terça-feira, 15 de novembro de 2011

CATÓLICOS E PROTESTANTES


DUAS CLASSES DE CRISTIANISMO
Há essencialmente duas classes de Cristianismo, como há duas classes de  Judaísmo:

A - DUAS CLASSES DE JUDAÍSMO:
... 1- Antes de Cristo: Com altar, sacrifício e sacerdotes... o Judaísmo de Moisés, Davi, Isaías...

... 2- Depois de Cristo: Sem altar, sacrifício, nem sacerdotes... o Judaísmo Rabínico atual!... "Rabi" significa "mestre"... mas não "sacerdotes"!...



.... Se Moisés ou Davi viessem hoje a Nova Iorque ou Israel, não reconheceriam o Judaísmo atual.
.... Realmente se têm cumprido as profecias da Bíblia, de que ao chegar o Messias desapareceriam os sacrifícios para ficar só o "sacrifício do Cordeiro de Deus" na Eucaristia!

B - DUAS CLASSES DE CRISTIANISMO:
... 1- Com sacrifício e sacerdotes: Católicos e Ortodoxos... onde o Cordeiro de Deus é o único Santo Sacrifício da Missa.


... 2 - Sem sacrifício nem sacerdotes: a maioria de Protestantes... com "pastores", mas não "sacerdotes".

           O "ANTICRISTO":
           Jesus nos diz  em Mt 24,15 que o primeiro que fará o Anticristo será a "Abominável Desolação" no lugar santo, como profetizou Daniel.
... e segundo Daniel, em quatro passagens, esta Abominação consistirá em tirar o "sacrifício", e também os altares e sacerdotes (Dan.8,11;  9,27;  11,31; 12,11).
 ... E O ANTICRISTO JÁ ESTÁ AQUI!:
São João diz que o Anticristo " está por chegar, mas que já está no mundo !" (1Jo 4,3).
Se sua igreja não tem sacrifício, nem altar, nem sacerdote, ela já está com o espírito do anticristo ! (1Jo 4,3).
O essencial de toda religião, inclusive as pagãs, é um altar, um sacrifício e um sacerdote para oferecer o sacrifício a Deus.
Algumas igrejas cristãs já perderam  o "essencial", já têm espírito do anticristo !

Traduzido para o Veritatis Splendor por Cledson Ramos.
 

domingo, 13 de novembro de 2011

A Liturgia Católica


      
           A Igreja Católica tem uma liturgia que vem dos apóstolos. Ora, Jesus Cristo enviou os apóstolos, conforme podemos encontrar em Mc 16, 15-16 “Então Jesus disse-lhes: ”Vão pelo mundo inteiro e anunciem a Boa Notícia para toda a humanidade. Quem acreditar e for batizado será salvo. Quem não acreditar será condenado“. E um pouco mais adiante no versículo 20 temos: “Os discípulos então saíram e pregaram por toda parte. O Senhor os ajudava e, por meio dos sinais que os acompanhavam, provava que o ensinamento deles era verdadeiro”. Pois bem, Jesus enviou os apóstolos a pregar pelo mundo inteiro e os ajudava provando a veracidade de seus ensinamentos. Hoje a Igreja Católica está presente no mundo todo, e está edificada sobre os ensinamentos dos apóstolos, estes ensinamentos que foram provados como verdadeiros com o auxílio do Senhor Jesus.
            O rito da Missa é resultado dos ensinamentos dos apóstolos, como eles rezavam e partilhavam a Eucaristia, e só a eles cabe discernir o que mudar ou não. Além disso, tudo o que a Igreja Católica prega hoje é resultado da Doutrina ensinada pelos apóstolos, que como a Bíblia ensina são verdadeiros. Como exemplo podemos citar os escritos  Santo Hipólito de Roma (160 – 235), do segundo século do cristianismo, que nos mostra um trecho da oração eucarística rezada na época:

Apresentem-lhe os diáconos a oblação e ele [o sacerdote], impondo as mãos sobre ela, dando graças com todo o presbiterium, diga:
O Senhor esteja convosco.
Respondam todos:
E com o teu espírito.
Corações ao alto!
Já os oferecemos ao Senhor.
Demos graças ao Senhor.
É digno e justo.
E prossiga a seguir:
Graças te damos, Deus, pelo teu Filho querido, Jesus Cristo, que nos últimos tempos nos enviastes, Salvador e Redentor, mensageiro da tua vontade, que é o teu Verbo inseparável, por meio do qual fizestes todas as coisas e que, porque foi do teu agrado, enviaste do Céu ao seio de uma Virgem; que aí encerrado, tomou um corpo revelou-se teu Filho, nascido do Espírito Santo e da Virgem. Que, cumprindo a tua vontade – e obtendo para ti um povo santo – ergueu as mãos enquanto sofria para salvar do sofrimento aqueles que confiaram em ti, que, enquanto era entregue à voluntária Paixão para destruir a morte, fazer em pedaços as cadeias do demônio, esmagar os poderes do mal, iluminar os justos, estabelecer a Lei e dar a conhecer a Ressurreição, tomou o pão e deu graças a Ti dizendo: Tomai, comei, isto é meu Corpo que por vós será destruído; tomou igualmente, o cálice, dizendo: Este é o meu Sangue, que por vós será derramado. Quando fizerdes isto, fá-lo-eis em minha memória.
Por isso, nós que nos lembramos de sua morte e Ressurreição, oferecemos-te o pão e o cálice, dando-te graças porque nos considerastes dignos de estar diante de ti e de servir-te.
E te pedimos que envies o Espírito Santo à Oblação da santa Igreja: reunindo em um só rebanho todos os fiéis que recebendo a Eucaristia na plenitude do Espírito Santo para o fortalecimento da nossa fé na verdade, concede que te louvemos e glorifiquemos, pelo teu Filho Jesus Cristo, pelo qual a ti a glória e a honra -  ao Pai e ao Filho, com o Espírito Santo na tua santa Igreja, agora e pelos séculos dos séculos. Amém”  (TRADIÇÃO APOSTÓLICA citado por AQUINO 2007, pág. 127)
   
  Mais de 1800 anos após estes escritos terem sido feitos, podemos perceber que pouca coisa mudou, e perceber mais ainda que as raízes de nossa fé não vem de uma pessoa alienada e perturbada, fruto de rebeldia, mas vem dos ensinamentos dos apóstolos de Jesus Cristo, estes que a própria Bíblia confirma são verdadeiros.

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Os 21 concílios ecumênicos da Igreja

Os 21 concílios ecumênicos da Igreja

Os Concílios ecumênicos (universais) realizados pela Igreja, em número de 21, foram marcos importantíssimos na sua História, tendo em vista principalmente as definições da doutrina católica ao longo do tempo, vencendo os erros e heresias que comprometiam o ´depositum fidei´; a sã doutrina da fé. Esses Concílios, bem como a história dos papas, formam como que a coluna vertebral da História da Igreja e o trabalho do Magistério. Eis porque, de maneira resumida, queremos apresentá´los aqui, a fim de que os fiéis comecem a se familiarizar com esses dados importantes da nossa Igreja. Quanto mais conhecermos a história sagrada da Igreja, mais a amaremos e a serviremos. Disse certa vez o Papa Paulo VI que ´quem não ama a Igreja, não ama Jesus Cristo´; uma vez que a Igreja é o Seu próprio Corpo místico. Falando a respeito dos Concílios da Igreja, disse o Papa João Paulo II, em 7/7/96: ´Como se sabe, um papel particularmente significativo foi desempenhado pelos primeiros quatro Concílios, celebrados entre os anos 325 e 451 em Nicéia, Constantinopla, Éfeso e Calcedônia. Para além dos acontecimentos históricos, em que cada um deles se coloca e apesar de algumas dificuldades terminológicas, eles foram momentos de graça, através dos quais o Espírito de Deus concedeu luz abundante sobre os mistérios fundamentais da fé cristã. E como se poderia minimizar a sua importância? Neles estava em questão o fundamento, diria o centro mesmo do Cristianismo. Em Nicéia e Constantinopla, determinou´se com clareza a fé da Igreja no mistério da Trindade, com a afirmação da divindade do Verbo e do Espírito Santo. Em Éfeso e Calcedônia discutiu´se a respeito da identidade divino´humana de Cristo. Diante de quem era tentado a exaltar uma dimensão em desvantagem da outra ou de as dividir em prejuízo da unidade pessoal, foi claramente afirmado que a natureza divina e a natureza humana de Cristo permanecem íntegras e inconfundíveis, indivisas e inseparáveis, na unidade da pessoa divina do Verbo. Cristo é verdadeiro Deus e verdadeiro homem... Não faltaram certamente, tensões na celebração daquelas assembléias conciliares. Mas o sentido vivo da fé, corroborado pela graça divina, no final prevaleceu também nos momentos mais críticos. Emergiu, então, com toda a evidência a fecundidade daquela autêntica ´sinergia´ eclesial, que o ministério do Sucessor de Pedro é chamado a assegurar, não certamente a mortificar... Caríssimos Irmãos e Irmãs, naquele tempo, como sempre, o caminho da Igreja foi acompanhado pela intercessão materna da Virgem Santa, à qual o Concílio de Éfeso em 431, reconheceu o título de ´Theotòkos´, ´Mãe de Deus´, ressaltando assim que a natureza humana, por ela transmitida a Cristo, pertence Àquele que desde sempre é Filho de Deus´(L’Osservatore Romano n.28 de 13/7/96).

01. Concílio de NICEIA I

Data: 20/05 a 25/07 de 325

Papa: Silvestre I (314´335)

Decisões principais:

´ A confissão de fé contra Ario: igualdade de natureza do Filho com o Pai. Jesus é ´Deus de Deus, Luz da Luz, Deus verdadeiro de Deus verdadeiro, gerado, não criado, consubstancial ao Pai´.

´ Fixação da data da Páscoa a ser celebrada no primeiro domingo após a primeira lua cheia da primavera (hemisfério norte).

´ Estabelecimento da ordem de dignidade dos Patriarcados: Roma, Alexandria, Antioquia, Jerusalém.

02. Concílio de CONSTATINOPLA I

Data: maio a junho de 381

Papa: Dâmaso I (366´384)

Decisões principais:

´ A confissão da divindade do Espírito Santo, e a condenação do Macedonismo de Macedônio, patriarca de Constantinopla. ´Cremos no Espírito Santo, Senhor e fonte de vida, que procede do Pai, que é adorado e glorificado com o Pai e o Filho e que falou pelos profetas´. ´Com o Pai e o Filho ele recebe a mesma adoração e a mesma glória´(DS 150). ´ Condenação de todos os defensores do arianismo (de Ário) sob quaisquer das suas modalidades. ´ A sede de Constantinopla ou Bizâncio (´segunda Roma´), recebeu uma preeminência sobre as sedes de Jerusalém, Alexandria e Antioquia.

03. Concílio de ÉFESO

Data: 22/06 a 17/07 de 431

Papa: Celestino I (422´432)

Decisões principais:

´ Cristo é uma só Pessoa e duas naturezas

´ Definição do dogma da maternidade divina de Maria, contra Nestório, patriarca de Constantinopla, que foi deposto.

Maria, é mãe de Deus ´ THEOTOKOS.

´Mãe de Deus não porque o Verbo de Deus tirou dela a sua natureza divina, mas porque é dela que Ele tem o corpo sagrado dotado de uma alma racional , unido ao qual, na sua pessoa, se diz que o Verbo nasceu segundo a carne´. (DS 251)

´ Condenou o pelagianismo, de Pelágio, que negava os efeitos do pecado original.

´ Condenou o messalianismo, que apregoava uma total apatia ou uma Moral indiferentista.

04. Concílio de CALDEDÔNIA

Data: 08/10 a 1º/11 de 451

Papa: Leão I, o Grande (440´461)

Decisões principais:

´ Afirmação das duas naturezas na única Pessoa de Cristo, contra o monofisismo de Êutiques de Constantinopla. ´Na linha dos santos Padres, ensinamos unanimemente a confessar um só e mesmo Filho, Nosso Senhor Jesus Cristo, o mesmo perfeito em divindade e perfeito em humanidade, o mesmo verdadeiramente Deus e verdadeiramente homem, composto de uma alma racional e de um corpo, consubstancial ao Pai segundo a divindade, consubstancial a nós segundo a humanidade, ´semelhante a nós em tudo com exceção do pecado´(Hb4,15); gerado do Pai antes de todos os séculos segundo a divindade, e nesses últimos dias, para nós e para nossa salvação, nascido da Virgem Maria, Mãe de Deus, segundo a humanidade.

Um só e mesmo Cristo, Senhor, Filho Único que devemos reconhecer em duas naturezas, sem confusão, sem mudanças, sem divisão, sem separação. A diferença das naturezas não é de modo algum suprimida pela sua união, mas antes as propriedades de cada uma são salvaguardadas e reunidas em uma só pessoa e uma só hipóstase.´(DS 301´302).

´ Condenação da simonia, dos casamentos mistos e das ordenações absolutas (realizada sem que o novo clérigo tivesse determinada função pastoral).

05. Concílio de CONSTANTINOPLA II

Data: 05/05 a 02/07 de 553

Papa: Virgílio (537´555)

Decisões principais:

´ condenação dos nestorianos Teodoro de Mopsuéstia, Teodoro de Ciro e Ibas de Edessa (Três Capítulos).

´Não há senão uma única hipóstase [ou pessoa], que é Nosso Senhor Jesus Cristo, Um na Trindade... Aquele que foi crucificado na carne, nosso Senhor Jesus Cristo, é verdadeiro Deus, Senhor da glória e Um na Santíssima Trindade´.(DS 424)

´Toda a economia divina é obra comum das três pessoas divinas. Pois da mesma forma que a Trindade não tem senão uma única e mesma natureza, assim também, não tem senão uma única e mesma operação´ (DS 421).

´Um Deus e Pai do qual são todas as coisas, um Senhor Jesus Cristo para quem são todas as coisas, um Espírito Santo em quem são todas as coisas´(DS 421).

06. Concílio de CONSTANTINOPLA III

Data: 07/11 de 680 a 16/09 de 681

Papa: Ágato (678´681) e Leão II (662´663)

Decisões principais:

´ Condenação do monotelitismo, heresia defendida pelo patriarca Sérgio de Constantinopla que ensinava haver só a vontade divina em Cristo.

Este Concílio ensinou que Cristo possui duas vontades e duas operações naturais, divinas e humanas, não opostas, mas cooperantes, de sorte que o Verbo feito carne quis humanamente na obediência a seu Pai tudo o que decidiu divinamente com o Pai e o Espírito Santo para a nossa salvação (DS 556´559). A vontade humana de Cristo ´segue a vontade divina, sem estar em resistência nem em oposição em relação a ela, mas antes sendo subordinada a esta vontade todo´poderosa´ (DS 556; CIC 475).

07. Concílio de NICEIA II

Data: 24/09 a 23/10 de 787

Papa: Adriano I (772´795)

Decisões principais:

´ contra os iconoclastas: há sentido e liceidade na veneração de imagens.

´Para proferir sucintamente a nossa profissão de fé, conservamos todas as tradições da Igreja, escritas ou não escritas, que nos têm sido transmitidas sem alteração. Uma delas é a representação pictórica das imagens, que concorda com a pregação da história evangélica, crendo que, de verdade, e não na aparência, o Verbo de Deus se fez homem, o que é também útil e proveitoso, pois as coisas que se iluminam mutuamente têm sem dúvida um significado recíproco´(DOC 111).

´Nós definimos com todo o rigor e cuidado que, à semelhança da representação da cruz preciosa e vivificante, assim as venerandas e sagradas imagens pintadas quer em mosaico, quer em qualquer outro material adaptado, devem ser expostas nas santas igrejas de Deus, nas alfaias sagradas, nos paramentos sagrados, nas paredes e mesas, nas casas e nas ruas; sejam elas as imagens do Senhor Deus, dos santos anjos, de todos os santos e justos´ (DS, 600´601).

08. Concílio de CONSTANTINOPLA IV

Data: 05/10 de 869 a 28/02 de 870

Papa: Nicolau I (858´867) e Adriano II (867´872)

Decisões principais:

´ extinção do cisma do patriarca de Constantinopla, Fócio, que foi condenado.

´ o culto das imagens foi confirmado.

09. Concílio de LATRÃO I

Data: 18/03 a 06/04 de 1123

Papa: Calixto II (1119´1124)

Decisões principais:

´ confirmação da Concordata de Worms, que assegurava à Igreja plena liberdade na escolha e ordenação dos seus bispos. ´ fortalecimento da disciplina eclesiástica. ´ confirmação do celibato sacerdotal.

10. Concílio de LATRÃO II

Data: abril de 1139

Papa: Inocêncio II (1130´1143)

Decisões principais:

´ o cisma do antipapa Anacleto II.

´ vetou o exercício da medicina e da advocacia pelo clero.

´ rejeitou a usura e o lucro.

11. Concílio de LATRÃO III

Data: 05 a 19 de março de 1179

Papa: Alexandre III ( 1159´1181)

Decisões principais:

´ fixação da necessidade de dois terços dos votos na eleição do Papa, ficando excluído qualquer recurso às autoridades leigas para dirimir dúvidas do processo eleitoral. ´ rejeição do acúmulo de benefícios ou funções dentro da Igreja por parte de uma mesma pessoa. ´ recomendação da disciplina da Regra aos monges e cavaleiros regulares, que interferiam indevidamente no governo da Igreja. ´ condenação das heresias da época, de fundo dualista (catarismo) ou de pobreza mal entendida (a Pattária, o movimento dos Pobres de Lião ou Valdenses)

12. Concílio de LATRÃO IV

Data: 11 a 30 de novembro de 1215

Papa: Inocêncio III (1198´1216)

Decisões principais:

´ a condenação dos albigenses e valdenses;

´ condenação dos erros de Joaquim de Fiore, que pregava o fim do mundo para breve, apoiando´se em falsa exegese bíblica; ´ declaração da existência dos demônios como sendo anjos bons que abusaram do seu livre arbítrio pecando;

´Com efeito, o Diabo e outros demônios foram por Deus criados bons em sua natureza, mas se tornaram maus por sua própria iniciativa´ (DS 800).

´ a realização de mais uma cruzada para libertar o Santo Sepulcro de Cristo, em Jerusalém, que se achava nas mãos dos mulçumanos;

´ a profissão de fé na Eucaristia, tendo sido então usada a palavra ´transubstanciação´.

´ a obrigação da confissão e da comunhão anuais.

´ fixou normas sobre a disciplina e a Liturgia da Igreja.

13. Concílio de LYON I

Data: 28/06 a 17/07 de 1245

Papa: Inocêncio IV (1243´1254)

Decisões principais:

´ excomunhão e deposição do imperador Frederico II da Alemanha.

14. Concílio de LYON II

Data: 07/05 a 17/07 de 1274

Papa: Gregório X (1271´1276)

Decisões principais:

´ procedimentos referentes ao conclave, eleição do Papa em recinto fechado;

´ união da Igreja latina com a Igreja grega (Constantinopla)

15. Concílio de VIENA ´ FRANÇA

Data: 16/10 de 1311 a 06/05 de 1312

Papa: Clemente V (1305´1314)

Decisões principais:

´ Supressão da Ordem dos Templários; ´ contra o modo de viver a pobreza dos franciscanos, chamados ´Espirituais´, que adotavam idéias heréticas sobre a pobreza; ´ condenação do franciscano Pedro Olivi, que admitia no ser humano elementos intermediários entre a alma e o corpo.

16. Concílio de CONSTANÇA

Data: 05/11 de 1414 a 22/04 de 1418. Papas: situação de vários antipapas:

Decisões principais:

´ resignação do Papa romano, Gregório XII (1405´1415) ´ deposição do anti´Papa , João XXIII (1410´1415) em 29/05/1415 ´ deposição do anti´Papa avinhense, Benedito XIII (1394´1415) em 26/07/1417 ´ eleição de Martinho V em 11/11/1417 ´ extinção do Grande Cisma do Ocidente (1305´1378); ´ condenação da doutrina de João Hus, João Wiclef e Jerônimo de Praga, precursores de Lutero. ´ decreto relativo à periodicidade dos Concílios; ´ rejeição do conciliarismo (prevalência da autoridade dos concílios sobre o Papa).

17. Concílio de BASILEIA´FERRARA´FLORENÇA



Datas e locais:
em Basileia de 23/07/1431 a 07/05/1437
em Ferrara de 18/09/1437 a 1º/01/1438
em Florença de 16/07/1439 a ?
em Roma, a partir de 25/04/1442
Papa: Eugênio IV (1431´1447)
Decisões principais:

´ reunião com os gregos em 06/07/1439
´ com os armênios em 22/11/1439
´ com os jacobistas em 04/02/1442
´ questões doutrinárias sobre a SS. Trindade:
´O Espírito Santo tem sua essência e seu ser subsistente ao mesmo tempo do Pai e do Filho e procede eternamente de Ambos como de um só Princípio e por uma única expiração... E uma vez que tudo o que é do Pai, o Pai mesmo o deu ao seu Filho Único ao gerá´lo, excetuando o seu ser de Pai, esta própria processão do Espírito Santo a partir do Filho, ele a tem eternamente de Seu Pai que o gerou eternamente.´ (DS 1300´1301) ´Tudo é uno [neles] lá onde não se encontra oposição de relação (DS 1330). ´Por causa dessa unidade o Pai está todo inteiro no Filho, todo inteiro no Espírito Santo; o Filho está todo inteiro no Pai, todo inteiro no Espírito Santo; o Espírito Santo todo inteiro no Pai, todo inteiro no Filho´.
´ O Pai, o Filho e o Espírito Santo não são três princípios das criaturas, mas um só princípio´(DS 1331).

18. Concílio de LATRÃO V
Data: 10/05/1512 a 16/03/1517
Papas: Julio II (1503´1513) e Leão X (1513´1521).

Decisões principais:

´ contra o concílio sismático de Pisa (1511´1512) ´ decretos de reforma da formação do clero, sobre a pregação, etc. ´ condenou a Sanção de Bourges, declaração que favorecia a criação de uma Igreja Nacional da França. ´ assinatura de uma Concordata que regulamentava as relações entre a Santa Sé e a França. ´ condenação da tese segundo a qual a alma humana é mortal e uma só para toda a humanidade, de Pietro Pomponazzi. ´ exigência do Imprimatur para os livros que versassem sobre a fé ou teologia.

19. Concílio de TRENTO

Data: 13/12/1545 a 04/12/1563 (em três períodos) Papas: Paulo II (1534´1549) ; Júlio III (1550´1555) e Pio IV (1559´1565)

Decisões principais: ´ contra a Reforma de Lutero; ´ doutrina sobre a Escritura e a Tradição: reafirmação do Cânon das Sagradas Escrituras e declarou a Vulgata isenta de erros teológicos. ´ doutrina do pecado original, justificação, os sacramentos e a missa, a veneração e invocação dos santos, Eucaristia, purgatório, indulgências, etc. ´ decretos de reforma. ´ Quando Deus toca o coração do homem pela iluminação do Espírito Santo, o homem não é insensível a tal inspiração que pode também rejeitar; e no entanto, ele não pode tampouco, sem a graça divina, chegar, pela vontade livre à justiça diante dele´(DS 1525). ´Tendo recebido de Cristo o poder de conferir indulgências, já nos tempos antiquíssimos usou a Igreja desse poder, que divinamente lhe fora doado...´(DS, 1935). Na Sessão VI, cânon 30, afirmou: ´Se alguém disser que a todo pecador penitente, que recebeu a graça da justificação, é de tal modo perdoada a ofensa e desfeita e abolida a obrigação à pena eterna, que não lhe fica obrigação alguma de pena temporal a pagar, seja neste mundo ou no outro, purgatório, antes que lhe possam ser abertas as portas para o reino dos céus ´ seja excomungado.´(DS 1580,1689,1693) ´ A Igreja ensina e ordena que o uso das indulgências, particularmente salutar ao povo cristão e aprovado pela autoridade dos santos concílios, seja conservado na Igreja, e fere com o anátema aos que afirmam serem inúteis as indulgências e negam à Igreja o poder de as conceder´(Decreto sobre as Indulgências). ´Fiéis à doutrina das Sagradas Escrituras, às tradições apostólicas, ... e ao sentimento unânime dos padres, professamos que os sacramentos da nova lei foram todos instituídos por Nosso Senhor Jesus Cristo´(DS 1600´1601) ´No santíssimo sacramento da Eucaristia, estão contidos verdadeiramente, realmente e substancialmente, o Corpo e o Sangue juntamente com a alma e a divindade de Nosso Senhor Jesus Cristo e, por conseguinte, o Cristo todo´(DS 1651).

20. Concílio VATICANO

Data: 08/12/1869a 18/07/1870

Papa: Pio IX (1846´1878)Decisões principais: ´ Constituição dogmática Dei Filius , sobre a fé católica, ´ Constituição Dogmática Pastor Aeternus, sobre o primado e a infalibilidade do Papa quando se pronuncia ´ex´catedra´, em assuntos de fé e de Moral. ´ questões doutrinárias. ´Este único e verdadeiro Deus, por sua bondade e por sua virtude onipotente, não para adquirir nova felicidade ou para aumentá´la, mas a fim de manifestar a sua perfeição pelos bens que prodigaliza às criaturas, com vontade plenamente livre, criou simultaneamente no início do tempo ambas as criaturas do nada: a espiritual e a corporal´ (DS 3002). ´O mundo foi criado para a glória de Deus´ (DS 3025). ´Cremos que Deus não precisa de nada preexistente nem de nenhuma ajuda para criar´(DS 3022). ´A criação também não é uma emanação necessária da substância divina´(DS 3023´3024).´Deus cria livremente do nada´ (DS 3025). ´Deus conserva e governa com sua providência tudo que criou, ela se estende com vigor de um extremo ao outro e governa o universo com suavidade (Sb8,1).(DS 3003) ´A Santa Igreja, nossa mãe, sustenta e ensina que Deus, princípio e fim de todas as coisas, pode ser conhecido com certeza pela luz natural da razão humana a partir das coisas criadas´(DS 3004).

21. Concílio VATICANO II

Data: 11/10/1962 a 07/12/1965

Papas: João XXIII (1958´1963) e Paulo VI (1963´1978)

Decisões principais:

´Procuremos apresentar aos homens de nosso tempo, íntegra e pura, a verdade de Deus de tal maneira que eles a possam compreender e a ela espontaneamente assentir. Pois somos Pastores...´ (João XXIII aos padres conciliares, na homilia de abertura do concílio). Sobre a importância do Concílio Vaticano II, disse o Papa João Paulo II, em 15/10/1995: ´Na história dos Concílios, ele reveste uma fisionomia muito singular. Nos Concílios precedentes, com efeito, o tema e a ocasião da celebração tinham sido dados por particulares problemas doutrinais ou pastorais. o Concílio Ecumênico Vaticano II quis ser um momento de reflexão global da Igreja sobre si mesma e sobre as suas relações com o mundo. A essa reflexão impelia´a a necessidade de uma fidelidade cada vez maior ao seu Senhor. Mas o impulso vinha também das grandes mudanças do mundo contemporâneo, que, como ´sinais dos tempos´, exigiam ser decifradas à luz da Palavra de Deus. Foi mérito de João XXIII não só ter convocado o Concílio, mas também ter´lhe dado o tom da esperança, tomando as distâncias dos ´profetas de desventura´ e confirmando a própria e indômita confiança na ação de Deus. Graças ao sopro do Espírito Santo, o Concílio lançou as bases de uma nova primavera da Igreja. Ele não marcou a ruptura com o passado, mas soube valorizar o patrimônio da inteira tradição eclesial, para orientar os fiéis na resposta aos desafios da nossa época. À distância de trinta anos, é mais do que nunca necessário retornar àquele momento de graça. Como pedi na Carta Apostólica Tertio milennio adveniente (n.36) entre os pontos de um irrenunciável exame de consciência, que deve envolver todas as componentes da Igreja, não pode deixar de haver a pergunta: quanto da mensagem conciliara passou para a vida, as intituições e o estilo da Igreja. Já no Sínodo dos Bispos de 1985 [sobre o Concílio] foi posto um análogo interrogativo. Ele continua válido ainda hoje, e obriga antes de mais a reler o Concíllio, para dele recolher integralmente as indicações e assimilar o seu espírito... A história testemunha que os Concílios tiveram necessidade de tempo para produzir os seus frutos. Contudo, muito depende de nós, com a ajuda da graça de Deus. ´ (L’Osservatore Romano, 15/10/95)

Documentos promulgados:

1´ Constituição Dogmática sobre a Igreja (Lumen Gentium)

2 ´ Constituição Dogmática sobre a Revelação Divina (Dei Verbum)

3 ´ Constituição Pastoral sobre a Igreja e o mundo de hoje (Gaudium et Spes)

4 ´ Constituição Dogmática Sobre a Sagrada Liturgia (Sacrosanctum Concilium)

5 ´ Decreto sobre o Ecumenismo ( Unitatis Redintegratio).

6 ´ Decreto sobre as Igrejas Orientais Católicas (Orientalium Ecclesiarum).

7 ´ Decreto sobre a Atividade Missionária da Igreja (Ad Gentes).

8 ´ Decreto sobre o Munus Pastoral dos Bispos na Igreja (Christus Dominus).

9 ´ Decreto sobre o Ministério e a Vida dos Presbíteros (Presbyterorum Ordinis).

10 ´ Decreto sobre a Atualização dos Religiosos (Perfectae Caritatis).

11´ Decreto sobre a Formação Sacerdotal (Optatam Totius).

12 ´Decreto sobre o Apostolados dos Leigos (Apostolicam Actuositatem).

13 ´ Decreto sobre os Meios de Comunicação Social (Inter Mirifica).

14 ´ Declaração sobre a Educação Cristã (Gravissimum Educationis)

15 ´ Declaração sobre a Liberdade Religiosa (Dignitates Humanae).

16 ´ Declaração sobre as Relações da Igreja com as Religiões não´Cristãs (Nostra Aetate).
 

O BATISMO DE CRIANÇAS NOS PADRES DA IGREJA E NA HISTÓRIA

                   iconografia cristã primitiva retratando o batismo infantil
Por José Miguel Arráiz
Tradução: Carlos Martins Nabeto
Fonte: http://www.apologeticacatolica.org
O batismo de crianças é uma prática imemorial da Igreja, tendo sido instituída pelos Apóstolos. Nestas linhas não pretendo me aprofundar nos argumentos bíblicos em favor do batismo das crianças (pois já foram tratados em outra ocasião), mas nos testemunhos que a Igreja nos deixou ao longo da História, em favor desse sacramento pelo qual somos sepultados com Cristo em sua morte, a fim de que, da mesma forma como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos através da glória do Pai, também nós possamos viver uma nova vida. Tratarei, ainda que brevemente, das heresias que ao longo dos séculos ergueram obstáculos para que as crianças fossem regeneradas pelo nascer da água e do espírito, e sua evolução através da História.

O BATISMO DAS CRIANÇAS NOS PADRES DA IGREJA (SÉCULOS I A IV)

Nos primeiros quatro séculos da Era Cristã encontramos total unanimidade acerca dessa matéria. Há numerosos testemunhos de Padres da Igreja que falam da importância do batismo das crianças. Houve também quem optasse por retardar o seu batismo, mas por razões censuradas pela Igreja, como para não ter que largar a vida pecaminosa e, assim, obter o perdão dos pecados no momento da morte (algo bastante insensato, visto que ninguém sabe em que momento irá morrer ou se terá ainda chance de ser batizado); ou livrar-se das penitências que teriam que ser feitas caso tornasse a pecar após o batismo.

SANTO IRENEU

Bispo e mártir, foi discípulo de São Policarpo que, por sua vez, foi discípulo do Apóstolo São João. Célebre por seu tratado “Contra as Heresias”, em que combatia as heresias do seu tempo, em especial a dos gnósticos. Nasceu por volta de 130 d.C. e morreu em 202 d.C.

Faz eco da fé da Igreja primitiva, que professava que todo homem nasce na carne e que, portanto, deve nascer da água e do espírito - o que interpreta inequivocamente como o batismo, pelo qual se obtém ainda a remissão dos pecados:
“E [Naaman] mergulhou [...] sete vezes no Jordão. Não foi sem razão que Naaman, já velho e leproso, foi purificado ao ser batizado, mas para nos indicar que, como leprosos no pecado, somos limpos de nossas transgressões mediante a água sagrada e a invocação do Senhor, sendo espiritualmente regenerados como crianças recém-nascidas, mesmo quando o Senhor já declarou: 'Aquele que não nascer de novo da água e do espírito, não entrará no reino dos céus'” (Fragmento 34).[1]

Ao longo dos escritos deste e de outros Padres veremos como em nenhum momento restringem a graça e os dons de Deus a ninguém, sejam bebês, adolescentes ou adultos. No texto a seguir, embora não se encontre uma referência explícita ao batismo de crianças, encontramos a crença de que Deus pode derramar a sua graça e santificar qualquer pessoa, independente de ter ou não idade para crer (rejeitando, com cerca de mil anos de antecedência, os argumentos empregados pelos anabatistas):
“Porque veio salvar a todos. E digo 'todos', isto é, àqueles tantos que por Ele renascem para Deus, sejam recém-nascidos, crianças, adolescentes, jovens ou adultos. Por isso, quis passar por todas as idades, para tornar-se recém-nascido com os recém-nascidos, a fim de santificar os recém-nascidos; criança com as crianças, a fim de santificar aos de sua idade, oferecendo-lhes exemplo de piedade e sendo para eles modelo de justiça e obediência. Fez-se jovem com os jovens, para dar exemplo aos jovens e santificá-los para o Senhor” (Contra as Heresias 2,22,4).[2]

ORÍGENES

Orígenes foi escritor eclesiástico, teólogo e comentarista bíblico. Viveu em Alexandria até 231; passou os últimos 20 anos de sua vida em Cesaréia Marítima, na Palestina, e também viajando pelo Império Romano. Foi o maior mestre da doutrina cristã em sua época e exerceu uma extraordinária influência como intérprete da Bíblia.

O testemunho de Orígenes é de capital importância, não apenas porque como os outros Padres nos explica a razão de ser necessário batizar as crianças, mas pelo seu testemunho explícito de que este foi um costume recebido pela Igreja diretamente dos Apóstolos. Orígenes, com sua pena, confirma, de antemão, aquilo que a arqueologia comprovaria ao encontrar evidências de batismos de crianças pela Igreja primitiva.
“A Igreja recebeu dos Apóstolos o costume de administrar o batismo inclusive às crianças, pois aqueles a quem foram confiados os segredos dos mistérios divinos sabiam muito bem que todos carregam a mancha do pecado original que deve ser lavada pela água e pelo espírito” (In. Rom. Com. 5,9: EH 249).[3]

“Se as crianças são batizadas 'para a remissão dos pecados' cabem as perguntas: de que pecados se tratam? Quando eles pecaram? Como se pode aceitar tal testemunho para o batismo das crianças se não se admitir que 'ninguém é isento do pecado, mesmo quando a sua vida na terra não tenha durado mais que um só dia'? As manchas do nascimento são apagadas pelo mistério do batismo. Batizam-se as crianças porque 'se não nascer da água e do espírito, é impossível entrar no reino dos céus'” (In Luc. Hom. 14,1.5).[4]

“'Havia muitos leprosos em Israel nos dias do profeta Eliseu, mas nenhum deles foi curado, apenas Naaman, o sírio', que não pertencia ao povo de Israel. Considerem o grande número de leprosos que havia até este momento 'em Israel segundo a carne'. Vejam, por outro lado, o Eliseu espiritual, nosso Senhor e Salvador, que purifica no mistério batismal os homens cobertos pelas manchas da lepra e lhes dirige estas palavras: 'Levanta-te, vai ao Jordão, lava-te e tua carne ficará limpa'. Naaman levantou-se e se foi; e, ao banhar-se, se cumpriu o mistério do batismo: 'sua carne ficou igual à carne de uma criança'. De que criança? Daquele que 'no banho da regeneração' nasce em Cristo Jesus” (In. Luc. Hom 33,5).[5]

“Se gostais de ouvir o que outros santos disseram acerca do nascimento físico, escutai a Davi quando diz: 'Fui formado na maldade e minha mãe me concebeu no pecado'. Assim diz o texto. Demonstra que toda alma que nasce na carne carrega a mancha da iniquidade e do pecado. Esta é a razão daquela sentença que citamos mais acima: ninguém está limpo do pecado, nem sequer a criança que só tem um dia [de vida]. A tudo isto se pode acrescentar uma consideração sobre o motivo que a Igreja tem para o costume de batizar também as crianças: este sacramento da Igreja é para a remissão dos pecados. Certamente que, se não houvesse nas crianças nada que requeresse a remissão e o perdão, a graça do batismo seria desnecessária” (In Lev. Hom 8,3).[6]
SANTO HIPÓLITO DE ROMA

Desconhece-se a data e o lugar do seu nascimento, mesmo que se saiba que foi discípulo de Santo Ireneu de Lião. Seu grande conhecimento da filosofia e dos mistérios gregos, e sua própria psicologia, indicam que procedia do Oriente. Até o ano 212 era presbítero em Roma, onde Orígenes, durante sua viagem à capital do Império, o ouviu pronunciar um sermão.

Por ocasião do problema da readmissão na Igreja daqueles que tinham apostatado durante alguma perseguição, estourou um grave conflito que o colocou em oposição ao Papa Calisto, já que Hipólito se mostrava rigorista nesta matéria, embora não negasse que a Igreja possuía o poder de perdoar os pecados. Tão forte se tornou a questão, que se separou da Igreja e, eleito bispo de Roma por um pequenino círculo de partidários, tornou-se o primeiro Antipapa da História. O cisma se prolongou até depois da morte de Calisto, durante os pontificados de seus sucessores Urbano e Ponciano. Terminou em 235, pela perseguição de Maximino, que desterrou o Papa legítimo (Ponciano) e a Hipólito às minas da Sardenha, onde se reconciliaram. Ali os dois renunciaram ao pontificado para facilitar a pacificação da comunidade romana, que desta forma pôde eleger um novo Papa e dar por encerrado o cisma. Tanto Ponciano quanto Hipólito morreram no ano 235.

Um testemunho de singular importância temos também graças à “Tradição Apostólica”, a qual é uma das mais antigas e importantes constituições eclesiásticas da Antiguidade (foi escrita por volta do ano 215). Nela encontramos instruções específicas acerca da administração do batismo, onde consta a prática de batizar crianças e como em razão da fé dos pais poderiam ser batizadas:
“Ao cantar o galo, se começará a rezar sobre a água, seja a água que flui da fonte, seja a que flui do alto. Assim se fará, salvo em caso de necessidade. Portanto, se houver uma necessidade permanente e urgente, se empregará a água que se encontrar. Se desnudarão e se batizarão primeiro as crianças. Todas as que puderem falar por si mesmas, que falem; quanto às que não puderem, falem por elas os seus pais ou alguém da sua família. Se batizarão em seguida os homens e, finalmente, as mulheres [...] O bispo ao impor-lhes as mãos, pronunciará a invocação: 'Senhor Deus, que os fizeste dignos de obter a remissão dos pecados através do banho da regeneração, fazei-os dignos de receber o Espírito Santo e envia sobre eles a tua graça, para que te sirvam obedecendo a tua vontade. A Ti a glória, Pai, Filho e Espírito Santo, na Santa Igreja, agora e pelos séculos. Amém” (Tradição Apostólica 20,21).[7]
SÃO CIPRIANO DE CARTAGO

Bispo de Cartago, nascido por volta do ano 200, provavelmente em Cartago, de família rica e culta. Dedicou-se em sua juventude à retórica. O desgosto que sentia diante da imoralidade dos ambientes pagãos em contraste com a pureza de costumes dos cristãos o induziu a abraçar o Cristianismo por volta do ano 246. Pouco depois, em 248, foi eleito bispo. Ao tornar-se mais forte a perseguição de Décio, em 250, julgou melhor retirar-se para outro lugar, a fim de continuar se ocupando com o seu rebanho.

Tem-se evidência de que durante sua vida houve quem pretendesse atrasar o batismo das crianças para o oitavo dia após o seu nascimento, à semelhança da circuncisão, tornando necessário a Cipriano, em seu nome e de mais 66 bispos, enviar uma carta a Fido testemunhando a fé da Igreja de que não se deve retardar o batismo das crianças e que estas poderiam ser batizadas desde logo. A carta integral encontra-se disponível na Internet, no volume 5 de “Ante Nicene Fathers”, de Schaff (protestante) e ainda na “New Advent Encyclopedia”[8].

Entre alguns pontos interessantes, temos:
“Porém, no tocante às crianças, as quais dizes que não devem ser batizadas no segundo ou terceiro dia após seu nascimento, e que a antiga lei da circuncisão deve ser considerada, de modo que pensas que quem acaba de nascer não deva ser batizado e santificado dentro dos oito [primeiros] dias, todos nós pensamos de maneira bem diferente em nosso Concílio. Neste caminho que pensavas seguir, ninguém concorda; ao contrário, julgamos que a misericórdia e a graça de Deus não deve ser negada a ninguém nascido do homem pois, como diz o Senhor no seu Evangelho, 'o Filho do homem não veio para destruir a vida dos homens, mas para salvá-la'. À medida que podemos, devemos procurar que, sendo possível, nenhuma alma seja perdida [...] Por outro lado, a fé nas Escrituras divinas nos declara que todos, sejam crianças ou adultos, têm a mesma igualdade nos divinos dons [...] razão pela qual cremos que ninguém deve ser impedido de obter a graça da lei, pela lei em que foi ordenado, e que a circuncisão espiritual não deva ser obstaculizada pela circuncisão carnal, mas que todos os homens devem ser absolutamente admitidos à graça de Cristo, já que também Pedro, nos Atos dos Apóstolos, fala e diz: 'O Senhor me disse que eu não deveria chamar a ninguém de ordinário ou imundo'. Entretanto, se nada poderia obstaculizar a obtenção da graça pelos homens ao mais atroz dos pecados, não se pode colocar obstáculos aos que são maiores. Porém, se se crê que até aos piores pecadores e aos que pecaram contra Deus lhes é concedida a remissão dos pecados, não sendo nenhum deles impedido do batismo e da graça, quanto mais não deveríamos obstaculizar um bebê que, sendo recém-nascido, não pecou ainda [pessoalmente], mas por ter nascido da carne de Adão, contraiu o contágio da morte antiga em seu nascimento [...] Logo, querido irmão, esta foi a nossa opinião no Concílio: que, por nós, ninguém deve ser impedido de receber o batismo e a graça de Deus, que é misericordioso, amável e carinhoso para com todos; e que, visto que é observado e mantido em relação a todos, parece-nos que seja ainda mais no caso dos lactantes [...]” (Carta 58, a Fido, sobre o Batismo das Crianças).[9]
É importante observar aqui que o que Fido e talvez outros presbíteros pretendiam fazer não era negar o batismo às crianças – tal como faz hoje uma grande parcela do Protestantismo – mas tão somente retardá-lo para logo depois do oitavo dia do nascimento.

GREGÓRIO DE NANZIANZO

Arcebispo de Constantinopla e doutor da Igreja, nascido em Nanzianzo, na Capadócia, no ano 329 e falecido em 389. Célebre por sua eloquência e sua luta contra o Arianismo, juntamente com outros Padres como São Basílio e São Gregório de Nissa. É reconhecido como um dos quatro grandes doutores da Igreja Grega.

Escreveu um belo sermão sobre o batismo onde testemunha a fé da Igreja Primitiva no sentido de que, se para o adulto é necessária a fé para se receber o sacramento, não é assim para a criança (que o recebe em razão da fé dos pais). Com efeito, não há desculpa alguma para se retardar o batismo, nem sequer no caso das crianças:
“Façamo-nos batizar para vencer. Tomemos nossa parte nessas águas mais purificadoras que o hissopo; mais puras que o sangue das vítimas impostas pela Lei; mais sagradas que as cinzas do bezerro, cuja aspersão podia ser suficiente para dar às faltas comuns uma provisória purificação corporal, mas não uma total remissão do pecado. Teria sido necessário, sem isso, renovar a purificação daqueles que já a tinham recebido uma vez? Façamo-nos batizar hoje, para não estarmos obrigados a fazê-lo amanhã. Não retardemos o benefício como se nos surgisse algum problema. Não esperemos ter pecado mais para, mediante ele (=o batismo), sermos perdoados em maior medida; isso seria fazer uma indigna especulação comercial acerca de Cristo. Tomar uma carga superior a que podemos carregar é correr o risco de perder, em um naufrágio, o navio, o corpo e os bens, os seja, todo o fruto da graça que não se soube aproveitar [...] Inclusive as crianças: não deixeis tempo para a malícia apoderar-se delas; santificai-as enquanto são inocentes; consagrai-as ao Espírito enquanto ainda não lhe saíram os dentes. Que pusilanimidade e que falta de fé daquelas mães que temem o caráter batismal pela fragilidade da sua natureza! Antes de o ter trazido ao mundo, Ana dedicou Samuel a Deus e, imediatamente após o seu nascimento, o consagrou; a partir de então, o carregava vestido com um hábito sacerdotal sem temor algum dos homens, em razão da sua confiança em Deus. Não há necessidade, então, de amuletos ou encantamentos, meios de que se serve o maligno para insinuar-se nos espíritos pequenos em demasia e transformar em seu benefício o temor religioso em prejuízo a Deus. Opõe a ele a Trindade, imensa e formosa talismã” (Sermão 40,11.17, sobre o Santo Batismo).[10]
Como opinião pessoal, recomenda que, se não estiverem em perigo do morte,  aguarde-se os três anos de idade para que possam recitar superficialmente os mistérios da fé, assinalando que a razão não é requisito para o recebimento do sacramento:
“Tudo isto é dito para aqueles que pedem o batismo por si mesmos; mas o que podemos dizer das crianças, ainda de pouca idade, que são incapazes de perceber o perigo em que se encontram e a graça do sacramento? Certamente, no caso de perigo imediato, é melhor batizá-las sem o seu consentimento do que deixá-las morrer sem ter recebido o selo da iniciação. Somos obrigados a dizer o mesmo acerca da prática da circuncisão, que era realizada no oitavo dia prefigurando o batismo, também realizada nos meninos desprovidos de razão. Da mesma forma, realizava-se a unção dos umbrais da porta que, embora se tratasse de coisas inanimadas, protegia os primogênitos. E quanto às demais crianças? Eis aqui a minha opinião: esperai que alcancem a idade de três anos, de modo que sejam capazes de compreender e expressar superficialmente os mistérios; apesar da imperfeição da sua inteligência, recebem o sinal, e o seu corpo e a sua alma se encontram santificados pelo grande sacramento da iniciação. Elas renderão conta dos seus atos no momento preciso em que, com plena posse da razão, chegarem ao pleno conhecimento do Mistério, já que não serão responsáveis das faltas que, pela ignorância da idade, tiverem cometido. Ademais, de todos os modos, lhes resulta vantajoso possuir a muralha do batismo para se proteger dos perigosos ataques que caem sobre nós e ultrapassam as nossas forças [...]  Porém, alguém dirá: 'Cristo, que é Deus, se fez batizar aos trinta anos e tu nos empurras desde logo o batismo'. Afirmar assim a sua divindade é o que responde a essa objeção. Ele – a própria pureza – não precisava de purificação, mas se fez purificar por vós, assim como por vós se fez carne, uma vez que Deus não tem corpo. Além disso, Ele não corria nenhum perigo por retardar o seu batismo, pois podia livremente regular o seu sofrimento assim como regulou o seu nascimento. Para vós, ao contrário, não seria pequeno o perigo no caso de deixardes este mundo sem terdes recebido, no vosso nascimento, nada além que uma vida perecível, sem estardes revestidos da incorruptibilidade” (Sermão 40,26-27).[11]
SÃO JOÃO CRISÓSTOMO

Patriarca de Constantinopla e doutor da Igreja, nascido em Antioquia, na Síria, em 347, é considerado um dos quatro grandes Padres da Igreja Oriental. Na Igreja Ortodoxa grega é reconhecido como um dos maiores teólogos e um dos três Pilares da Igreja, juntamente com São Basílio e São Gregório:
“Deus seja louvado! Ele, que produz tais maravilhas! Vês quão múltipla é a graça do batismo? Alguns enxergam nele apenas a remissão dos pecados, mas nós podemos delinear dez dons de honra. Por isso batizamos também as crianças de pouca idade, quando ainda não começaram a pecar, para que recebam a santidade, a justiça, a filiação, a herança, a fraternidade de Cristo, para que se convertam em membros e morada do Espírito Santo” (Sermão aos Neófitos).[12]
SÃO BASÍLIO MAGNO

Preeminente bispo da Cesaréia e doutor da Igreja, nascido no ano 330 e falecido em 379. É reconhecido como um dos quatro grandes Padres da Igreja Oriental, juntamente com Santo Atanásio, São Gregório de Nanzianzo e São João Crisóstomo:
“Há um tempo conveniente para cada coisa: um tempo para o sono e outro para a vigília; um tempo para a guerra e um tempo para a paz. No entanto, o tempo do batimo absorve toda a vida do homem. Se não é possível ao corpo viver sem respirar, muito menos será para a alma sobreviver sem conhecer o seu Criador. A ignorância de Deus é a morte da alma. Aquele que não foi batizado tampouco foi iluminado. Assim como sem a luz a vista não pode perceber aquilo que lhe interessa, do mesmo modo, a alma não pode contemplar a Deus. Ademais, todo tempo é favorável para conseguir a salvação por intermédio do batismo, trate-se de noite ou de dia, de uma hora ou de espaço menor de tempo, por mais breve que seja. Seguramente, a data que se aproxima é, em maior medida, a mais apropriada. Que época poderia ser, de fato, mais adequada para o batismo que o dia da Páscoa? Pois esse dia comemora a ressurreição e o batismo é uma fonte de energia para obter a ressurreição. Por essa razão, a Igreja convoca, há muito tempo, seus filhos de peito, em uma sublime proclamação, a fim de que aqueles a quem ela deu à luz na dor, colocando-os no mundo depois de tê-los alimentado com o leite do ensino da catequese, se nutram do alimento sólido dos seus dogmas”  (Protríptico do Santo Batismo 1).[13]
O PELAGIANISMO: PRIMEIRA HERESIA A REJEITAR O BATISMO DAS CRIANÇAS

Porém, foi só no século V quando apareceu a primeira heresia a negar a necessidade do batismo, inclusive o batismo das crianças. Seu autor foi Pelágio, um monge influenciado por doutrinas pagãs, especialmente do Estoicismo. Minimizava a eficácia da graça e considerava que a vontade, por seu livre arbítrio, podia por si só obter a santidade. Para os pelagianos, não existia qualquer pecado original; imaginavam que se Adão não foi criado imortal, poderia morrer ainda que não tivesse pecado, de modo que as crianças se encontram no mesmo estado de Adão antes da sua queda, não contraindo qualquer pecado original. E negando o pecado original, consequentemente enxergavam  o batismo das crianças como desnecessário.

Logo após tornar-se monge, Pelágio viajou para Roma antes do ano 400. Depois de Roma ser conquistada e saqueada pelos Godos, partiu para Cartago e, a seguir, para Jerusalém, acompanhado de Celéstio, outro partidário do Pelagianismo que o ajuda de maneira eficiente a propagar suas doutrinas.

Dezoito bispos, inclusive Juliano de Eclana, aderiram ao Pelagianismo, mas Santo Agostinho combateu tenazmente a heresia. Os bispos pelagianos foram privados das suas sedes e condenados pelos Concílios africanos de Cartago e Milevis (nos anos 411, 412 e 416), os quais sentenciaram:
“Igualmente dispôs que aqueles que negam que os recém-nascidos do seio de suas mães não devem ser batizados ou efetivamente dizem que são batizados para a remissão dos pecados, mas que nada trazem do pecado original de Adão para ser expiado pelo banho da regeneração – de onde, por consequência, se concluiria que neles a fórmula do batismo 'para a remissão dos pecados' deve ser compreendida como inverídica ou falsa, sejam anátemas. Isto porque disse o Apóstolo: 'Por um só homem entrou o pecado no mundo e, pelo pecado, a morte; e assim passou a todos os homens, porque nele todos pecaram' [cf. Romanos 5,12], o que não deve ser compreendido de maneira diferente daquilo que sempre compreendeu a Igreja Católica espalhada pelo mundo. Logo, por esta regra de fé, mesmo as crianças pequeninas, que ainda não puderam cometer pecados por si mesmas, são verdadeiramente batizadas para a remissão dos pecados, a fim de que, pela regeneração, se limpe nelas aquilo que contraíram pela geração” (Concílio de Milevis II, ano 416; Concílio de Cartago, ano 418 - Concílios aprovados pelos Papas Santo Inocêncio I e São Zózimo; Do Pecado e da Graça, cânon 2).[14]
Contudo, os pelagianos se negaram a submeter-se aos Concílios. Os Concílios, então, escreveram ao Papa para que aprovasse as decisões destes Concílios Regionais, o que de fato ocorreu através do Papa Inocêncio I. Santo Agostinho, de posse da sentença da Sé Apostólica (=Roma), deu o caso por encerrado, mas logo após a morte do Papa Inocêncio, Celéstio proferiu diante do Papa Zózimo umas confissão de fé que esteve perto de confundi-lo, mas este tornou a confirmar as sentenças do seu predecessor. Mais tarde, no ano 431, o Concílio de Éfeso voltou a condenar o Pelagianismo que tentava agora se propagar pela Inglaterra.
     
SANTO AGOSTINHO

Bispo de Hipona e doutor da Igreja, é reconhecido como um dos quatro doutores mais primorosos da Igreja Latina. Nasceu em 354 e foi bispo de Hipona por 34 anos. Combateu duramente todas as heresias da época e faleceu no ano 430. Os textos contrários ao Pelagianismo são abundantes, razão pela qual, por uma questão de espaço, citarei apenas alguns, nos quais aprofunda a questão da necessidade de se batizar as crianças para purificá-las do pecado original:
“O batismo dos filhos de pais cristãos: apesar do matrimônio justo e legítimo destes filhos de Deus, não nascem filhos de Deus, em razão desta concupiscência. Isto porque os que geram, embora já tenham sido regenerados [pelo batismo], não geram como filhos de Deus, mas como filhos do mundo. Com efeito, esta é a sentença do Senhor: 'Os filhos deste mundo geram e são gerados'. Por sermos filhos deste mundo, nosso homem interior se corrompe; por isso, são gerados também filhos deste mundo e não serão filhos de Deus se não forem regenerados. Entretanto, por sermos filhos de Deus, nosso homem interior se renova a cada dia; e também o homem exterior, pelo banho da regeneração, é santificado e recebe a esperança da incorrupção futura, sendo por isso chamado com toda a razão 'templo de Deus'” (Do Matrimônio e da Concupiscência 1,18,20).[15]

“Todo aquele que nega que as crianças, ao serem batizadas, são arrancadas deste poder das trevas, do qual o Diabo é o príncipe, ou seja, do poder do Diabo e de seus anjos, é refutado pela verdade dos próprios sacramentos da Igreja. Nenhuma novidade herética pode alterar ou destruir qualquer coisa na Igreja de Cristo, já que a Cabeça dirige e auxilia todo o seu Corpo, tanto aos pequenos (=crianças) quanto aos grandes (=adultos)”  (Do Matrimônio e da Concupiscência 1,20,22).[16]

“Com efeito, desde que foi instituída a circuncisão no povo de Deus – que então era o sinal da justificação pela fé – esta teve valor por significar a purificação do antigo pecado original também para as crianças, da mesma forma como o batismo começou a ter valor também para a renovação do homem desde o momento em que foi instituído. Não que antes da circuncisão não houvesse justiça alguma pela fé – pois o próprio Abraão, pai das nações que seguiriam a sua mesma fé, foi justificado pela fé, mesmo sendo todavia incircunciso – mas porque o sacramento da justificação pela fé esteve totalmente escondido nos tempos mais antigos. Porém, a mesma fé no Mediador salvava os antigos justos, pequenos e grandes”  (Do Matrimônio e da Concupiscência 2,11,24).[17]
A REFORMA PROTESTANTE E O MOVIMENTO ANABATISTA

Seria apenas séculos depois, não mais pelos pelagianos mas por um movimento totalmente diferente, surgido em Zurique em torno da Reforma Protestante promovida pelo reformador Ulrico Zwínglio, que se levantaria oposição ao batismo das crianças. Os partidários deste movimento foram chamados “anabatistas” (ou “batistas”).

O nascimento deste movimento remonta ao ano 1523, quando a Reforma chegou a Zurique. Não passou muito tempo para que começasse a ocorrer divisões dentro do Protestantismo. De Zwínglio se separaram vários grupos protestantes que anteriormente colaboravam na formação de uma comunidade independente da tutela da autoridade civil. Entre estes estavam Conrado Grebel (1498-1526) e Feliz Mantz (1500-1527), que passaram a desenvolver a idéia de que apenas os que críam retamente e levavam conduta pia eram membros da Igreja; assim, segundo suas opiniões, o batismo das crianças não podia nem sequer ser considerado batismo, sendo portanto inválido. Os anabatistas passaram então a se rebatizar, rejeitando a validade do seu primeiro batismo e alegando que apenas aqueles que podiam expressar conscientemente a fé em Cristo podiam ser batizados.

No ano 1524, Grebel rejeitou que seu novo filho fosse batizado e ocasionou um conflito com o Conselho de Zurique; em janeiro de 1525, o Conselho dispôs que fosse expulso da cidade quem, no prazo de oito dias, não batizasse seus filhos. Grebel e Mantz também foram proibidos de pregar[18], mas como o Protestantismo já tinha rejeitado a autoridade da Igreja [Católica], tendo em vista a livre interpretação da Bíblia, o novo movimento também não tinha motivos para se submeter às novas autoridades protestantes. A “caixa de Pandora” estava aberta e a partir de então não havia mais como o Protestantismo guardar uma unidade doutrinária.

É neste contexto que surgiram as inquisições protestantes. Mas apesar de se servirem da tortura  e, em 7 de março de 1526, ter sido decretada pena de morte para todos aqueles que realizassem um segundo batismo, não foi possível conter os anabatistas (o mesmo passaria a ocorrer, aliás, com cada nova denominação protestante). Começaram assim as execuções de anabatistas, entre elas as de Félix Mantz (por afogamento), Jorge Blaurock e Miguel Sattler (ambos queimados vivos). As vítimas continuaram, mas o Anabatismo se propagou inclusive para a Alemanha, terra de Lutero, e os Países Baixos, onde a palavra de Calvino era a lei.

Proibidos tanto nas regiões católicas quanto nas protestantes, apareceram diferentes grupos anabatistas (menonitas, huterianos), alguns pacíficos, outros nem tanto. Um dos líderes destes grupos anabatistas violentos foi Tomás Müntzer, que logo depois de ser seguidor de Lutero acabou se tornando seu férreo inimigo. Liderou grupos de camponeses que, embora fizessem reclamações justas e buscassem o apoio de Lutero, acabaram partindo para a violência quando este último ofereceu-lhes a espada. É neste momento que Lutero escreve a obra “Contra as Hordas de Bandidos e Assassinos Camponeses” (WA 18,357-361), em que exorta os príncipes a realizar uma matança de camponeses, em público ou em privado, culminando tudo em um grotesco massacre.

Com o passar do tempo, a tendência anabatista foi penetrando nas diversas denominações protestantes, ecoando suas tendências referentes ao batismo inclusive em denominações não- anabatistas (pentecostais, metodistas), embora rejeitadas por outras (calvinistas, luteranos, reformados). A divisão chegou a tal ponto que hoje conheço comunidades eclesiais luteranas que rejeitam o batismo de crianças (embora continuem sendo exceção e não regra).

Entre algumas confissões protestantes rejeitando as doutrinas anabatistas, podemos mencionar:
“O Batismo: ensinamos que o Batismo é necessário para a salvação e que pelo Batismo nos é dada a graça divina. Ensinamos também que se devem batizar as crianças e que por este Batismo são oferecidas a Deus e recebem a graça de Deus. É por isso que condenamos os Anabatistas que rejeitam o Batismo das crianças” (Confissão de Augsburgo, artigo 9; ano 1530 – Igrejas Luteranas).

“Não apenas devem ser batizados aqueles que professam a fé em Cristo e obediência a Ele, como também as crianças, filhas de um ou de ambos os pais crentes” (Confissão de Westminster 28,4 – Igrejas Reformadas).

“Pergunta: Deve-se também batizar as crianças?
Resposta: Naturalmente, pois, como os adultos, encontram-se compreendidas na Aliança e pertencem à Igreja de Deus[a]. Tanto a estas quanto aos adultos se lhes promete, pelo sangue de Cristo, a remissão dos pecados[b] e o Espírito Santo, operário da fé[c]; por isso, e como sinal desta Aliança, [ambos] devem ser incorporados à Igreja de Deus e diferenciados dos filhos dos infiéis[d], assim como se fazia na Aliança do Antigo Testamento pela circuncisão[e], cujo substituto na Nova Aliança é o Batismo[f]. Notas: [a] Gênesis 17,7; [b] Mateus 19,14; [c] Lucas 1,15; Salmo 22,10; Isaías 44,1-3; Atos 2,39; [d] Atos 10,47; [e] Gênesis 17,14; [f] Colossenses 2,11-13” (Catecismo de Heidelberg, pergunta 74 – Igrejas Reformadas). 

“Opomo-nos aos anabatistas, os quais não aceitam o batismo infantil dos filhos dos crentes. Porém, conforme o Evangelho, 'o reino de Deus é dos pequeninos' e estes encontram-se incluídos na Aliança de Deus. Portanto, por que não devem receber o sinal da Aliança de Deus? Por que não devem ser consagrados pelo santo batismo, considerando que já pertencem à Igreja e são propriedade de Deus e da Igreja? Igualmente negamos as demais doutrinas dos anabatistas, que contêm pequenas considerações próprias e contrárias à Palavra de Deus. Em suma: não somos anabatistas e com eles nada temos em comum” (Confissão Helvética – antiga confissão protestante de 1566).

“Por esta razão, cremos que quem deseja entrar na vida eterna deve ser batizado uma [só] vez com o único Batismo, sem repetí-lo jamais, já que tampouco podemos nascer duas vezes. Mas este Batismo é útil não apenas enquanto a água está sobre nós, mas também todo o tempo de nossa vida. Portanto, reprovamos o erro dos anabatistas, que não se conformam com o único batismo que receberam e que, além disso, condenam o batismo das crianças [filhas] de crentes, as quais cremos que se deve batizar e selar com o sinal da Aliança, como as crianças em Israel eram circuncidadas nas mesmas promessas que foram feitas aos nossos filhos. E, certamente, Cristo não derramou menos o seu sangue para lavar as crianças dos fiéis como o fez pelos adultos; [por seu sangue] devem receber o sinal e o sacramento daquilo que Cristo fez por elas, da mesma forma como o Senhor, na Lei, ordenou que participassem do sacramento do padecimento e morte de Cristo pouco depois de terem nascido, sacrificando por elas um cordeiro, o qual era um sinal de Jesus Cristo. Por outro lado, o Batismo significa para nossos filhos o mesmo que a circuncisão significava para o povo judeu, o que fez São Paulo chamar o Batismo de 'a circuncisão de Cristo'” (Confissão Belga de 1619, artigo 34 – a Confissão Reformada dos Países Baixos e de várias igrejas reformadas atuais). 
Os anglicanos também rejeitaram o anabatismo:
“Do Batismo – O batismo não é apenas um sinal da profissão e uma nota de distinção pela qual se identificam os cristãos e os não-batizados, mas também é um sinal da regeneração ou renascimento, pelo qual, como por instrumento, os que recebem retamente o batismo são inseridos na Igreja; as promessas da remissão dos pecados e a de nossa adoção como filhos de Deus por meio do Espírito Santo são visivelmente assinaladas e seladas; a fé é confirmada; e a graça, em razão da oração a Deus, é ampliada. O Batismo das crianças, sendo conforme com a instituição de Cristo, deve ser inteiramente conservado na Igreja” (Os 39 Artigos da Religião, capítulo 27 – confissão doutrinária histórica da Igreja Anglicana).
João Calvino, em sua obra “Instituição da Religião Cristã” dedica uma seção para refutar o anabatismo. Pode ser vista aqui .

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NOTAS:

[1] Texto em inglês em http://www.ccel.org/print/schaff/anf01/ix.viii.xxxiv
http://www.newadvent.org/fathers/0134.htm
[2] Extraído da edição preparada pela Conferência do Episcopado Mexicano no ano jubilar de 2000.
[3] QUASTEN, Johannes. “Patrologia I”. p. 189.
[4] “O Batismo: Seleção de Textos Patrísticos”. Tradução e notas de Enrique Contreras, osb. Editorial Pátria Grande, p. 41.
[5] Ibid, p. 43.
[6] QUASTEN, Johannes. “Patrologia I”. p. 189.
[7] “O Batismo: Seleção de Textos Patrísticos”. Tradução e notas de Enrique Contreras, osb. Editorial Pátria Grande, pp. 45 e 47.
[8] V. http://www.ccel.org/print/schaff/anf05/iv.iv.lviii
http://www.newadvent.org/fathers/050658.htm
[9] Traduzido a partir de http://www.ccel.org/print/schaff/anf05/iv.iv.lviii
http://www.newadvent.org/fathers/050658.htm
[10] “O Batismo segundo os Padres Gregos”. Adaptação pedagógica do Dr. Carlos Etchevarne, Bach. Teol., pp. 14 e 16-17. Texto em inglês em http://www.ccel.org/print/schaff/npnf207/iii.xxiii
http://www.newadvent.org/fathers/310240.htm
[11] Ibid, pp. 22-23. Texto em inglês em http://www.ccel.org/print/schaff/npnf207/iii.xxiii
http://www.newadvent.org/fathers/310240.htm
[12] Ibid, p. 57.
[13] Ibid, p. 4.
[14] DENZINGER, Enrique. “O Magistério da Igreja: Manual de Símbolos, Definições e Declarações da Igreja em Matéria de Fé e Costumes”. Versão direta dos textos originais por Daniel Ruiz Bueno, Editorial Herder, 1963, p. 39.
[15] “Obras Completas de Santo Agostinho: Tomo XXXV-Escritos Anti-Pelagianos (3º), Réplica a Juliano”. BAC 457, p. 272.
[16] Ibid, p. 276.
[17] Ibid, p. 332.
[18] Para uma história mais detalhada sobre o Movimento Anabatista, consultar: “Manual de História da Igreja”, de Hubert Jedim, Tomo V, Editorial Herder.
 



Todos os artigos disponíveis neste sítio são de livre cópia e difusão deste que sempre sejam citados a fonte e o(s) autor(es).
Para citar este artigo:
JOSÉ MIGUEL ARRÁIZ. Apostolado Veritatis Splendor: O BATISMO DE CRIANÇAS NOS PADRES DA IGREJA E NA HISTÓRIA. Disponível em http://www.veritatis.com.br/article/6050. Desde 13/10/2009.

domingo, 6 de novembro de 2011

Por que há demônios esculpidos nas catedrais de Notre Dame e Sevilha? .

         
             Não apenas as catedrais de Notre Dame de Paris e de Sevilha têm demônios esculpidos na fachada. Todas as catedrais medievais os trazem. E não só na fachada, mas também no interior, esculpidos, pintados ou nos vitrais. E não apenas as catedrais : as igrejas dos Séculos XI ao XIV os representam em múltiplas formas e aspectos. Era um hábito muito salutar dos construtores das igrejas de então. Por que?
             Naquele tempo os livros eram raros. A Santa Igreja utilizava seus edifícios sagrados para instruir os fiéis a respeito das verdades da Fé. Assim, as fachadas são cheias de cenas bíblicas, de símbolos históricos, de personagens de legenda. Nelas se vêm fatos quotidianos referentes à vida profissional, à vida de família, religiosa ou guerreira - a Igreja com isso ensinava os comportamentos virtuosos e condenava os maus hábitos. Vêm-se os eleitos entrando na glória eterna e os condenados sendo lançados no fogo eterno, bem como alegorias evocando virtudes e vícios. Entre as evocações dos vícios estão os demônios.
             Na igreja que freqüento em Paris - Saint Julien le Pauvre - vê-se, no interior, um demônio no alto da ogiva, exatamente sobre o altar do celebrante. Como um gato, pronto a dar um bote, com cara de esperto e aliciador, o demônio encara o público. É o demônio da distração. Aqueles que não assistem à Santa Missa atentamente põem-se ao alcance de seu bote. E é incrível : quando nos distraímos durante a celebração e o olhar perdido vagueia pela igreja, os olhos caem invariavelmente sobre ele. Não há então quem não se corrija, voltando a atenção à celebração. Sabedoria da Igreja. Em Notre Dame os demônios mais famosos são em forma de gárgulas ; isto é ; terminais das canaletas que lançam na rua a água de chuva, escorrida dos telhados. São medonhos. Neste momento a França se encontra sob fortes chuvas.
           A Bretanha foi inundada, os rios transbordam. Outro dia, mostrava a catedral a amigos brasileiros e chovia. Do lado de fora esses demônios despejavam água sobre as calçadas, espirrando em todos, impedindo-nos assim de contemplar os belos detalhes das fachadas laterais. Se não fossem esses demônios, as canaletas levariam as águas até os esgotos, e nós tranqüilamente terminaríamos a visita. O demônio só atrapalha. Fizemos um ato de detestação a ele: é o que a Igreja deseja. Seu objetivo, colocando ali aquelas figuras monstruosas estava alcançado : escapar de satanás e de suas tentações. Mais uma vez, sabedoria da Igreja.
          O clero do tempo da catedrais tinha bem presente uma verdade hoje esquecida: a maior esperteza do demônio consiste em fazer crer que ele não existe. Recentemente ouvi um sermão dizendo que, se o Inferno existe, deve estar vazio. Veja como o sentimentalismo mole daqueles que não quererem se compenetrar de que esta vida é um combate, conduz a clamorosos erros contra a Fé. Isso se dá até mesmo com personagens que deveriam ensinar a verdade inteira. E esses demônios são hediondos. Nada têm dos demoninhos engraçadinhos, do tipo Brasinha, que se vêm com frequencia por aí, fazendo gracinhas. Os tempos de fé não mascaravam a hediondez dos infernos.

Traduzido por Nelson Barreto - http://www.veritatis.com.br/

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

ESSA FOI A REFORMA PROTESTANTE?

51 Denominações Protestantes espalhadas em 6740 Igrejas que celebram casamentos ou uniões homossexuais

Segundo o site www.gaychurch.org estas são as 51 denominações cadastradas até o momento que celebram casamentos ou uniões homossexuais, são as chamadas igrejas gay.

Isto representa uma das maiores contribuições do protestantismo para as Portas do Inferno, só podemos dizer parabéns Lutero, parabéns Calvino, parabéns Zuínglio, parabéns a todos os seus seguidores que tornam isso possível.

No Brasil esse movimento de igrejas protestantes inclusivas – que visam atender o grupo LGBTs vem  aumentando assustadoramente. No Brasil podemos citar algumas dessas igrejas gay, destacando-se: A igreja para todos, ‘Igreja Cristã Metropolitana’, ‘Comunidade Cidade Refúgio’ fundada pela missionaria  Lanna Holder, conhecidissima no meio da Assembreia de Deus, a ‘Igreja Contemporânea Cristã’ por Marcos Gladstone e a ‘Comunidade Cristã Nova Esperança’ .

NOTA MINHA: MAIS UMA VEZ POSSO AFIRMAR QUE O PROTESTANTISMO FALIU!!!

VIVA A IGREJA CATÓLICA APOSTÓLICA ROMANA, PELA SUA FIDELIDADE E AMOR A CRISTO!!!

A Igreja, que é "a coluna e sustentáculo da verdade" (1Tm 3,15), guarda fielmente a fé uma vez por todas confiada aos santos (Cf. Jd 1,3). É ela que conserva a memória das Palavras de Cristo, é ela que transmite de geração em geração a confissão de fé dos apóstolos. Como uma mãe que ensina seus filhos a falar e, com isso, a compreender e a comunicar, a Igreja, nossa Mãe, nos ensina a linguagem da fé para introduzir-nos na compreensão e na vida da fé. (Catecismo da Igreja Católica)

ABAIXO SEGUE A LISTA DE IGREJAS PROTESTANTE GUEY.

 

Affirm     (United Church of Canada) (United Church of Canada)
Affirm is an organization of persons working through education and social integration for the welcoming of diverse peoples, especially the inclusion of gay, lesbian, bisexual and transgender persons in the life and work of the church. Affirm is composed of people of all sexual orientations and gender identities and so it is open to all people within the United Church of Canada who support these goals.
Note: This sites is one of the links to finding the welcoming churches within the United Church of Canada.

The Affirming Pentecostal Church International (APCI) is an organization of Apostolic Pentecostal ministers, churches, and ministries who are all LGBTS affirming and Pentecostal.  APCI emphasize that they are Apostolic in doctrine, Pentcostal in worship style, but Christian in spirit- fellowshipping with all God's children- not just the Pentecostal ones.  Although started in December of 2010 it is now the largest LGBTS affirming Pentecostal denomination in the world.


Note: All APCI churches are affirming.
The Evangelical Anglican Church In America is a denomination created within the Anglican/Catholic tradition within the One, Holy, Catholic and Apostolic Church and practices faithful stewardship of our sacramental heritage and traditions in the service of all God’s people. Though not in full communion with the Archbishop of Canterbury, the titular head of the Anglican Communion, the EACA shares with the Communion similar expressions of polity, doctrine and worship, such as acceptance of the Thirty-nine Articles of Religion as its doctrinal foundation and the use of the Book of Common Prayer as its liturgical standard.

Note: All EACA churches are affirming.
Integrity Canada is a national network of organizations and friends working toward the full inclusion of gay and lesbian people in the life of the Anglican Church of Canada. We are part of the international lesbian and gay Christian movement, encouraging churches around the world to promote the basic human rights of gay and lesbian people and to support their active participation in the life of the Church.

Note: These sites are one of the links to finding welcoming Anglican churches in Canada.
Working for Gay (GLBT) affirmation within the Anglican communion with a special emphasis on the Anglican churches based in the United Kingdom.

Note: These sites are one of the links to finding welcoming Anglican churches in the United Kingdom.
Proud Anglicans works to unite, support and affirm gay and lesbian welcoming churches throughout Canada. Their web site contains a comprehensive list of welcoming Anglican churches throughout Canada.

Note: These sites are one of the links to finding welcoming churches Anglican churches in Canada.
The reformed Anglican catholic church's mission is to empower people to continue Christ's reconciliatory work in the world by breaking down the walls that divide. We strive to bring all people to Christ's saving embrace.

We seek to be:
        The Anglican church of the modern world,
        The catholic church of the 21st century,
        The ever reforming and inclusive church of today
Note: As far as we are aware all Reformed Anglican Catholic churches are welcoming.
Alliance of Baptists (Baptist) -- founded 1987
The Alliance of Baptists is a movement of progressive Christians--individuals and congregations--seeking to respond to the continuing call of God in a rapidly changing world.  The Alliance offers a clear voice for Christian freedom, distinctively Baptist and intentionally ecumenical in an interfaith world.
From its inception in 1987, the Alliance has called Baptists to stand for those values which have distinguished the Baptist movement from its beginnings four centuries ago--the freedom and accountability of every individual in matters of faith; the freedom of each congregation under the authority of Jesus Christ to determine its own ministry and mission; and religious freedom for all in relationship to the state.  Alliance members and churches mark our commitment to God and each other by the annual renewal of our uniquely Baptist founding covenant. Note: Alliance posts a commitment to "inclusiveness" on their web site but doesn't state what that specifically means to them.
Note: We believe many Alliance Baptist churches are welcoming (this is currently being researched). As far as we are aware, very few Baptist churches are welcoming.

Baptists Peace Fellowship (Baptist) -- founded 1984
Our mission: The Baptist Peace Fellowship of North America gathers, equips and mobilizes Baptists to build a culture of peace rooted in justice. We labor with a wonderful array of peacemakers to change the world.

We are called by God to the Gospel of Peace. This calling is rooted in our faith in Jesus Christ, who is our Peace, in whom God is reconciling the world and through whom God calls us to the ministry of peacemaking. Peace is not only our goal, but our means. The foundation of peace is justice. The force of peace is love.
Note: We don't know how many Baptist churches that belong to this organization are welcoming (that is being researched). As far as we are aware, very few Baptist churches are welcoming.

Welcoming and Affirming Baptist / Baptist (Baptist) -- refounded 1993 / 1972 (original group)
We envision that the day may speedily come within Baptist Churches when no one shall feel excluded from God's love in Jesus Christ because of their sexual orientation. Members of the Association of Welcoming & Affirming Baptists (AWAB) are churches, organizations, and individuals who are willing to go on record as welcoming and affirming all persons without regard to sexual orientation or gender identity, and who have joined together to advocate for the full inclusion of lesbian, gay, bisexual and transgender persons within Baptist communities of faith.

Note: This site is one of the primary links to finding the welcoming churches within the Baptist denomination. As far as we are aware, very few Baptist churches are welcoming.

The American Catholic Church in the United States affirms traditional Catholic beliefs of faith and love, spirituality, community and prayer. It celebrates the seven sacraments and adheres to the essential Catholic doctrine and practice as expressed and implied in the statements of Vatican Council II, and in the light of the best contemporary thought.

The American Catholic Church in the United States proclaims the unconditional love and compassion of God, which embraces every human person regardless of their state or condition in life. We acknowledge the primacy of the Gospel of Jesus Christ and the power of the Holy Spirit to speak in our day through the "sensus fidelium" ("sense of the faithful") of the Catholic Church, leading to a world of justice and peace.

Note: As far as we are aware all American Catholic churches are welcoming.
  The American Catholic Church of New England
No distinctions are made on the basis of sex, race, gender orientation or identity, class, disability, marital status, divorce or remarriage, birth control or abortion. We welcome all who believe in Christ to the Baptismal Font and to the Table of the Lord, we bless the marriages of heterosexual and homosexual unions, we ordain qualified persons without regard to any of the above conditions. We believe that Church is called to be a sign of God's unconditional love in the world and a reconciling presence helping to break down the dividing walls that separate us from a sense of our shared humanity and kinship in God our Creator.

Note: As far as we are aware all American Catholic of New England churches are welcoming.

CACINA is an independent of the Catholic Church; a member of the one, holy, catholic, and apostolic Church established by Our Lord Jesus Christ to bring the Gospel to all people. CACINA's history began with the establishment of the Catholic Apostolic Church of Brazil in 1945 as a result of the civil and ecclesiastic persecutions in Brazil in the 1930's and 1940's. The Catholic Apostolic Church was brought to the United States shortly thereafter. CACINA is independent from the Roman Catholic church and considers itself neither Roman Catholic nor Protestant, but simply Catholic.

Note: As far as we are aware all CACINA churches are welcoming.
 We are Christ's Catholic Church, and we welcome you and not just some of you but every one of you! We are a radically inclusive church and that means everyone!  To that end we affirm the equality of every person in life, faith, sacrament and service, regardless of ability, sexuality or gender, appearance, culture, vocation or theological opinion.  Christ’s Catholic Church, an ecumenical free catholic communion in the Old Catholic tradition, sees itself as only one expression of God’s Truth among many such Christian expressions and it holds firm to the belief that the Church really is One. It knows no national boundaries, no ethnic allegiance, no historic founder except Jesus Christ, no imperial court, and no secular government. Being truly free in the “free church” tradition, it has known neither papal prince nor earthly king. It seeks to be truly universal or catholic and ecumenical, serving all of God’s children with love, welcoming all to His Sacraments, and inviting all people to His care and fellowship. It does so regardless of race, creed, sex, sexual orientation or preference, historic tradition, or state of grace, and at the same time holds fast to the Apostolic Faith.  We're another way to be catholic and yet be who God has made you to be.  Come, see for yourself!  Welcome!
Note: As far as we are aware all Christ Catholic churches are welcoming.
Dignity USA (Roman atholic)
DIGNITY is organized to unite gay, lesbian, bisexual and transgender Catholics, as well as our families, friends and loved ones in order to develop leadership, and be an instrument through which we may be heard by and promote reform in the Church. To be such an organization, we accept our responsibilities to the Church, to our Catholic heritage, to society, and to individual gay, lesbian, bisexual and transgender Catholics.
  1. TO THE CHURCH: We work for the development of sexual theology leading to the reform of its teachings and practices regarding human sexuality, and for the acceptance of gay, lesbian, bisexual and transgender peoples as full and equal members of the one Christ.
  2. TO SOCIETY: We work for justice and equality through education and by supporting social and legal reforms.
  3. TO INDIVIDUAL GAY, LESBIAN, BISEXUAL AND TRANSGENDER CATHOLICS: We reinforce their sense of self-acceptance and dignity and encourage full participation in the life of the Church and society.
Note: Very few Roman Catholic churches are welcoming due to their denominations very staunch anti-gay policies.
We are a gathering of Faith Communities from across America who have entered into a covenant relationship with one another as we seek to celebrate the love of Christ in all people. We are deeply committed to our Catholic identity and practice a distinctively Catholic Faith Tradition that is rooted in the ancient Church. We also believe that as Catholics we have the responsibility of honoring our Catholic Tradition while responding in love and wisdom to the needs and realities of the contemporary world. Note: As far as we are aware all Evangelical Catholic Churches are welcoming.
The Evangelical Catholic Church
The Evangelical Catholic Church is a validly independent consecrated and reformed Catholic Faith Community continuing the celebration of the Liturgical, Spiritual and Sacramental traditions of Catholicism in the spirit of unconditional welcoming and acceptance for all the People of God.

Note: As far as we are aware all Evangelical Catholic Churches are welcoming.
Independent Catholic Christian Church
The Independent Catholic Christian Church is an independent sacramental Christian jurisdiction that seeks to bring God and humanity into full communion, sharing the riches of the Christian tradition inclusively with all who seek God or a deeper knowledge of God

Note: As far as we are aware all Independent Catholic Christian Churches are welcoming.
Jesus models for us the inclusion that God has for all people.  None of us are without sin nor should we judge others-that is for God alone.  Precepts of the Church help us develop our moral and ethical lives.  A well-formed conscience becomes the grounding force for Catholic living. As the Holy Spirit guides the Church, we come to new insights and understandings.  Catholic faith, based in the Scriptures, Magisterial Teaching and Apostolic Traditions coupled with reason, intelligence and a well-formed conscience is a faith open to God's ongoing revelation.  It is not about maintaining the way things have "always been"!  As the Psalmist has sung, God writes straight with crooked lines.  Let's journey together and grow in God's love.
Note: As far as we are aware all Reformed Catholic Churches are welcoming.
"The clergy of the Orthodox-Catholic Church of America (OCCA) are a diverse group of men and women who have responded to a calling into sacramental ministry in a myriad of settings which include parishes, hospitals, nursing homes, jails and prisons, spirituality centers, monasteries, social centers, home chapels, etc. Our common task is to live within the Great Orthodox Tradition in an American way, praying for one another and ministering the Holy Mysteries to people who find themselves hungry for God and have yet to be welcomed at the Holy Table.

Note: As far as we are aware all Reformed Catholic Churches are welcoming.
We are a community created to shepherd and become a home for all those without a spiritual home. We retain basic Catholic beliefs of love, faith, spirituality, prayer and sacramentality. Although a newly formed rite, we remain in, and honor, the traditions of the Orthodox Catholic churches and the old Catholic Church of Utrecht, Netherlands.

Note: As far as we are aware all Reformed Catholic Churches are welcoming.
As a denomination, we are one of hundreds of independent Catholic churches in the United States. Our mission is to carry the gospel, the sacraments, and God’s love and fellowship to the unchurched, the alienated, the isolated, and the excommunicated (the church’s homeless). We welcome all Christians to our Communion rail, and serve all, but our primary outreach is to three groups: first, to the millions of former Roman Catholics who, for one reason or another, no longer go to Mass or receive Communion. Second, to the increasing number of Christians who have no single tradition background from childhood, and who feel they can comfortably be neither Roman Catholic nor Protestant.  And third, to the isolated, individuals who through age, sickness, or other impediment can no longer reach out to participate in a faith community and now find themselves alone.   To the outcast, we offer inclusion; to the rejected, acceptance; to the afflicted, comfort; to the sinner, forgiveness; to the despondent, hope; to the troubled, peace.  In pursuit of this healing mission the United Catholic Church actively sponsors both congregations where people can grow in Christ, and missions/chaplaincies that reach out to the unchurched.
Note: As far as we are aware all United Catholic Church are welcoming.
United Ecumenical Catholic Church Australia (Catholic)
"One Church - United in Christ." The United Ecumenical Catholic Church is a “new” church of Catholic tradition. We hold an ancient faith with a new vision. We seek to take the gospel and holy sacraments to all people and do not discriminate on any basis. As Christ accepted all, so do we.

We are a contemporary, constituent body of Christ's faithful. We are a member church of The One Holy, Catholic, and Apostolic Church. While services and beliefs are very similar to the Roman Catholic Church, we are not part of the Roman Catholic Church and are not in Communion with Rome.

Our church is a welcoming worship community and we do not discriminate on the basis of gender, marital or social status, race, economic ability, orientation or other baseless form of discrimination. We welcome all to the Altar of Christ and refuse communion to no person who seeks it reverently. Christ did not refuse to feed the physically or spiritually hungry - neither do we.

We are a contemporary church that believes the Holy Spirit helps us to grow spiritually as and when we are able. Just as Christ was revealed to us when we were ready to receive him, so too many other things (and understandings) have been revealed to us when we were ready to receive them.

Note: As far as we are aware all UECC churches are welcoming.
The Liberal Catholic Apostolic Church is non-dogmatic in nature, traditional yet relevant for today, and is open to the insights of all faiths and philosophies. This openness means that the LCAC has a unique spiritual character and appeal, and that its mission reaches beyond conventional boundaries to embrace a genuine universality. We see our work as firmly grounded in the wish of Jesus Christ that His church strive to attain unity in the face of its differences, and thus conceive the LCAC as a primarily ecumenical mission church.
Note: As far as I'm aware all Liberal Catholic Churches are welcoming.
The National Catholic Church of America (Catholic)
Catholic Christians in our lifetime are being presented with an opportunity and a challenge. The opportunity we are given is the chance to affirm the unconditional love of almighty God for people of all nations, cultures and economic conditions in a way not possible before the advent of our present technology and our deeper knowledge about the human condition. Whether our differences are ones of gender, age, sexual orientation, race or ability, the Holy Spirit calls us to celebrate our essential unity as brothers and sisters in Christ and children of a loving God. The challenge we face is to respond to the call of the Gospel to make this unity a reality in our churches, our workplaces, our families and our daily lives.

The National Catholic Church of America was established in order to bring together those who share this vision of being Church and who desire to preserve the richness of their Catholic spiritual heritage. One of a large number of independent Catholic jurisdictions, the NCCA is an apostolic ministry of those who are dedicated to this inclusive vision and who desire to bring the love of Christ and the healing power of sacramental grace and loving service to all.
 
Note: As far as I'm aware all National Catholic Churches are welcoming.

Welcoming Roman Catholic Churches (Catholic)
Unfortunately I cannot list my sources for welcoming Roman Catholic churches. After doing some investigative work it appears that there is a major 'witch' hunt going on within the Catholic church to weed out "welcoming" churches, priests and nuns. Rather than list my sources, many of which have now buried their welcoming lists deep within their web sites. I have instead elected to simply list the welcoming parishes in the directory and give no 'proof' as to where this information has come from. This gives 'plausible deniability' to the affected parishes if they should be attacked by the more conservative elements within their church. Being raised Catholic in the Jesuit tradition this saddens me to no end and I pray a day may come when hiding and protecting our brothers and sisters in the ministry is no longer necessary.

Note: As far as we are aware very few Catholic churches are welcoming.


The Christian United Church is a connectional covenant community of people who gather through word and sacrament  to live as Disciples of Christ. Each congregation is connected in the Body of Christ through membership in the Christian United Church.
The CUC consists of people from many denominations who embraced a Methodist polity. John Wesley, the founder of Methodism and Richard Allen, the founder of African Methodism are the source of our spiritual inspiration. They sought to create faith communities that were grounded in scriptural holiness, social holiness and the liberation of people from injustice.

Note: As far as we are aware all Christian United churches are welcoming.
GALA: Gay and Lesbian Acceptance (Community of Christ)
GALA is an association of gay, lesbian, bisexual and straight persons, their families and friends who have a connection to the Community of Christ (formerly Reorganized Church of Jesus Christ of Latter Day Saints) faith community. GALA brings spiritual wholeness and seeks social justice for Gay, Lesbian, Bisexual and Transgender persons and allies. We claim the sacredness of each life story as a community united in hope.
Note: This site is one of the primary links to finding the welcoming churches within the Community of Christ denomination.
The Gay, Lesbian, and Affirming Disciples Alliance is an organization of lesbian, gay, bisexual, transgendered, and affirming members of the Christian Church (Disciples of Christ). We are a prophetic voice calling for the full inclusion of LGBT persons in the Church. We nurture and support one another. We provide educational resources to the Church on issues important to LGBT Christians.
We gather annually for fellowship, worship, nurture, support, and education at the General Assembly of the Christian Church and in other locations during years when the Assembly does not meet. We also gather in regional chapters.

Note: This site is one of the primary links to finding the welcoming churches within the Disciples of Christ denomination.
Integrity / Episcopal Church (Episcopal) -- founded 1974
A witness of God's inclusive love to the Episcopal Church and the lesbian, gay, bisexual, and transgender community.
 
No good thing will God withhold from those who walk with Integrity.  Psalm 84:11

Note: This site is one of the links to finding the welcoming churches within the Episcopal Church.
Integrity El Camino Real California / Episcopal Church (Episcopal)
Integrity/El Camino Real holds worship services and meetings, staffs booths and marches at Pride events, sponsors special events, and holds an annual two-day retreat. We help people find welcoming congregations, respond to questions about GLBT issues and the Episcopal Church, assist congregations at their request, and participate in our diocesan convention. We also support the efforts of our chapter members and friends, and work in solidarity with other Integrity chapters and the national organization. The Episcopal Diocese of El Camino Real comprises the following California counties: Santa Clara, Santa Cruz, Monterey, San Benito, and San Luis Obispo.

Note: This site is one of the links to finding the welcoming churches within the Episcopal Church.

Integrity Virginia / Episcopal Church (Episcopal)
The mission of Integrity/Virginia is to provide a spiritual support and advocacy network among gay and lesbian members of Episcopal churches in the Diocese of Virginia. As such, we live and worship in witness: as gay and lesbian Episcopalians in the Diocese of Virginia and as Christians to the larger gay and lesbian community.

Note: This site is one of the links to finding the welcoming churches within the Episcopal Church.
Oasis California / Episcopal Church (Episcopal)
The Gay, Lesbian, Bisexual, and Transgender Ministry of the Episcopal Diocese of California. Celebrating God's Presence in GLBT Life and Advocating Justice for GLBT People.

Note: This site is one of the links to finding the welcoming churches within the Episcopal Church.

The Oasis/Missouri assists gay, lesbian, and transgendered Episcopalians, their families, and friends by providing support, resources, and educational materials to assist their congregations and clergy to be more open and welcoming to all people.

Note: This site is one of the links to finding the welcoming churches within the Episcopal Church.

 "The OASIS is a part of our response as a community of faith to our own baptismal vows: "To seek Christ in all persons and respect the dignity of every human being."

Our goal is to make honest the universality of the publicly stated invitation: "The Episcopal Church Welcomes You." The Oasis is charged with the task of fighting the prejudice that diminishes the humanity of a single child of God. It is created and designed to raise the consciousness of the whole church so that the life-giving love of God may be seen as embracing all that God has created.

"We have so much to learn about the mystery of human sexuality. The long and oppressive history of homophobia still exerts its killing power on us all. Public role models of gay and lesbian people, living whole and beautiful lives, need to be held up before the church and the world."
- the Rt. Rev. John Shelby Spong, Bishop of Newark (now retired)

Note: This site is one of the links to finding the welcoming churches within the Episcopal Church.

In 1998, the Bishop's Commission asked the parishes on its welcoming parishes list to consider passing the following resolution:
“Whereas Jesus Christ calls us to love God and our neighbor as ourselves; and whereas all people, including gay and lesbian people, are children of God, created in God’s image; and whereas the family is the basic social unit in which we are called to live together and to give and receive nurture and support; and whereas we believe in the value of loving, committed families of God’s children, therefore [name of congregation] of [city], California
Resolves:
  • To respect the dignity of every human being, including gays and lesbians, as our neighbors.
  • To support the efforts of all people, including gays and lesbians, to build and sustain faithful and nurturing family relationships consonant with their sexual identities.
  • To welcome all people, including gays and lesbians, within our community and encourage their full participation in all of the privileges, responsibilities, and governance as members of the congregation.”
Note: This site is one of the links to finding the welcoming churches within the Episcopal Church.

Our primary purpose is to serve Christ our Lord through our fellow human beings by recognizing, affirming, and supporting the Truth in the mind of every person and the Love in the heart of every person. Our ministry is to those who hunger and thirst for Truth in this time of social fragmentation, ecclesiastical disunity, and spiritual delusion. Our community objectives include maintaining a place of prayer and spiritual asylum where the full liturgical life of the Orthodox way is observed; to present the ancient mystical and ascetic Orthodox way as a viable spiritual path for contemporary women and men; and to maintain a spiritual community characterized by inclusiveness and committed to human service and spiritual growth while functioning in the secular world. Our commitment to making our functioning in the world a holy work is what makes us different from most other spiritual communities. We are under the spiritual guidance of Archimandrite Gabriel, Igumenos. If you are visiting Albuquerque, please come and worship with us. All are welcome.

Note: As far as we are aware all Independent Greek Orthodox Church of the United States  churches are welcoming.
A community of people united in proclaiming Jesus Christ as their Savior, to be an inclusive, affirming denomination. A denomination that stands firm behind its beliefs and vision, and that lives as witnesses to the Gospels it embraces ... we spring forth to be the International Christian Community Churches.

Note: As far as we are aware all ICCC churches are welcoming.

Lutherans Concerned North America / Evangelical Lutheran Church
(Lutheran)
We believe that God values and embraces each person as a beloved child, that the Spirit gives a diversity of gifts for the common good, and that Jesus Christ calls us to work for justice. The ministries of Lutherans Concerned / North America (LC/NA) embody, inspire, and support the acceptance and full participation of people of all sexual orientations and gender identities, their families, friends and allies, within the Lutheran communion and its ecumenical and global partners.

Note: This site is one of the primary links to finding the welcoming churches within the Evangelical Lutheran churches. As far as we are aware most  Lutheran churches are not welcoming.
Metropolitan Community Churches (MCC)
"The Universal Fellowship of Metropolitan Community Churches is a Christian Church founded in and reaching beyond the Gay and Lesbian communities. We embody and proclaim Christian salvation and liberation, Christian inclusivity and community, and Christian social action and justice. We serve among those seeking and celebrating the integration of their spirituality and sexuality."
 
Note: All MCC Churches are welcoming.

The Brethren/Mennonite Council for Lesbian and Gay Concerns was founded in 1976.  Our objectives are:
  • To provide support for Mennonite and Church of the Brethren gay, lesbian, transgender, and bisexual people, their friends and families
  • To foster dialogue between gay and non-gay people in churches
  • To provide accurate information about human sexuality from various theological, sociological, psychological, and biblical perspectives.
Note: This site is one of the primary links to finding the welcoming churches within the Brethren/Mennonite congregations. We don't know if most Brethren/Mennonite are welcoming or not.
Global Alliance of Apostolic Pentecostals (GAAAP) / (Pentecostal)
Global Alliance of Apostolic Pentecostals goal is to build a safety net for gay Christians coming out of abusive conservative churches and see the wounds of spiritual violence healed.  We particularly want to be a refuge for gay Pentecostal ministers who are searching for restoration to a healthy, affirming ministry. 
Note: As far as we are aware all GAAAP churches are gay affirming.
Covenant Network of Presbyterians / Presbyterian Church (USA)
(Presbyterian)
The Covenant Network of Presbyterians is a broad-based, national group of clergy and lay leaders working for a church that is simultaneously faithful, just, and whole. We seek to support the mission and unity of the Presbyterian Church (USA) in a time of potentially divisive controversy. We intend to articulate and act on the church's historic, progressive vision and to work for a fully inclusive church. We are committed to finding a way both to live out the graciously hospitable gospel we have received and to live together with all our fellow members in the PC(USA).
"The Covenant Network of Presbyterians has been committed since its founding to the full participation of lesbian and gay Presbyterians in the life and ordained leadership of the church. We will support efforts in presbyteries and at the 217th General Assembly in 2006 that advance this goal."

Note: This site is one of the links to finding the welcoming churches within the Presbyterian denomination. As far as we are aware most  Presbyterian churches are not welcoming.
More Light Presbyterian / Presbyterian Church (USA) (Presbyterian) -- founded 1974
The mission of More Light Presbyterians is to work for the full participation of lesbian, gay, bisexual and transgender people of faith in the life, ministry and witness of the Presbyterian Church (USA). We are individual members and congregations of the Presbyterian Church (USA) who are faithful to God's call and believe that God continues to open new understandings of scripture and the Word in the life of Christ. As a Christian community, we believe that the church must seek to live out those understandings in our life together.
Note: This site is one of the links to finding the welcoming churches within the Presbyterian denomination. As far as we are aware most  Presbyterian churches are not welcoming.
FLGBTQC
FLGBTQC is a North American Quaker faith community that affirms that of God in all people. Gathering twice yearly for worship and play, we draw sustenance from each other and from the Spirit for our work and life in the world. We are learning that radical inclusion and radical love bring further light to Quaker testimony and life. Note: another source of Quaker meetings.

Note: I do not know how many Quaker churches are welcoming.
The Evangelical Network
The Evangelical Network (TEN) is a group of Bible believing Charismatic churches, ministries, Christian workers and individuals bound together by a common shared faith, united in purpose and witness and established as a positive resource and support for Christian gays and lesbians.

Note: All TEN Churches are welcoming.
UCC Coalition (United Church of Christ) -- ONA founded 1985
The Coalition provides support and sanctuary to all our lesbian, gay, bisexual and transgender sisters and brothers, their families and friends; advocates for their full inclusion in church and society; and brings Christ's affirming message of love and justice for all people. Creating and supporting Open and Affirming (ONA) settings within the United Church of Christ.

Note: This site is one of the links to finding the welcoming churches within the UCC denomination. It is important to note that more than just the ONA UCC churches are welcoming within the UCC denomination. Conversely not all UCC churches are welcoming. www.gaychurch.org's list is by far the most comprehensive list of welcoming UCC churches out there as we emailed every single "God is Still Talking" UCC church (i.e. the churches that supported the "Everyone is welcome" add campaign) and ONA UCC church to find out if they were welcoming or not.
United Church of Christ
Welcome to the United Church of Christ—a community of faith that seeks to respond to the Gospel of Jesus Christ in word and deed. The UCC was founded in 1957 as the union of several different Christian traditions. Because the UCC is a union of several Christian traditions and each congregation governs its own affairs, you will find a diversity of worship styles and theology in our church. Our motto—"that they may all be one"—is Jesus' prayer for the unity of the church.

Note: This site is one of the links to finding the welcoming churches within the UCC denomination. It is important to note that not all UCC churches are welcoming. www.gaychurch.org's list is by far the most comprehensive list of welcoming UCC churches out there as we emailed every single "God is Still Talking" UCC church (i.e. the churches that supported the "Everyone is welcome" add campaign) to find out how they stood on the issue of welcoming gays and lesbians.
Reconciling Ministries Network UMC (United Methodist Church) -- founded 1983
Reconciling Ministries Network is a national grassroots organization that exists to enable full participation of people of all sexual orientations and gender identities in the life of the United Methodist Church, both in policy and practice.

Note: This site is one of the links to finding the welcoming churches within the UMC denomination.
The "Fellowship of Reconciling Pentecostals International" is a network of Pentecostal ministers, churches, and ministries which seeks by means of the full gospel of Jesus Christ to reconcile all repentant people to God without regard to race, gender, political persuasion, economic or educational status, sexual orientation, nationality, religious affiliation, or any other thing that divides.  RPI provides wounded Apostolics an affirming home among those of "like precious faith", and a safety net for those in personal, family, or religious crisis.  We stand together in love, and for the glory of Jesus' Name, to promote apostolic truth, Pentecostal worship, righteousness, counseling, education, evangelism, ministerial accountability, and fellowship.  We extend our hands and hearts to all Bible believers that together we may be the open arms of the Lord Jesus Christ, reaching all the people, with all the gospel until Jesus returns.
Note: All RPI churches are welcoming.
Unitarian Universalist Association
While not "Christian"  in the more traditional sense of the word. It's important to note the important and vital role the UUA congregations have made over the years for the gay and lesbian community. For many of our congregations our first church home was offered to us by a sympathetic UUA congregation. The GLBT community is eternally in the UUA denominations debt for the leadership role they have taken through the years to spear head justice and equality for all people.
Note: As far as I'm aware most UUA congregations are welcoming.