sexta-feira, 31 de julho de 2015

Protestantes pedem desculpas pela destruição de imagens na Reforma



Hamburgo (RV) – A comunidade protestante alemã apresentou suas desculpas pela vasta destruição de imagens religiosas realizada durante o período da Reforma. Em uma declaração da Evangelische Kirche in Deutschland (EKD) divulgada pelo semanário católico “The Tablet”, os responsáveis religiosos sublinharam que a comunidade protestante condena com firmeza esta prática de destruição. “As imagens – salientou o Bispo Petra Bosse-Huber, durante uma reunião da delegação da EKD e do Patriarcado Ecumênico de Constantinopla – há muito tempo tornaram-se expressão da piedade protestante”.
Significado da imagem
Os líderes religiosos das duas Igrejas encontraram-se em Hamburgo nos dias passados para discutir a aprofundar o significado da imagem do ponto de vista Ortodoxo e Protestante. Por ocasião do encontro, o Patriarca Ecumênico de Constantinopla Bartolomeu I e o Presidente da Evangelische Kirche in Deutschland, Bispo Bedford-Strohm, enviaram sua saudação aos participantes, abençoando o encontro.
Remoção de imagens e vitrais
Durante os trabalhos foi destacado que a destruição de imagens era mais comum no período imediatamente posterior à Reforma. Na primeira metade do século XVI, as estátuas da Virgem Maria e dos Santos, assim como vitrais com imagens sacras, retratando eventos milagrosos e sobrenaturais, foram removidos das igrejas e das capelas e muitas vezes destruídos.
Onda de destruição
Em particular, a Suiça, os Países Baixos, a Inglaterra e a Alemanha meridional sofreram os efeitos maiores desta prática destrutiva. Em Ulm, na Alemanha, em 1531, durante o “Götzentag” (“Dia do falso ídolo”), os apoiadores da Reforma, convencidos de que os objetos religiosos fossem símbolos de idolatria supersticiosa, removeram com violência sessenta altares e dois órgãos da catedral local. Mais tarde Genebra, na Suiça, assistiu a uma das mais devastadoras ondas de destruição de imagens religiosas e de objetos sacros, inspiradas por grupos de influentes teólogos protestantes. (JE/Osservatore Romano)

sábado, 11 de julho de 2015

Quem foi São Bento



São Bento nasceu na Umbria, Itália, no ano de 480. Era de família nobre romana. Desde pequeno manifestou um gosto especial pela oração. Realizou os primeiros estudos na região de Nurcia, próximo à cidade de Spoleto. Depois foi morar em Roma para estudar filosofia.

Vida de São Bento
Um eremita chamado Romano encontrou Bento e lhe deu um hábito de monge. Romano ensinou a São Bento tudo sobre a vida de eremita e levando-o para uma gruta escondida, (gruta santa), no monte de Subíaco. Lá, o jovem Bento aprofundava-se na vida de eremita e Romano o ajudava regularmente com alimentos.
São Bento ficou ali por 3 anos só em orações e estudos, sem receber visitas. Um dia, porém, um sacerdote da região, fazendo seu jantar, ouviu uma voz dizendo: estás fazendo seu jantar enquanto meu servo Bento morre de fome no deserto.  O sacerdote, com muito esforço, partiu para o deserto, encontrou a gruta em que Bento estava escondido e após uma oração, disse que era o dia daPáscoa do Senhor e serviu-lhe a comida.
Tempos depois o jovem bento foi descoberto por pastores e assim passou a receber muitas visitas para conselhos e orações. Logo sua fama começou a crescer e ele passou a ser visitado por mais e mais pessoas em busca de aconselhamentos e orações.

Tentativa de assassinato
Por causa de sua fama de santidade, São Bento foi chamado para ser o abade (superior) do convento de Vicovaro. Ele aceitou, desejando prestar um serviço. Porém, não combinou com a vida que os monges viviam, porque não era incondicional como ele achava que deveria ser o seguimento de Cristo.
Foi se formando entre os religiosos uma antipatia contra o santo, chegando ao cúmulo de tentarem matá-lo com veneno, mas, abençoando a taça de vinho envenenada, como fazia com todos os alimentos que comia, ela se quebrou. Assim, bento disse em seguida que Deus perdoe a vocês, meus irmãos. Depois disso, abandonou o convento e voltou para Subíaco.

A primeira ordem monástica da história
São Bento fundou em poucos anos doze mosteiros. Antes de Bento, os monges viviam como eremitas, isolados, sozinhos. São Bento organizou a vida monástica comunitária e os mosteiros começaram a florescer. Todos eles seguiam a famosaRegra de São Bento.  As famílias nobres de Roma começaram a mandar seus filhos para estudarem nos mosteiros fundados por São Bento. Santo Plácido e São Mauro estavam entre os educandos de São Bento.

A Regra de São Bento
A Regra de São Bento (Regula Monasteriorum) é um livro escrito por São Bento, com as regras para a vida monástica comunitária. É um livro com 73 capítulos curtos. A regra prioriza o silêncio, a oração, o trabalho, o recolhimento, a caridade fraterna e a obediência. Assim nascia a famosa Ordem dos Beneditinos, ou Ordem de São Bento, que permanece viva e atuante até hoje, seguindo a mesma regra escrita há mais de 1500 anos. A Regra de São Bento foi também adaptada para várias congregações de monges do ocidente.

Milagres de São Bento
No Monte Cassino, Itália, Bento começou a pregar o Evangelho para o povo. Com a pregação e os inúmeros milagres que fazia, inclusive vários exorcismos, o povo começou a se converter. Assim, o povo de Monte Cassino derrubou o templo de Apolo, que fora construído no cume do monte e com suas ruínas construíram dois conventos com as bênçãos de São João Batista e São Martinho. Esta foi a origem do grande mosteiro de Monte Cassino, criado em 529, com a bênção do Papa Felix lll. 

Devoção a São Bento
São Bento morreu no ano de 547, aos 67 anos. Predisse sua morte no mesmo ano da morte de sua irmã Santa Escolástica, fundadora do ramo feminino da ordem de São Bento. Mandou abrir sua própria sepultura e depois de falar aos monges, de pé com as mãos para o céu, morreu. Parte de suas relíquias estão no Mosteiro de Monte Cassino e outras na abadia de Fleury, na França. São Bento foi canonizado no ano de 1220 e sua festa é comemorada no dia 11 de julho.

Imagem de São Bento
Sua imagem é representada com o livro das regras; um sino, que representa a voz de Deus; um copo quebrado e a serpente representando o veneno; um corvo com um pedaço de pão no bico representando o tempo em que ele passou no deserto e uma vara representando a disciplina.


Medalha de São Bento e sua mensagem
A medalha de São Bento foi esculpida primeiramente nas colunas do mosteiro de Monte Cassino. Na frente da medalha lê-se: Ejus in ibitu nostro praesentia muniamur. Sejamos protegidos pela sua presença na hora da nossa morte.
No verso encontra-se as seguintes inscrições:
CSPB - Crux Sancti Patris Benedicti  - (cruz do Santo Pai Bento)
CSSML - Crux Sacra Sit Mihi Lux  - (a Cruz Sagrada Seja a minha Luz)
NDSMD - Non Draco Sit Mihi Dux  - (não seja o Dragão o meu guia)
VRS - Vade Retro Satana - (para traz satanás)
NSMV - Nunquam Suade Mihi Vana - (Nunca Seduzas minha alma)
SMQL - Sunt Mola Quae Libas - (são coisas más que brindas)
IVB - Ipse Venana Bibas  - (Bebas do mesmo veneno)


A Cruz sagrada seja a minha Luz. Não seja o dragão o meu guia. Retira-te satanás. Nunca me aconselhe coisas vãs. É do mal o que tu me oferece. Beba tu mesmo do teu veneno. Rogai por nós Bem Aventurado São Bento, para que sejamos dignos das promessas de Cristo.