segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Bento XVI anuncia renúncia; novo papa será eleito em março


     
          
              São Paulo - O secretário-geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Leonardo Steiner, afirmou que a notícia da renúncia do Papa Bento XVI foi recebida com surpresa pelos católicos brasileiros.
        "Surpresa é a expressão para dizer que não esperávamos um gesto tão importante dentro da Igreja, apesar de sabermos que não é o primeiro papa que renuncia. Mas, em plena atividade, ele dizer que não tem mais condições físicas e, nos tempos atuais, isso exige uma presença mais forte, mais viva já que tudo corre rapidamente", afirmou Steiner.
         Para o religioso, Bento XVI entrará para a história como o "Papa do amor". "Se dissemos que João Paulo II foi o Papa da paz, provavelmente o futuro no dirá que Bento XVI foi o Papa do amor. Ele muitas vezes falou da civilização do amor, falou aos jovens da necessidade de amar, de testemunhar a fé como caridade, como amor", disse.
             A expectativa de Steiner é que o próximo pontífice dê sequência ao diálogo ecumênico com outras religiões e povos em conflito. "O atual Papa vivia um momento de diálogo importante com os anglicanos, as igrejas ortodoxas, e não só igrejas, mas também com os muçulmanos, os hebreus. Ele prezava muito isso. Creio que o novo Papa dará continuidade a esse diálogo, a essa sensibilidade, e terá também muita sensibilidade para a realidade que estamos vivendo", pontuou.
O Papa Bento XVI anunciou a renúncia alegando idade avançada e "por não ter mais forças" para o cargo. O alemão Joseph Ratzinger, de 85 anos, assumiu o comando da Igreja Católica em 19 de abril de 2005, aos 78 anos. As informações são da Agência Brasil.
COMUNICADO

  Leia abaixo a íntegra do comunicado do Papa Bento XVI:

           "Queridísimos irmãos,

          Convoquei-os a este Consistório, não só para as três causas de canonização, mas também para comunicar-vos uma decisão de grande importância para a vida da Igreja.

        Após ter examinado perante Deus reiteradamente minha consciência, cheguei à certeza de que, pela idade avançada, já não tenho forças para exercer adequadamente o ministério petrino. Sou muito consciente que este ministério, por sua natureza espiritual, deve ser realizado não unicamente com obras e palavras, mas também e em não menor grau sofrendo e rezando.

       No entanto, no mundo de hoje, sujeito a rápidas transformações e sacudido por questões de grande relevo para a vida da fé, para conduzir a barca de São Pedro e anunciar o Evangelho, é necessário também o vigor tanto do corpo como do espírito, vigor que, nos últimos meses, diminuiu em mim de tal forma que eis de reconhecer minha incapacidade para exercer bem o ministério que me foi encomendado.

         Por isso, sendo muito consciente da seriedade deste ato, com plena liberdade, declaro que renuncio ao Ministério de Bispo de Roma, sucessor de São Pedro, que me foi confiado por meio dos Cardeais em 19 de abril de 2005, de modo que, desde 28 de fevereiro de 2013, às 20 horas, a sede de Roma, a sede de São Pedro ficará vaga e deverá ser convocado, por meio de quem tem competências, o Conclave para a eleição do novo Sumo Pontífice.

        Queridísimos irmãos, lhes dou as graças de coração por todo o amor e o trabalho com que levastes junto a mim o peso de meu ministério, e peço perdão por todos os meus defeitos.

        Agora, confiamos à Igreja o cuidado de seu Sumo Pastor, Nosso Senhor Jesus Cristo, e suplicamos a Maria, sua Mãe Santíssima, que assista com sua materna bondade os Cardeais a escolherem o novo Sumo Pontífice. Quanto ao que diz respeito a mim, também no futuro, gostaria de servir de todo coração à Santa Igreja de Deus com uma vida dedicada à oração.
Vaticano, 10 de fevereiro 2013."

NOTA: O atitude do Santo Padre é sem dúvida uma corajosa certeza de que a Igreja de Cristo respira sempre mudanças e reformas que nascem dentro da Igreja e para a Igreja.
         A Igreja respira sempre o puro oxigênio do amor e da unidade.
       A Santa Igreja Católica reconhece a corajosa atitude de um papa que sempre soube amar a Igreja.
         Viva Bento XVI.
    Sua coragem e amor ao evangelho nós deixam muito orgulhosos de sermos pertencentes a Igreja Católica.
         Louvado seja nosso Senhor Jesus Cristo!!!


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