualmente por influência sua foram sumariamente assassinados, depois de uma anistia, setenta e oito pessoas da mais alta sociedade, como senadores e bispos.
       Knox tomou parte ativa no assassinato do cardeal Beaton, arcebispo de Santo André, cuja catedral gótica de imensa extensão e beleza, foi incendiada por ordem de Knox.
      Para assegurar o triunfo do presbiterianismo escreveu a Cecílio, célebre ministro de Isabel, a Virgem, dizendo-lhe que cortasse o mal pela raiz, isto é, desse a morte à Rainha da Inglaterra.


"PASSARÃO OS CÉUS E A TERRA, MAS AS MINHAS PALAVRAS NÃO HÃO DE PASSAR"

MAIS UMA PROFECIA SE CUMPRINDO!!!

ABRAÇOS!




Subject: FW: Igreja Presbiteriana vai ordenar pastores gays e abençoar união do mesmo sexo! É O FIM...

Date: Wed, 8 Jun 2011 18:24:30 +0000




“Mas esforçai-vos, e não desfaleçam as vossas mãos; porque a vossa obra tem uma recompensa.”
                                                                          II Crônicas 15:07


         

Igreja Presbiteriana vai ordenar pastores gays e abençoar união do mesmo sexo!
                     
       EDIMBURGO, Escócia, 25 de maio de 2011 — Um pastor da Igreja Presbiteriana da Escócia, diz que provavelmente renunciará depois que a denominação deu mais um passo para permitir a ordenação de pastores homossexuais ativos e assumidos nesta semana, com indicações de que até analisarão a possibilidade de abençoar uniões de mesmo sexo.
        “Estamos nos rendendo à sociedade… É um dia triste para a Escócia”, disse o Rev. Roddy MacCrae, pastor em Glenelg e Kintail, para o jornal Christians Together. “Eu provavelmente serei um dos que estarão deixando a Igreja da Escócia, e durante os próximos meses estarei decidindo isso. Meu problema é que nosso testemunho está enfraquecido. A sociedade sabe que estamos indecisos e que não temos nenhuma voz moral”, acrescentou ele.
       A Assembleia Geral, o órgão governante da denominação, instituiu uma moratória de 2 anos em 2009 na ordenação de pastores que estão em relacionamentos de mesmo sexo e na discussão pública da questão, pois na última segunda-feira 23/05/2011, eles votaram 351 a 294 para “considerar mais a eliminação da moratória” e criaram uma comissão teológica que preparará um relatório sobre a questão para a reunião de 2013 da Assembleia Geral.
        A comissão teológica também considerará “se os pastores deveriam ter a liberdade de consciência de abençoar parcerias civis e possível liturgia para tais ocasiões”, observa um comunicado à imprensa da Igreja da Escócia, também conhecida como Kirk.A Assembleia Geral também votou para que pastores homossexuais ordenados antes de maio de 2009, tenham agora autorização para assumir responsabilidades pastorais.
                             The petition relates to Reverend Scott Rennie
                                                                                         Scott Rennie

            A moratória de 2009 ocorreu depois de uma controvérsia violenta que acabou levando à decisão da Assembleia Geral de aprovar a nomeação do homossexual assumido Scott Rennie como pastor da Igreja Cruz da Rainha em Aberdeen, onde ele havia sido casado por cinco anos e tinha uma filha, mas na época de sua nomeação estava num relacionamento estável com um homem.

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                                                                                   David Arnott

        O Rev. David Arnott, moderador da Assembleia Geral, disse que a mudança desta semana “está analisando a possibilidade de inclusão de homossexuais no pastorado”, mas que “por enquanto nenhuma decisão foi feita”. Falando acerca dos que estão transtornados com a decisão, ele disse: “Estou ciente de que muitas pessoas estarão sofrendo hoje e a Igreja da Escócia tem um dever pastoral de cuidar dessas pessoas e lhes mostrar amor e compaixão”.
           A mudança foi celebrada pelo Stonewall, uma organização homossexual de pressão política e legal, cuja filial escocesa disse que esperam que a decisão “sinalize o início da Kirk, demonstrando compromisso para com a justiça, igualdade e dignidade nessa questão”.
“Embora estejamos aguardando decisões adicionais da Assembleia e detalhes sobre os próximos passos, esperamos que daqui a 30 anos essa mudança seja vista como uma tempestade em copo de água”, disse o diretor Carl Watt.
          Entretanto, membros evangélicos e conservadores da Kirk estão protestando. Um relatório recente indicou que cerca de 100 mil membros e 20 % dos pastores e presbíteros abandonarão em protesto se a denominação permitir pastores homossexuais.
Nas deliberações, o Rev. Andrew Coghill recebeu altos aplausos quando assemelhou a mudança da Assembleia Geral a uma “granada de mão”, de acordo com o jornal Christian Post. “Estão nos pedindo para tirar o pino da granada. A igreja vai explodir em pedaços”.
No início deste mês, a Igreja Presbiteriana dos EUA - formalmente aprovou a ordenação de homossexuais - depois de uma batalha que durou décadas. A denominação votou para eliminar a exigência de que pastores devessem permanecer em “fidelidade no pacto do casamento entre um homem e uma mulher, ou castidade em sua vida de solteiro”.
Fonte:  Patrick B. Craine (correspondente na Europa)
Obs:  Repasse a todos os seus contatos essa informação!

          E veja a que ponto está chegando as denominações religiosas (DIGO O PROTESTANTISMO)!
          De se curvar diante dos decretos, do sistema e dos homens!
          Leia e medite:  (Daniel 3:1-30)

É O FIM DO PROTESTANTISMO!

ACORDE POVO BRASILEIRO!

IGREJAS CRIADAS PELOS HOMENS TERMINAM ASSIM.

SER CATÓLICO E BOM DEMAIS!

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Maria e a incompreensão protestante


        Vemos nos dias de hoje, como algumas denominações que se auto intitulam como “evangélicos”, “crentes”, “cristãos” vem atacando com veemência a Igreja Una, Santa, Católica e Apostólica Romana, sempre citando fatos teológicos infundados que ora ofendem a Santa Mãe de Deus, ora ofendem a Tradição Apostólica, e até mesmo a Sagrada Escritura, sua única fonte de FÉ.
     Vejamos a real visão que os Reformadores do século XVI tinham, e que se difere totalmente da visão dos dias de hoje.
     Os Reformadores conservaram muitos pontos da tradição mariana; pontos que as gerações seguintes foram pondo de lado.

      Lutero, por exemplo, não negou a virgindade perpétua de Maria, mas julgava em dizer que a expressão “irmãos de Jesus” deve ser entendida no sentido semita; este atribuía a irmãos o significado de “parente, familiar”; para o confirmar, Lutero apelava para a significação ampla da palavra grega adelphoi na tradução dos LXX.

     Lutero também admitia a imaculada conceição de Maria, devida à prévia aplicação dos méritos de Cristo. Quanto à assunção corporal, o reformador não ousava professá-la explicitamente, mas não excluía que o corpo de Maria tenha sido levado pelos anjos dos céus. No calendário luterano ficaram três festas marianas, que tem base no novo testamento e estão ligadas a Cristo: a anunciação ou festa da encarnação, a visitação de Maria a Isabel ou festa da vinda de Cristo, e a purificação de Maria aos quarenta dias após o parto, também tida como festa da apresentação de Jesus no templo.

     Calvino, em alguns aspectos, foi mais radical. Suprimiu as festas marianas, aceita o título “Mãe de Deus” definido pelo concílio de Éfeso em 431, mas prefere a expressão “Mãe de Cristo”. Sustenta a perpétua virgindade de Maria, afirmando que “os irmãos de Jesus” citados em (Mateus 13,55) não são filhos de Maria, e sim parentes. Professar o contrário, segundo Calvino, significa “ignorância”, louca sutileza e “abuso da sagrada Escritura”.

      Zwínglio, o reformador em Zurich, conservou três festas marianas e a recitação da Ave-Maria durante o culto sagrado.

       É interessante notar que Lutero, Calvino e Zwínglio, autores da reforma protestante no século XVI, deixaram belas expressões de estima e louvor a Maria Santíssima.

        Martinho Lutero em seu comentário sobre o Magnificat (Lucas 1,46-55) escreve: “Ó bem-aventurada mãe, virgem digníssima, recorda-te de nós que também em nós o senhor faça essas grandes coisas”.

       Ao referir-se a (Mateus 1,25) observa: “destas palavras não se pode concluir que, após o parto, Maria tenha tido consórcio conjugal. Não se deve crer nem dizer isto” (Obras de Lutero, edição Weimar, tomo 11, pg 323).

     Disse ainda: “Os irmãos de Jesus, mencionados no Evangelho, são parentes do Senhor” (Edição Weimar, tomo 46, pg 723, tischreden 5, n° 5839). O reformador prometia cem moedas de ouro a quem lhe provasse que a palavra almah em (Isaías 7,14) não significava virgem (Edição Weimar, tomo 53, pg 640).

      No fim de sua vida, aos 17/01/1546, Lutero exclamou num sermão muito agitado: “Não se deve adorar somente a Cristo? Mas não se deve honrar também a santa mãe de Deus? Esta é a mulher que esmagou a cabeça da serpente. Ouve-nos, pois o Filho te honra; Ele nada te nega”. Vê-se que até os últimos dias Lutero guardou devoção a Maria.

      No tocante às imagens, Lutero não as proibia; firmava que as proibições feitas no antigo testamento não afetavam os cristãos (Edição Weimar, tomo 7 pg 440-445). Considerava as imagens como a Bíblia dos pobres e iletrados.

     Sobre a virgindade de Maria os artigos da “Doutrina Cristã” elaborados por Lutero em 1537 professam:

    “O Filho de Deus faz-se homem, de modo a ser concebido do Espírito Santo sem o concurso de varão e a nascer de Maria pura, santa e sempre virgem”.

     Calvino publicou em 1542 o "Catecismo da Igreja de Genebra”, onde se lê: “o filho de Deus foi formado no seio da virgem Maria… isto aconteceu por ação milagrosa do Espírito Santo sem consórcio de varão”.

     Zwínglio, por sua vez, escreveu: “firmemente creio, segundo as palavras do Evangelho, que Maria, como virgem pura, nos gerou o Filho de Deus e que no parto e após o parto permaneceu para sempre virgem pura e íntegra” (Corpus Reformatorum: Zwingli Opera 1 424)

    Declarou ainda: “Estimo grandemente a Mãe de Deus, a Virgem Maria perpetuamente casta e imaculada” (ZO 2,189).

     Os “irmãos do Senhor” eram, para Zwínglio, “os amigos do Senhor” (ZO 1,401).

Podemos observar que até mesmo o Corão de Maomé, que reproduz certas proposições do Cristianismo, professa a virgindade de Maria (cf.Sura 19).

Outras palavras dos reformadores:
       Amman, discípulo e contemporâneo e Zwínglio, declarou: “Maria foi preservada de toda mancha e culpa do pecado original, do pecado mortal e do pecado atual”.

       Heinrich Bullinger, sucessor de Zwínglio, testemunhou: “cremos que o corpo puríssimo da virgem Maria, Mãe de Deus e templo do Espírito Santo…foi levado pelos anjos do céu”.

      Lutero escreveu: “não há honra, nem beatitude, que sequer se aproxime por sua elevação da incomparável prerrogativa superior a todas as outras, de ser a única pessoa humana que teve um filho em comum com o Pai Celeste”.

      Calvino escreveu: “não podemos reconhecer as bênçãos que nos trouxe Jesus, sem reconhecer ao mesmo tempo quão imensamente Deus honrou e enriqueceu Maria, ao escolhê-la para ser Mãe de Deus”.

       Zwínglio: “Quanto mais crescem a honra e o amor de Cristo entre os homens, tanto mais crescem também a estima e a honra de Maria, que gerou para nós um tão grande e propício Senhor e Redentor.

       Podemos verificar sem dúvidas que nem os "Pais" do Protestantismo, tinham a distorcida e falsa visão da Fé e da Doutrina da Verdadeira Igreja fundada por Cristo. No Livro do Apocalipse, no Novo Testamento, vimos um dragão que perseguia a Mulher.

      Devemos guardar nossa Mãe Maria com amor e respeito, Ela que foi colaboradora de Jesus no Plano da Salvação do homem.

      “A Bem-Aventurada Virgem Maria …pelo dom da maternidade divina, que com seu Filho Redentor, e ainda pelas suas graças e funções singulares, encontra-se também intimamente unida à Igreja: a Mãe de Deus é a figura da Igreja…e isso, na ordem da fé, da caridade e da perfeita união com Cristo”. “Feliz porque acreditou”…de geração em geração Maria está presente no meio da Igreja que faz sua peregrinação na fé, sendo para ela modelo de esperança que não decepciona.



                Ó Virgem Santíssima, rogai por nós pecadores, que recorremos a vós!

Fonte: Espaço Maria

quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Os Reformadores e Maria


O sentimento antimariano que presenciamos entre os protestantes não faz parte do verdadeiro ideal da Reforma, mas surgiu pelo falso receio de que o "brilho" de Maria pudesse sombrear ou apagar a verdadeira Luz, que é Jesus Cristo. Graças a Deus, hoje podemos enxergar mudanças em alguns fiéis e teólogos evangélicos, reconhecendo o verdadeiro sentido e valor da Santa Mãe de Deus, tal como defende a Igreja Católica. As citações abaixo, feitas por Lutero e Calvino, reais fundadores do Protestantismo, e outros teólogos sérios, denotam o verdadeiro respeito, carinho e amor que todo cristão deve nutrir pela Mãe de Jesus:

"Quem são todas as mulheres, servos, senhores, príncipes, reis, monarcas da Terra comparados com a Virgem Maria que, nascida de descendência real (descendente do rei Davi) é, além disso, Mãe de Deus, a mulher mais sublime da Terra? Ela é, na cristandade inteira, o mais nobre tesouro depois de Cristo, a quem nunca poderemos exaltar bastante (nunca poderemos exaltar o suficiente), a mais nobre imperatriz e rainha, exaltada e bendita acima de toda a nobreza, com sabedoria e santidade."

(Martinho Lutero, "Comentário do Magnificat", cf. escritora evangélica M. Basilea Schlink, revista "Jesus vive e é o Senhor".)

"Por justiça teria sido necessário encomendar-lhe (a Maria) um carro de ouro e conduzi-la com quatro mil cavalos, tocando a trombeta diante da carruagem, anunciando: 'Aqui viaja a mulher bendita entre todas as mulheres, a soberana de todo o gênero humano'. Mas tudo isso foi silenciado; a pobre jovenzinha segue a pé, por um caminho tão longo e, apesar disso, é de fato a Mãe de Deus. Por isso não nos deveríamos admirar, se todos os montes tivessem pulado e dançado de alegria."

(Idem, cf. escritora evangélica M. Basilea Schlink, revista "Pergunte e Responderemos" nº 42.)
 
"Ser Mãe de Deus é uma prerrogativa tão alta, coisa tão imensa, que supera todo e qualquer intelecto. Daí lhe advém toda a honra e a alegria e isso faz com que ela seja uma única pessoa em todo o mundo, superior a quantas existiam e que não tem igual na excelência de ter com o Pai Celeste um filhinho comum. Nestas palavras, portanto, está contida toda a honra de Maria. Ninguém poderia pregar em seu louvor coisas mais magníficas, mesmo que possuísse tantas línguas quantas são na terra as flores e folhas nos campos, nos céus as estrelas e no mar os grãos de areia."

(Idem, cf. escritora evangélica M. Basilea Schlink, revista "Jesus vive e é o Senhor".)
 
"Peçamos a Deus que nos faça compreender bem as palavras do Magnificat... Oxalá Cristo nos conceda esta graça por intercessão de sua Santa Mãe! Amém."

(Martinho Lutero, "Comentário do Magnificat".)
 
"O Filho de Deus fez-se homem, de modo a ser concebido do Espírito Santo sem o auxílio de varão e a nascer de Maria pura, santa e sempre virgem."

(Martinho Lutero, "Artigos da Doutrina Cristã".)
 
"Maria é digna de suprema honra na maior medida."

("Apologia da Confissão de Fé de Augsburg", art. IX.)
 
"Um só Cristo, verdadeiro Deus e verdadeiro homem, nascido da Virgem Maria."
(Idem.)
 
"Não podemos reconhecer as bênçãos que nos trouxe Jesus, sem reconhecer ao mesmo tempo quão imensamente Deus honrou e enriqueceu Maria, ao escolhê-la para Mãe de Deus

(João Calvino, Comm. Sur l’Harm. Evang.,20.)
 
"Firmemente creio, segundo as palavras do Evangelho, que Maria, como virgem pura, nos gerou o Filho de Deus e que, tanto no parto quanto após o parto, permaneceu virgem pura e íntegra."

 (Zwinglio, em "Corpus Reformatorum".)
 
"Creio que (Jesus) foi feito homem, unindo a natureza humana à divina em uma só pessoa; sendo concebido pela obra singular do Espírito Santo, nascido da abençoada Virgem Maria que, tanto antes como depois de dá-lo à luz, continuou virgem pura e imaculada."

(John Wesley, fundador da Igreja Metodista, numa carta de 18 de julho de 1749.)


Os pilares da Reforma reconheceram e porque os protestantes atuais negligenciam?

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Maria e os Protestantes


Maria e os Protestantes

Quem são todas as mulheres, servos, senhores, príncipes, reis, monarcas da Terra comparados com a Virgem Maria que, nascida de descendência real (descendente do rei Davi) é, além disso, Mãe de Deus, a mulher mais sublime da Terra? Ela é, na cristandade inteira, o mais nobre tesouro depois de Cristo, a quem nunca poderemos exaltar bastante (nunca poderemos exaltar o suficiente), a mais nobre imperatriz e rainha, exaltada e bendita acima de toda a nobreza, com sabedoria e santidade.´


(Martinho Lutero, ´Comentário do Magnificat´, cf. escritora evangélica M. Basilea Schlink, revista ´Jesus vive e é o Senhor´).

´Por justiça teria sido necessário encomendar´lhe [para Maria] um carro de ouro e conduzi´la com quatro mil cavalos, tocando a trombeta diante da carruagem, anunciando: ´Aqui viaja a mulher bendita entre todas as mulheres, a soberana de todo o gênero humano´. Mas tudo isso foi silenciado; a pobre jovenzinha segue a pé, por um caminho tão longo e, apesar disso, é de fato a Mãe de Deus. Por isso não nos deveríamos admirar, se todos os montes tivessem pulado e dançado de alegria.´

(idem, cf. escritora evangélica M. Basilea Schlink, revista ´Pergunte e Responderemos´ nº 429).

´Ser Mãe de Deus é uma prerrogativa tão alta, coisa tão imensa, que supera todo e qualquer intelecto. Daí lhe advém toda a honra e a alegria e isso faz com que ela seja uma única pessoa em todo o mundo, superior a quantas existiam e que não tem igual na excelência de ter com o Pai Celeste um filhinho comum. Nestas palavras, portanto, está contida toda a honra de Maria. Ninguém poderia pregar em seu louvor coisas mais magníficas, mesmo que possuísse tantas línguas quantas são na terra as flores e folhas nos campos, nos céus as estrelas e no mar os grãos de areia.´

(idem, cf. escritora evangélica M. Basilea Schlink, revista ´Jesus vive e é o Senhor´)

´Peçamos a Deus que nos faça compreender bem as palavras do Magnificat... Oxalá Cristo nos conceda esta graça por intercessão de sua Santa Mãe! Amém.

(Martinho Lutero, ´Comentário do Magnificat´).

´O Filho de Deus fez´se homem, de modo a ser concebido do Espírito Santo sem o auxílio de varão e a nascer de Maria pura, santa e sempre virgem.

(Martinho Lutero, ´Artigos da Doutrina Cristã´)

´Maria é digna de suprema honra na maior medida.´

(´Apologia da Confissão de Fé de Augsburg´, art. IX).

´Um só Cristo, verdadeiro Deus e verdadeiro homem, nascido da Virgem Maria.´

(idem)

´Não podemos reconhecer as bênçãos que nos trouxe Jesus, sem reconhecer ao mesmo tempo quão imensamente Deus honrou e enriqueceu Maria, ao escolhê´la para Mãe de Deus.´

(João Calvino, Comm. Sur l’Harm. Evang.,20)

´Firmemente creio, segundo as palavras do Evangelho, que Maria, como virgem pura, nos gerou o Filho de Deus e que, tanto no parto quanto após o parto, permaneceu virgem pura e íntegra.´

(Zwinglio, em ´Corpus Reformatorum´)

´Creio que [Jesus] foi feito homem, unindo a natureza humana à divina em uma só pessoa; sendo concebido pela obra singular do Espírito Santo, nascido da abençoada Virgem Maria que, tanto antes como depois de dá´lo à luz, continuou virgem pura e imaculada.´

(John Wesley, fundadador da Igreja Metodista, em carta dirigida a um católico em 18.07.1749)

´Ao ler estas palavras de Martinho Lutero [em ´Comentário do Magnificat´], que até o fim de sua vida honrava a mãe de Jesus, que santificava as festas de Maria e diariamente cantava o Magnificat, se percebe quão longe nós geralmente nos distanciamos da correta atitude para com ela, como Martinho Lutero nos ensina, baseando´se na Sagrada Escritura. Quão profundamente todos nós, evangélicos, deixamo´nos envolver por uma mentalidade racionalista, apesar de que em nossos escritos confessionais se lêem sentenças como esta: ´Maria é digna de ser honrada e exaltada no mais alto grau´.

O racionalismo ignorou por completo o mistério da santidade. O que é santo, é bem diferente do resto; diante do que é santo, só nos podemos quedar em admiração, adorar e prostrar´nos no pó. O que é santo, não é possível compreendê´lo. Diante da exotação, de Martinho Lutero, de que Maria nunca pode ser suficientemente honrada na cristandade, como a mulher suprema, como a jóia mais preciosa depois de Cristo, e sou obrigada a me confessar adepta daqueles que durante muitos anos de sua vida não seguiram esta admoestação de exaltá´la e assm também não cumpriram a exotação da Sagrada Escritura segundo a qual as gerações considerariam Maria bem´aventurada (Lucas 1,48). Eu não entrei na fila destas gerações. É verdade que também li na Sagrada Escritura como Isabel, mulher agraciada por Deus, falando pelo Espírito Santo e denominando Maria ´a mãe do meu Senhor´, lhe prestou a maior homenagem, ao lhe dizer como prima mais idosa: ´Donde me vem a honra de tu entrares em minha casa?!´ Eu, de fato, poderia ter aprendido o procedimento correto com Isabel. Mas eu não prestei homenagem a Maria com pensamento algum, com nenhum sentimento do coração, com palavra alguma, nem com algum canto. E muito menos eu a louvava sem fim, deixando de seguir a orientação de Lutero, quando escreve que jamais chegaríamos a exaltá´la o suficiente.

Minha intenção, ao escrever este opúsculo sobre o caminho de Maria, segundo o que diz dela a Sagrada Escritura, foi conscientemente reparar esta omissão pela qual me tornei culpada para com o testemunho da Palavra de Deus. Nas últimas décadas o Senhor me concedeu a graá de aprender a amar e honrar cada vez mais a Maria, a mãe de Jesus. E isto, à medida que, pela Sagrada Escritura, me ia aprofundando no conhecimento de sua vida e dos seus cainhos. Minha sincera intenção, ao escrever este livro, é fazer o que posso para ajudar, a fim de que entre nós, os evangélicos, a mãe de nosso Senhor seja novamente amada e honrada, como lhe compete, segundo as palavras da Sagrada Escritura e conforme nos recomendou Martinho Lutero, nosso reformador.

Com gratidão gostaria de confessar aqui quanto o testemunho de sua obediência, de sua entrega total de disponibilidade para andar todos os seus penosos caminhos, me foram uma bênção. Pois ela viveu e andou o caminho da humilhação, numa atitude que ´ no dizer de Lutero, quando escreve a introdução ao Magnificat ´ nos pode servir de exemplo: ´A delicada mãe de Cristo sabe ensinar melhor do que ninguém ´ pelo exemplo de sua prática ´ como devemos conhecer, louvar e amar a Deus...´

Quanto amor nós, os evangélicos, dedicamos aos apóstolos Paulo e Pedro! Muitas vezes até encontramo´nos num relacionamento individual e espiritual com eles. Nós os honramos e lhe agradecemos por terem andado este caminho de discípulos de Cristo. Agradecemos ao apóstolo Paulo, porque sabemos que, sem ele, a mensagem de Jesus não teria chegado até nós, os gentios. Exaltamos, cheios de gratidão, os mártires de nossa Igreja, cujo sangue foi semente da qual a Igreja tira vida. E nos esquecemos muitas vezes de agradecer a Maria, a mãe de nosso Senhor.

Não está ela inserida na ´nuvem de testemunhas´ que nos circundam (cf. Hebreus 12,1) e cujo testemunho nos deve fortalecer para a luta que temos a sustentar?

Se honramos apóstolos e arcanjos e deles esperamos que sejam nossos guias no caminho, usando seus nomes para denominar comunidades e igrejas nossas, então, como é que poderíamos excluir Maria, que está ligada a Jesus como a primeira e mais íntima e que andou com Ele o caminho da cruz?

A nossa Igreja Evangélica deixou de lhe prestar honra e louvor, receando com isto reduzir a honra devida a Jesus. Mas o que acontece é o seguinte: toda honra autêntica dirigida aos discípulos de Jesus e também à Sua mãe aumenta a honra do Senhor. Pois foi Ele, só Ele, que os elegeu, os cobriu com Sua graça e fez deles Seu vaso de eleição. Por sua fé, seu amor e sua dedicação para com Deus, é Deus colocado no centro das atenções e é glorificado.

É intenção nossa ´ como Irmandade de Maria ´ contribuir, em obediência à Sagrada Escritura, para que nosso Senhor Jesus não seja entristecido por um comportamento nosso destituído de reverência para com Sua mãe ou até de desprezo. Pois ela é Sua mãe que O deu à luz e O criou e educou e a cujo respeito falou o Espírito Santo, por intermédio de Isabel: ´Bem´aventurada a que creu!´

Jesus espera de nós que a honremos e amemos. É isto que nos é proposto pela Palavra de Deus e é, portanto, Sua vontade. E somente os que guardam Sua palavra, são os que amam a Jesus de verdade (João 14,23).´

(M. Basilea Schlink, escritora evangélica que escreveu, em 1960, o livro ´Maria ´ o Caminho da Mãe do Senhor´ e fundadora da Irmandade Evangélica de Maria, em Darmstadt, Alemanha; fonte

. ´Em Lourdes, em Fátima e em outros santuários marianos, a crítica imparcial se encontra diante de fatos sobrenaturais, que tem relação direta com a Virgem Maria, seja mediante as aparições, seja por causa das graças milagrosas solicitadas pela sua intercessão. Estes fatos são tais que desafiam toda a explicação natural.

Sabemos ou deveríamos saber que as curas de Lourdes e Fátima são examinadas com elevado rigor científico por médicos católicos e não´católicos. Conhecemos a praxe da Igreja Católica, que deixa transcorrer vários anos antes de declarar alguma cura milagrosa. Até hoje, 1200 curas ocorridas em Lourdes foram pelos médicos consideradas cientificamente inexplicáveis. Todavia a Igreja Católica só declarou milagrosas 44 delas. Nos últimos 30 anos, 11000 médicos passaram por Lourdes. Todos os médicos, qualquer que seja a sua religião ou posição científica, tem livre acesso ao ´Bureau des Constatations Medicales´. Por conseguinte, uma cura milagrosa é cercada das maiores garantias possíveis.

Qual é, pois, o sentido profundo destes milagres no plano de Deus? Bem parece que Deus quer dar uma resposta irrefutável à incredulidade dos nossos dias. Como poderá um incrédulo continuar a viver de boa fé na sua incredulidade diante de tais fatos? E também nós, cristãos´evangélicos, podemos ainda, em virtude de preconceitos, passar ao lado destes fatos sem nos aplicarmos a um atento exame? Uma tal atitude não implicaria grave responsabilidade para nós? Por que um cristão evangélico pode ter o direito de ignorar tais realidades pelo fato de se apresentarem na Igreja Católica e não na sua comunidade religiosa? Tais fatos não deveriam, ao contrário, levar´nos a restaurar a figura da Mãe de Deus na Igreja Evangélica?

Somente Deus pode permitir que Maria se dirija ao mundo, através de aparições.

Não nos arriscamos talvez a cometer um erro fatal, fechando os olhos diante de tais realidades e não lhes dando atenção alguma? Cristãos Evangélicos da Alemanha, deveremos talvez continuar a opor´lhes recusa e indiferença? Continuaremos a nos comportar de modo que o inimigo de Deus nos mantenha em atitude de intencional cegueira?

Não deveremos talvez abrir o nosso coração a esta luz que Deus faz brilhar para a nossa salvação? Tal problema evidentemente merece exame, não deve ser afastado de antemão, por preconceito, pelo único motivo de que tais curas são apresentadas pela Igreja Católica. Uma tal atitude acarretaria grave dano para nós mesmos e para o mundo inteiro. Grande responsabilidade nos toca. Temos o direito de examinar tais fatos. Não nos é possível passar ao largo e encampar tudo no silêncio. Hoje, em alguns países, está em causa a existência mesmo do Cristianismo. Seria o cúmulo da tolice ignorarmos a voz de Deus que fala ao mundo, pela mediação de Maria, e dar´lhe as costas, unicamente, porque Ele faz ouvir sua voz através da Igreja Católica. Como quer que seja, não podemos calar por muito tempo sobre tais realidades. Temos que examiná´las, sem preconceito, pois é iminente uma catástrofe.

Poderia acontecer que, rejeitando ou ignorando a mensagem que Deus nos faz chegar através de Maria, estejamos recusando a última graça que ele nos oferece para a nossa salvação. É, por isso, um dever muito grave para todos os chefes da Igreja luterana e para outras comunidades cristãs examinar tais fatos e tomar uma posição objetiva. Este dever impõe´se também pelo fato de que a Mãe de Deus não foi esquecida somente depois da Guerra dos 30 anos e na época dos livres pensadores da metade do século XVIII.

Sufocando no coração dos evangélicos o culto da Virgem, destruíram os sentimentos mais delicados da piedade cristã.

No seu Magnificat, Maria declara que todas as gerações a proclamarão bem´aventurada até o fim dos tempos. Todos nós verificamos que esta profecia se cumpre na Igreja Católica e, nestes tempos dolorosos, com intensidade sem precedentes. Na Igreja Evangélica, tal profecia caiu em tão grande esquecimento que dificilmente se encontra algum vestígio da mesma. Ainda uma vez estas reflexões nos impõe o dever de examinar os fatos acima citados e de tirar dos mesmos todas as conclusões pertinentes.´

(Manifesto de Dresden ´ documento redigido por vários teólogos luteranos e publicado pela revista ´Spiritus Domini´ n.5, Maio/1982)

Fonte deste artigo: Revista [Pergunte e Responderemos], nº 429.